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semestre, mas dos outros ijue se lhes deviam, e por is*o a sua divida devia sor allendida. A respeito desta divida ainda podia haver unia sombra de desculpa no. capitalização; mas a respeito da divida dos Servidores do Estado de 1848 a 1851, não sei qual foi a razào porque o (íoverno considerou esta divida, quando elles dahi em diante iam receber ern dia, o não ficaram na mesma posição dos Juristas que deixaram de receber: de maneira que para uns capita-lisou-so o divida porque deixaram de receber, c para outros foi porque continuaram a receber!! Ta m bom não sei qual foi a razão porque se considerou a divida do fornecimento do Exercito de Operações em 1846 c 181*7. Pois esta divida será mais sagrada do que a divida das Letras da Bahia, a doPaj el-Moe-da, a das casas arruinadas nas proximidades de Lisboa e Porto, a da Juma do Deposito Publico, e a das Letras do Ultramar; será urna divida mais sagrada do que a que o Governo deve do r-dificio do Hospital da Marinha'? Sena mais sagrada do que a divida das Letras d<_ outra.='outra.' que='que' a='a' ultramar='ultramar' urna='urna' governo='governo' quo='quo' do='do' pago='pago' n='n' lazão='lazão' excepção='excepção' desta='desta' o='o' p='p' se='se' divida='divida' sei='sei' fez='fez' não='não' respeito='respeito' tem='tem' nenhuma='nenhuma' porque='porque'>

Ainda rnais; quem auctori.sou esta differença para o Governo marcar que urna* dividas entravam a cem por cem, e outras a cincoenta por cento ? Eu previno já o argumento que ha de adduzir-se provavelmente para justifiar esta differença — que as soldadas da Marinhagem era divida de g^nte que tinha rebatido por uiu preço miserável, e que por consequência dando-lhes o Governo cincoenla por cento, dou ainda bastante para co.npcnsar o desembolso que tinham solírido iiquelles que rebateram essa divida, E o (io-vcrno sabe porque preço foram rcl>;ilid;is as oulr.is dividas dos outro-* Servidores do Estado? Pois oílo-vorno não sabe que se uns agiotas rebateram com mais vantagem que outros, foi porque nestes negócios cada um incite a unha como pôde? Realmente não acho justo que o Governo venha dizer — Vós que rebatestes as soldadas de Marinhagem, os vossos títulos entram a cincoenta por cento, c vós que rebatestes os outros ordenados, e pensões entrais a cem ; a razão que auctorisa o fazer abatimento áquelles, lambem algum auctorisa para estes, e não pequeno; o contrario e o mesmo que dizer—Vós, Sr. Agiota, que sois rnais gordo, c que por isso já lucrastes mais comprando maior quantidade desta divida, aí vos damos agora urna maior compensação.

Ora eu não sei aonde o Governo foi buscar o exemplo para fazer ofta distincçào exclu>iva ás soldadas d*» Marinhagem ; que e sempre odiosa, porque eu in-lendo que tanto direito tem os possuidores de titulo?

do dinheiro pci lenrenle á Junta do Ciedito Publico para pagar as antecipações do Ministério do Conde de Thomar, que também foram feitas com usuras enormissimiis.

Pois as antecipações do Ministério do Conde de Thomar tinham algum privilegio exclusivo, não es-tfiva no juro delias o prémio do risco? Qual a razão porque o Governo pegou nestes mil contos de réis, e foi dá-los para pagar as antecipações desse tempo? Tudo isto de dar,dinheiro a uns e tira-lo a outros contra sim vontade ó máo, eoGoverno assim como achou uma medida violenta para desviar a dotação da Junta do Credito Publico, tambcrn devia acliar, se quizesse, medida também violenta, para demorar pelo menos até á decisão das Curtes, o pagamento das antecipações, medida tanto móis desculpável, quanto (pie forçada pela necessidade, u atlendendo á qualidade da Irnnsacção, antecipações, e ao prémio forte, e de risco em que os agiotas con-tractaram as dietas antecipações doquelle Ministério. Ma?» eu respondo lambem já ao argumento que »e ha de apresentar do lado contrario.

Sr. Presidente, o Sr. Ministro da Fazcjjda ha de dizer provavelmente — Que esses credores tinham na sua mão penhores, e que não era possível tomar medidas contra elles. — Á primeira parte e verdadeira, mas não o é a segunda. A primeira parle é verdadeira porque esses agiotas não confiavam nadu na-quelle Ministério, e como o que lhe importava ora ganhar, aceitaram os penhores, porque a marcha regular desta gent** o' empiestar seja n que Governo for, com tanto que o lúcio c.oi responda ao juro e ao ri^co que vão correr.

Todos sabem que o agiota empresta hoje a um homem de um Partido para destruir o outro Partido,