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Sr. Presidente , eu espero , e ate estou persuadido , que o illustre Deputado ha de retirar o seu Additamento, para abbreviarmos quanto antes esta discussão; porque com aquelle Add-itamen-to annul-la-se completamenltj lodo, -e qualquer beneficio que pôde vir aquelles Gfficiaes da Substituição, que o Sr. Deputado, e os mais Membros da Commissào assignararn.

Concluo portanto votando contra o Additamento,

O Sr. Agostinho A lhano:—Eu estou prevenido pelo illuslre Deputado que acabou de fallar., e na verdade admira que tendo a Camará demonstrado inclinação a favorecer estes Omciaes de uma maneira tão decidida empregando ioda -a generosidade para com elles-, queira agora tirar com a mão esquerda , o que lhe dera corn a mão direita. No primeiro Projecto em que >o i-llugt-re Deputado se nclia assignado, vejo eu, segundo me parece, que convinha na doutrina do art. 4.°, e agora pelo seu Additamento vejo que está contradiclorio, coro os seus mesmos princípios.

Sr. Presidente, eu enteado que seria a maior das injustiças, fazendo-se incluir na 4.a Secção do Exercito os Ofliciaes de que setracta,'-e que se quizesse ainda continuar a conservar-lhes ferrete que já devia •ler-se lhes levantado antes doanno de 1843 ! Neste artigo dizia-se o seguinte. (Leu).

Ora se houverem Officiaes nestas circtimstanci^s, que tenham distinctos merecimentos,;- parece-me que não ha nada mais natural que de entre elles, e dessa 4.a Secção possam -ser tirados para serem empregados , como é .permittido aos Omciaes que íe achem na 4.a Secção ; alem disto f>elos lermos generosos que se teai empregado sem alguma clau-bula mais íicnva inhibido ao Governo -poder emprega-los em qualquer Repartição, e isto era duplicada injustiça; porque não era &ó injustiça feita ú 4.a Secção, era injustiça feita á moralidade; era continuar a vê-los como réprobos que não d-evem exibir mais na Família Porlugueza , quando -nós o que pretendemos -é reunir a Família Portuguez-a dentro dos termos dá possibilidade, e da política; e então parece-me a m i m , que nas circufnstartcias em que estamos lhes concedamos ao menos o q

O Sr. f^az Preto : — Sr. Presidente, eu não quero que se ponha um rotulo aos Officiaes de Evo-ra-Monte; não queremos neiles o signal de Ca i m ; não queremos que se saiba mais, se lor possível, se elles foram, ou não da Convenção de Evora-Mon-le : isto deve acabar, Sr. Presidente! Deve acabar de uroa vex para sempre. Eu fol^o tmiilo de que se compra o lesU< mento dça, e e eíle o Decreto da Amnistia ; drsejo qne hoje tenha >eu plenn cun;-jjiimento. Folgo n uito que hoje todos façfirn justiça «o íinmortal imperador: provera a Deos que

se lhe tivera feito no dia em que Sua Magestade Imperial deu corno Lei o Decreto da Amnistia! Comludo elte hoje se cumpre; hoje e um dos dias mais brilhantes porá o Parlamento; mas nada de rótulos , e nada de signaes ou rótulos que possam recordar as causas passadas. Tomara eu riscar da Historia a pagina de sangue! Sobre isto muito bem disse um illustre Deputado, que, nas guerras da mesma Nação, ga«ham-se victorias, coroam-se de louros os Heroes; mas estas coroas de louro tem sobre si o crepe. O «angue derramado foi de pais, irmãos, e amigos; e nunca ha triumfo verdadeiro apesar de haver a coragem militar, pela qual mui-4o's louvores merecem os nobres bravos ; mas qiían-do passa o momento do combate, elles vêern mortos ou feridos os amigos, os pais, e os iimãos. Por-, -tanto, Sr, Presidente, rasguemos para sempre este veo da illuzão, e vote-se pelo artigo, e eu voto talvez com a consciência, que ainda me punge, por ser um pouco mesquinho; e queira Deos que a Camará esteja possuída da mesma generosidade! Sr. Presidente, esqueço-rne de tudo quanto se tem •passado , e entendo que todos assim o devem fazer ; eu quero que todos nos abracemos. Sr. Presidente, este é o verdadeiro Mausoléu que a Camará levanta á Memória do ImmorlaJ Imperador, e para isso façamos passar o artigo scrn Additamento algum; façamos uma obra inteiramente completa.1-, Eu voto contra todos os A dd i ta me n tos, que directa ou indirectamente tend-erem a manchar a memória dos agraciados por esta Lei. Cumpra-se lilteral-inente o Decreto de Amnistia dado pelo Senhor D. Pedro aos Officiaes de Evora-Morite.

O Sr. Joaquim Bento: — Eu assignei o Projecto N." 64 sem fazer declaração sobre este artigo, assim cotno não a fiz sobre nenhum dos outros, reservando-me para a~ discussão; porém coino este Projecto f«.i substituído por a Comumsão, não tive occasião para apresentar as minhas reflrxõe1», e quando se apresentou a Substituição nãoe&iava eu na Camará, então .não podia annuir a essa mesma Subs-liiuição porque não tive conhecimento delia.

Sr. Presidente , eu mandei esse Additamento para a Mesa, como já depois disse, porque não queria carregar com o odioso* dos Officiaes do Exercito em dar o meu voto sobre uma'medida, que vai coHocar os Officiaes do Exercito Libertador nas circunstancias de esta em debaixo do cominando dos Officiaes do Exercito do Usurpador; poique não posso consentii que estes Officiaes vão com manda-los.

Sr. Presidente, o sentimentalismo qoe se tem apresentado nesta"questao, não tem sido máo, eu também me tenho sujeitado a ejle, e não tenho deixado de ãttender a esses desgraçados Officiaes, e não os tenho tido por inimigos senão no campo da batalha , e parece-me que nfguem nesta Camará ha que sabe que tenho concorndo muito para que se .lhes dê de comer; mas o que não quero é sob-car-regar com o odioso dos Officiaes do Exercito. Ainda é muito cedo!