O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

( 176 )

tricto, e bem assim a correspondência do Governador Civil de Portalegre, se alg.uma houver*d'elle a similhanle respeito.'-*- Miranda. ' -

Sr. Presidente-, eu fiz um igual Requerimento pela Secretaria da Fazenda, porque se» que por es-âa'Secretaria foram igualmente remellidas. Estou bem certo, que o Sr. Ministro do Reino também ni*as não dá, unicamente pelo mo'tivo'de pôr a coberto o .procedimento do seu Collega da Fazenda, que eu hoje não quero, qualificar.. Digo , que só este motivo levaiá o Sr. Ministro do Reifip a não mandar a copia dessa correspondência; porque devo fazer-lhe a justiça de dizer, que em lodo o tempo , que tive'relações com* S. Ex.a, e foram por •muito tem.po, e foram sinceras, leaes, e-ate mesmo cordeaes pelo menos da minha parte, sempre encontrei cm S. Ex.a a maior animadversão contra os contrabandistas e ladrões. Não será esta a ultima occasiào., em que tenha de fazer decla/açòes desta naturcsa , a -respeito de S. E x.a ; porque sei que muitas vezes .tem sido calumniado a respeito de factos passados na biirrha pro.pria presença. E faço isto tanto maisgostosa e desinteressftdamente, quanto certo é , que tenho hoje direito, de me queixar, por me -ver atroz, infame, e vilmente ca-lutnniado pelos Jornaes assalariados pelo-Governo ; atroz,, e vilinenle calumniado por um Jornal , redigido por um homem imrnoral e depravado. .(Rutnor). Já aqui urn Membro da Maioria respondeu a «ro Jornal ; e eu não espero ter men-os direito a faltar do que esse M-erríbro da Maioria (O Sr. Silva Cabral: — Mas não designei pessoa nenhuma). Também eu não nomeei o homem; eu disse — o Redactor d'um Jornal — se querem dÍTe,i os Redactores. Di« este Jornal: «o.Sr. Mjranda deu hoje por |>áos e .por pedras, em consequência de não te^em vindo ainda para a Gamara certos esclarecimentos pedidos por S. S.a , e relativos á Alfândega de Casleilo Branco. Ó Sr. Miranda gritou muito; porem nào admira, porque S. S.a perde facilmente a cabeça, quando se apaixona , e nesta quesião está apaixonado. O Sr. Miranda e o réo ou anles o Procurador do Sr. Vaz da Silva e do Sr. Francisco de Carvalho, contra os Empregados, da Alfândega de Caitello Branco: temos disto .provas irrefragaveis, e portanto as palavras, e asserções do Sr. Miranda nào fazem fé. A nossa opinião é que o Sr. Vaz da Silva deve" ser mandado oecupar-se d a'sua advocacia unicamente. — O Sr. Francisco -de Carvalho deve ser transferido para Dislricto, onde senão còlliguc tão facilmente com o Governador Civil; e em quanto ao Sr. Miranda , deixe-mo-lo berrar á síia vontade. 5» . ' . \ - . _ -

Sr. Presidente , e insólito que n'um Jorna! pago pelo Governo se diga que um Deputado'deu por páos e per pedras, quando esle Deputado defendia os interesses da Fazenda Nacional, ííu quero acreditar, que o Min sterio não tem culpa disto; m.ns emprega muito m.il.o-seti dinheiro. Brn quanto o Ministério tiver destes amigos, parece-me que não vai bem. - ''

Sr. "Presidente , eu estimo muito que este Jorna! corra: a opinião publica ha de fazer-rrse justiça ; ha de ver-se-, que não despreso a minha Procuração-; que defendo aqui os interesses da Fazenda. O que esse Jornal diz demim, podia eu dizer de.lle. B* necessário pore'm que V. Ex.a e.a Camará saiba

que «e diz que eu sou a-qui procurador de dous homens, um dos quaes nem conheço, que e' b Sr. Carvalho: só o conheço de fama , porque jurou contra rnim n'um processo Político: veja afamara se eu serei procurador deste homem. O outro é o Sr, -Vaz da Silva, com quem tenho estado muitas vezes em .oppoíição de ideas ( Rumor ^ vozes:—- Or» dem , ordem^. Sejam toler-an4.es, lembrem-se, que, se hoje são Maioria, amanhã -podem ser Minoria. (Ri só )^. Não se me dá de pertencer á Maioria ou á Minoria , quando ella seguir o que eu entendo mais conveniente para o.-rneu Paiz.

Eu já termino, para não incommodar a Maioria da Camará. Declaro, q-ue estou certo de que, o Sr. Ministro do Reino não manda os esclarecimentos; mas que estou certo que e por motivos de delicadeza para com o'seu Colie-ga , e não por motivos desairosos para elle ; porque o conheço muito de perto, e sei que muitas vezes tern sido atroz e vilmente ca!uniniado, tanto quanto eu sou nesta oc-casião/ Mas sempre direi, que,não desamparo :este negocio; hei de traze-lo. á luz do dia: senão vierem os esclarecimentos , eu instruirei a Camará de tudo o que ha, mas desde já saibaTa Camará, que ha uma -nomeação do Sr. Ministro da Fazenda, que começa: — Sendo falsas as informações de F. e Fuão (referia-se áquelles, que dócu'me,nlalm

O Sr. Ministro do Reino: — Espero que V. Ex.% e a Camará não levarão a mal que um Membro do Governo, nesta occasião , pedisse a palavra para dar algumas explicações; porque o nobre Deputado acaba,.ao par de elogios , de dirigir-Híe censuras muito graves; e de dar a entender, com as suas reticências, que effectivaíneole actos ha praticados peio Governo.....

O Sr. Presidente: — Se me dá licença, creio que se tirará o mesmo resultado, consultando « Camará se permitte que, neste caso especial, o Sr. Ministro do Reino falte. ('//osses: -—'Fallè, falle). lín-tão póJe continuar.

O Orador •"—.Direi muito pouco. Observarei somente que é necessário que os negócios ,. nesta Ca-rnara, sejam traclados com Joda. a gravidade e de-. cencia. (Apoiados).' Se nào "nos respeitarmos mutuamente uns aos outros, não sei como podemos esperar que nos respeitem fora daqui. Tudo se pôde conseguir pelos meios honestos e decentes, sem ser necessário empregar palavras que possam ferir o coração de cada urn, offendendo-lhe a honra. ''(Apoiados) ' -.

Agradeço ao nobre Deputado os elogios que me dirigiu : tenho a consciência de que não tenho faltado aos meus deveres. ("Apoiados).