O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

SESSÃO NOCTURNA DE 11 DE JUNHO DE 1885 2265

Chega-se n'este documento aos resultados seguintes:

Direitos pagos .... 168:189$231
Direitos a pagar segundo o tratado .... 51:877$085
Differença para menos .... 116:312$146

Ou em pesetas .... 646:178

O outro tem por titulo Mercadorias portuguezas importadas em Hespanha segundo o mappa hespanhol.
Traz indicações da mesma natureza, e chega ao seguinte resultado:

Direitos pagos (em pesetas) .... 712:729
Direitos que pagariam segundo o tratado .... 481:791
Differença para menos .... 230:938

Ou em réis .... 41:568$840

Em ambos os documentos se acrescenta o seguinte:

Valores importados de Hespanha e exportados para Hespanha Estatística portugueza de 1877 (reduzido a pesetas)

Importação de Hespanha .... 14.619:622
Transito de Hespanha .... 18.648:166
33.267:788

Direitos .... 939:220

Exportação portuguesa .... 6.300:000

Direitos .... 83:838

Valores exportados de Hespanha e importados de Portugal Estatistica portugueza de 1879

xportação de Hespanha .... 31.210:545
Direitos .... 21:005
Importação de Portugal .... 6.545:322
Direitos .... 769:407

Está conforme. - Madrid, 20 de outubro de 1882. = Luiz de Soveral.
Comprehende-se, dizia eu a mim mesmo, que em 1877 uma exportação hespanhola que valia 1.619:622 pesctas, pagasse de direitos 939:222, e uma exportação portugueza que valia 6.300:000 pesetas, pagasse de direitos 83:338; mas como, e porque foi que em 1879 uma exportação hespanhola para Portugal, que valia 31.215:545 pesetas. pagou 21:005, e a importação de Portugal na Hespanha, ou a exportação portugueza, que valia apenas 6 545:322 pesetas, pagou 769:407?
Confesso que perdi muito tempo na decifração do enigma, que depois verifiquei pela estatistica portugueza que era um erro.
Os direitos que estão adiante da exportação de Hespanha, devem estar adiante da portugueza, e vice-versa; mas erro, que se repete duas vezes, e indesculpavel num documento d'esta natureza, de nação para nação.
O sr. Ministro dos Negocios Estrangeiros (Barbosa du Bocage): - Seria um erro de copia.
O Orador: - Diz s. exa. que seria um erro de copia; por baixo do documento vejo o Está conforme, que indica que foi assim que o documento se remetteu ao governo hespanhol.
O governo hespanhol ou não percebeu os estranhos algarismos, ou, só percebeu, riu se; nós não nos podemos rir, mas podemos lamentar que um documento internacional se lavrasse com tal descuido, demonstrando ainda por essa forma a incuria que houve com todo o tratado.
Tenho dito.

Redactor = S. Rego.