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ía prática de Agricultura, nos seusdifferentes ramos, onde se ensinem praticamente cerlo numero de cultivadores dos que pegam na charrua, onde se ensina a educação dos rebanhos, e em fim onde se propõe bons práticos para todos os serviços da cultura, como me parece que não e', então lemos melhor expediente.

Se e um Instituto Theorico, com certo ensino prático em uma cerca ou quinta experimental, então e melhor fundar-se junto da faculdade de Filosofia em Coimbra , onde exislern já cieadas todas, as Cadeiras que se propõe agora:' exemplo — primeira Cadeira — Botânica e Fisiologia Vegetal, é a quarta da faculdade de Coimbra. -2.* Mechuuica , Física, e Chimica Agrícola, lá temos,e»se ensino e uma Cadeira de Technologia. 3.* e 4.a Agrícola , e Economia Rural, Veterinária e a sexta da faculdade de Coimbra. Portanto estão ali as Cadeiras creadas, damos-lhe uma quinta experimental, já tem uma pequena cerca, e podia ter um bom campo próximo, que era o dos Bentos se o não vendessem.

fygota se querem um Instituto, segundo oá bons Planos de França, como já descrevi onde se eduquem cultivadores, e se cultive effectivãmente, isso custa fortes contos de reis para se fundar e para se !á conservar. (OSr. J. M. Grande: — Veja o Quadro, a despeza e' pequena). O Orac/or:-^-Bein dizia eu; oque querem e'u m Instituto Theorico com exemplos em miniatura, em um jardim ou pouco mais: ora i^ào, como demonstrei, já existe. Em um verdadeiro Instituto Agrícola a despeza das Cadeiras e o menos. , i3

Passarei a outra Secção do Plano; Escolas Medi-co-Cirurgicas de Lisboa e Porto.

A "gente que clama lá fora, e aqui todos o.- dias, por sobrecarregar de novos preparatórios estes Alum-nos, discorrem neste ponto pelo principio — que quanto mais melhor—mas nisto ha erro. - ,

Primeiro o Estado não paga a despeza dos Estabelecimentos de Instrucção Superior para ciear Sábios em cada ramo dos conhecimentos humanos, os mais perfeitos que pôde ser; o Estado paga para crear.taes Professores, e no gráo somente em que precisa delles.-Não duvido que quanto mais ricos forem de preparatórios os Alumnos destas Escotas, maiores conhecimentos hão .de"ter; isso e claro, e o resultado e necessário.

Mas è' preciso ai tender a. que o nosso Páiz, com a":extensão que tem, não carece de três Escolas Módicas Idênticas, que produzam Professores para a mesma cousa; uma só Escola .Medica, e a, faculdade de Coimbra, pôde produzir Médicos da mesma ordem, que sirvam para a mesma cousa, não,só p Paiz, e para exportar, a prova está na faculdade de Direito, e nas outras, que dão indivíduos habilitados para todo o Paiz.

Quando formava parle do nosso Paiz o Brasil VOL. 5.° —MAIO —

com todas as suas vastas Capitanias, a faculdade deCoimbra fornecia de Médicos esse immonso território. Ac!e Senhor se quiz prestar a curar nos Ho*pitaes íngltv.e». Demais, sendo nós muito inclinados a iodadas Industrias Estrangeiras, assim meàtno um Medico Kstrangeiro faz pouca fortuna entre nós, apenas alguma especialidade: exemplo — um Oculista celebre e' que tem voga: ale'io de muitos modernos que podia citar que lêem figurado com distiucção ern diríerentes Páizes : já em~è'vpocas muito anteriores,, o nosso Sanches bri-iiiftti com (nnila vantagem) e levr a fortuna de ser com memorado pelo nosso insigne Lyrieo moderno o Sr. Francisco Manoel do Nascimento. E pois evidente que para crear Professores de uma só ordem nào era necessário nenhuma outra Escola, e nem foi esse , ciem podia s;>r o pensamento que dictou a croácio das duas Escolas Medico-Cif urgicas de Lisboa e Porto. "O peii*a mento, e fim, a razão porque se crearam este» Institutos foj outro queconve'tn in-vesti^wr para não oair em erro na Reforma destes Estabelecimentos. A Escola de Coimbra carregada de longos preparatórios malhematicos e filosóficos e uma Escola, longa, muito laboriosa, e por consequência cara, e o Medico que naqueJla Escó.-la faz grande, dispêndio de tempo, de dinheiro e de trabalho, preciza curar por preço correspondente, e cultivar somente aqtiella parte da Clinica mais elevada —mais rendo/a, que lhe compense os seus -adiantamentos em tempo, dinheiro, e trabaUios.

Entretanto tudo é necessário, e uma indulria desta .ordem não podia satisfazer todas as precisôes sociaes. Havia e ha Concelhos mais pobres, que não podiam pagar um Medico da Universidade, e que só podiam pagar um Professor de Saúde de um pequeno curso que 'tivesse dispendido menos arinos, menos trabalho, e menos dinheiro. Demais, nos mesmos Concelhos ricos ha necessidade dá Me-decina Operatória, e de Professores que exercitem a parte.da Clinica mais vulgar, mais ordinária, e também mais barata. Foi paia satisfazer a estas indicações e precisôes sociaes que se fundaram as Escolas de Lisbo.a e Porto, que collocadas junto de dons vastos Hi>spitaes , o de S. José', e Santo António, podessem aproveitar bnns Operadores, e em pouco tempo. Com este Svstema rasoavej .tínhamos Professores para tudo. Os Concelhos mais ricos tinham dons Professores para os dous rins , um da1 Universidade para a Clinica Medica, outro de Lisboa e Porto para a Clinica Cirurgica, e os Concelhos'pobres tinham só ucn de .Lisboa ou do Porto para tudo. Eis-aqui ò pensamento, e o Systema quê e' necessário conservar, de. outro modo se o desfigurarmos, e fazermos"á força de annos, de preparatórios três Escolas iguáes, então e preciso crèar outras Sub^Escólas para creáiem Professores de ou- . t rã ordérn.