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deixar de merecer a solicitude do Governo para dar providencias a este respeito: ouvirei o que diz S. Ex.% o depois S. Ex.a me continuará a palavra se for necessário.

O Sr. Ministro da Guerra:-—Sr. Presidente, já me constava que a maior parle dos Auditores não tem sido pagot,, e isto tem acconlecido , porque não ee tem pago ainda senão o me1/, de Junho, e a respeito do pagamento do me/ de Julho devo referir-me ao quo j a n'esta Camará disse o meu collega o Sr. Ministro da Fazenda. Eu tenho solicitado este pagamento, porque julgo que é -.mulo penoso que os Ofliciaes, que nâodescontam no Banco, não tenham sido pagos, quando aquelles que descontara no Banco , o são com regularidade. Succede que alguns Auditores ao principio descontavam ao Banco, mas depois o Banco não lhes tem querido continuar este desconto ; já digo, para o pagamento do mez de Julho lenho solicilado os meios, mas a este respeito não posso deixar de me referir ao que já disse o meu collega nesta Camará, [lealmente é muito penoso que não se tenha pago tanto aos Auditores, como a muitos Militares a quem o Banco n ao desconta. Tenho procurado coriáeguir que o Banco estenda odes-conlo a outras divisões, mas dizem-me que não é possível.

O Sr. Sonsa 4*evedo:—Sr. Preeidente, realmente é com angustia que ainda pt»ço a palavra, poique não posso deixar de lamentar este estado de cousas. Não sei como o serviço dosdifferenles ramos se possa fazer, tendo um Empregado que entra no serviço d'esperar tanto tempo quanto os pagamentos se acham alrazados, para poder receber um mez ; realmente não sei como isto possa ser compatível com a regularidade do serviço. Eu não sei mesmo se acaso não teria sido possível ao Governo estender a esia classe de militares, e por ventura a outras que estivessem em identidade de circumstancias, alguma medida que me parece que tomou para com alguns empregados que não recebem na escala dos seus collega* (apoiados)j porque se ta uma nova cpoca para o pagamento desses Empregados que foram restituídos aos seus lugares, e aos seus empregos; o sem censurar esta medida, não sei se a conveniência do íorviço, P a igualdade de justiça pedia que se adoptasse uma igual regra, por exemplo, par,t us Auditores, qut> não tem absolutamente nada de t:.no!uliienios, que estão fora das suas casas, e que leni por consequência de se atrazar 9, 12 e 13 líiezes primeiro que recebam um mez : nãoposso deixar de concluir pedindo muito a attençâo do Governo sobie este objecto a fim de que elle tome a respeito desta classe a mesma providencia que tem tomado a respeito d'outras.

O Sr. Ministro da Guerra:—Sr. Presidente, eu não hesitaria logo que tivesse fundos em mandar pagar um mez a um Empregada, que entrasse de novo, porque a oídem e pagar-se um mez em cada rnez ; realmente nenhum Empregado pôde cumpiir com os seus deveres, se não for pago regularmente; e neste ponto combino inteiramente com o illuslre Deputado, que acaba de falJar; seria muito penoso, que utn Empregado, que entra de novo no serviço, para receber com as outras classes, entrasse no mesmo atrdso ern que ellas estão; declaro por tanto, que pela mjnha parte ,v logo que tenha meio» mandarei pagar um mex a esses Empregados. V01. 6.°—AGOSTO—1841.

O Sr. Fasconccllos e Sá: —Quando qualquer Empregado entra no serviço, sabe perfeitamente o estado das nossas circunstancias, e já conta com esse atraso ; se houveram algumas excepções não me importa; a regra geral é esta, e' isto que acontece nas Administrações Geraes, e é i»to que acontece nos outros ramos de serviço :... * ( Urna voz — em toda a parte) por tanto o Sr. Ministro da Guerra quando se tracla de serviço deve pôr do parte o seu coração, porque muitas vezes foi aqui atacado o Sr, Condo do Bom f] m por objectos desta natureza, e eu julgo que o Sr. Conde de Villa Real não quererá ler a mesma censura. Por consequência o Sr* Ministro da Guerra não pôde mandar pagar, senão aquelles mezes que se seguem, segundo a ordem dos pagamentos; estou certo que S. Èx/ dezejará fazer o que o Sr. Deputado pretende não só com meios seus, quanto mais da Fazenda, rnas S. Ex.a nano pôde fazer, e esta interpellação que lhe e feita, é uma interpellação injusta.

O Sr. Reis e Pa&concellos: — Eu pedi a palavra para dar um esclarecimento, que tende a justificar o que disse o Sr. Sousa Azevedo: não só se fez excepção por um Ministério, estabelecendo uma nova escala de pagamentos para os Empregados, que foram restituídos, mas por dous Mioiatenos, pelo da Justiça, e pelo da Fazenda certos Empregados, que foram despachados ha pouco letnpo foram com-templados, dando-se-lhes um mez de ordenado, já se sabe n'uma ordem ditTerente d'aquella, ern ijue se achavam os pagamentos: ora *e »e fn isto pelo Ministério da Justiça e pelo da Fazenda parece-me que não haveria inconveniente em se f.r/.er pelos outros: islo tende a apoiar o que disse o Sr. Sousa Azevedo, e a impugnar o que disse o illus-tre General, o Sr. Vasconcellos e Sá; procedendo-se assim até ha uma espécie de contradição entre o proceder dos diversos Ministérios: porque n'uns paga-se com um sistema, e n'outn>s não.

O Sr. Sousa Azevedo: — Eu creio que só a pouca pratica que o illustre General, o Sr. Vascon* cellos e Sá tem da Assemblea o podia levara avançar a proposição, de que a minha interpellação era injusta.; não sei como o nobre Deputado poderá provar esta proposição!.... Eu interpellei o Sr. Ministro da Guerra para chamar a sua attençâo sobre una objecto de serviço, sobre a falta de pagamentos a um Empregado Publico, e sobre a» circumstancias calamitosas em que estava este Empregado : chama o illustre Deputado a isto, uma interpellação injusta!.... Eu entrego á Camará está proposição, e não lhe faço mais commento nenhum !....

O Sr. Pita de Castro : — Sr. Presidente , como ouvi dizer que os Juizes, que tinham sido reintegrados estavam pagos em dia, e pertencendo eu a essa ciasse, porque também fui reintegrado pela Lei de 28 de Agosto do anno passado, eu declaro que não tenho recebido nada, nem e' possível receber, porque querem-nos pagar como classes não activas; isto é em quanto aos Juizes de Direito, porque em quanto aos Juizes das Relações, e do Supremo Tribunal , que foram reintegrados, estão pagos em dia, e não se lhes deve cousa nenhuma, porque fizeram um Requerimento fuodados na Lei ; que mandava pagar um rnez em cada mez, e em consequência disso elles teem recebido; porém os