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Execução o Systema do Decreto de Q6.de Junho de.1833, julgou esse negocio tão faril e tão simples, coaao eslabeleceu para a sua Escripturaçào nada menos >que quarenta e um, livros? Pôde a Es-cripluraçà-o e Contabilidade, para a qual sé julgaram necessários quarenta-e um livros, aprosèntar-se no fim do mez ern um quarto d papel ?

Pois, se o nobre Duque da Terceira, unjoamen-' te para a administrarão das meias massas destinadas aos fardamentos, martelou pelas l nstrucçôes de 14 de Fevereiro deste anno, que houvessem nada" menos de sele livros, considerou elle por ventura este negocio tão simples e de tào pequena -monta , que no fim do mez st- pudesse apresentar esta contabilidade n'um quarto de papel ? , ,

Considere a Camará que a contabilidade do fardamento é feita a pequenas parcellas, e e' necessário ser muito peiito para não cair em erros. O vencimento do fardamento e diário; as praças que dão baixa ao Hospital nào o vencem em. quanto lá estão ; e a conta que e" preciso fazer para estas de-ducçôes ha de ser toda de quebrados e de mínimos insignificanlissimos : e isto é fácil ? Eu também es-ludei alguma cousa de Contabilidade, e quando me 'matriculei no primeiro anno da Faculdade que cursei na Universidade de Coimbra, fiz um exame de Ariihmetica e Geometria ; e tendo estudado alguma cousa destas matérias,. vejo que o negocio nào é tão fácil corno se quer pintar: e se eu apresentando aqui outro dia um calculo fiunaclo apenas ii'umu b'.'m simples" regra de três fui taxado de o haver errado; se eu que tenho, em virtude de uma Carla de Approvacilo da Universidade deCoifisbra, 'a presumpção legal de que não sou inteiramente hospede nesta- matéria ; e COÍK tudo me não dei-por oííendido com dizer--e ene que tinha errado apesar de se me nào provar o erro, parece-me que quem não tem presucnpção nenhuma lega! a seu favor não será desconceituado , quando eu lhe diga que e' possível que be engane, visto não ler sufficientes habilitações para se presumir que sabe.

Disse-se lambem, Sr. Presidente, que a Administração pelos Conselhos dos Corpos era um grande meio económico, porque o seu trabalho, que fustava o dinheiro, importância dos ordenados dos Empregados das Repartições acluaes, ia a ficar de graça , porque aos Officiaos não se- augmenlava o "vencimento por causa deste novo serviço. .Oru, Sr. Presidente, isto e' muito liruU> para se dizer; mas não a mim ; que só de um golpe vou tirar a essa fanlastica economia uma dose, pelo" menos, de nove ou dez contos de, réis: e vuu tirar-lha com-as

Insfrucçòes de 14 de Fevereiro na tnâo, e não cotn cálculos falliveis.ou fundados em torres de área.

Essas-Fnstrucçõ-esi determinam que oOfficial, Secretario do Conselho, fique isempto de todo e qualquer serviço tanto dentro, como fora do Corpo : então aqui está já um Empregado que ganha dinheiro, eaccesso na sua Classe por este trabalho; porque elle continua a ser Ofticiu! , sem com tudo fazer algum- serviço militar, que alia* deveria fazer.

E não se djg.a que não é urna despeza, porque realmente a e e nova : ase por ventura esse Official e' dispensável no Corpo, enfão não,deve existir no seu Quadro, porque os Quadros legaes só devem ser formados do, numero absolutamente necessário e indispensável para o serviço 'á q,;ie são destinados ; e tudo que excede esta necessidade, é uma superfluidade cuja despeza não pôde legitimar-se. Ora custando cada uni destes Officiaes Q60 mil reis an-nuaes, somente de soldo, e sendo um Conselho para cada Corpo e havendo de 30 a 40 on mais, e' claro que a despeza vem effeclivãmente ,a dar por 9 ou 10 contos déreis ahnualmente, quedevém ser deduzidos da Tabejla económica.

Parece-me, Sr. Presidente, que nada mais se apresentou sobre'o ponto principal da questão; porque tudo o que ainda não combati, está neste outro campo para onde se quiz chamar o cornbale; isto e a conveniência ou não con «eriiencia do Commis-sariado.

Sr. Presidente, para se combater o Commissa-riado não ouvi eu alienar razão alguma que se dirigisse contra a nature/a deste Estabelecimento.... (Uma i/o*:—'Deu a hora). Sr. Presidente , fja hora já deu; e o campo em que principiava a entrar é aquelie onde tem de dar-sé a maior batalha desta campanha : eu disse que para elle marcharia com todo o meu Exercito, incluindo os Corpos de reserva ; e daqui e' bern fácil de ver que muito terei para dizer ; e se a Camará não está disposta a prorogar a Sessão, como penso, rogo a V. E,\.a

queira reservar-me., a palavra para amanhã.....

( f^o^es : •—E rm-lhor —Apoiados — O Orado?- foi muitas vezes interrompido pelos apoiados da Camará-).

. O Sr Presidente: — Então continua amanha a palavra ao Sr>.- Deputado ; a Ordem do Dia e a mesma. Está levantada a Sessão.— Eram cinco horas da tarde.

O REDACTOR INTERINO , FHANCISCO ÍLESSA.

N.° 8.

Presidência do Sr. Gorjâo Henrique*.

' haniada— Presentes 72 Srs. Deputados. Abertura — Depois da uma hora da tarde. - Acta—Approvada. . .

CORRESPONDÊNCIA. ' , •"•

1.°. Ofjicio:— Do Sr. Deputado Pimen^el Freire, em que pe.de ,'10 dias de licença para trcactar da sua saúde fora de Lisboa. — Concedida.

1843.

Q.° Dito:— Do Sr. Deputado Emílio Brandão, communicando que não pôde assistir á Sessão de hoje por inconimodo de Saúde. -—Inteirada.

3.° Oito.—Do Sr. Deputado Peres da Silva, •em que participa que não pôde assistir ás três ultimas Sessões, nem a algumas das seguintes o poderá fc^er, ern consequência do máo estado da sua saúdo.-—Inteirada t