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alentar. Comtudo, felizmente a discussão não está ferhavis, e espero que nó? os que rmpugnamos o pntinua-emos a apresentar as cabaes rasões, que já-a^sás-*e têem dado, para esta demonstração. 'A «mtra explicação que eu devo á Camará, é relativamente a um facto que aqui se passou, e tem sido muito mal interpretado por alguns illustres De-tudados ; porque, querendo dar a rasão do seu pró-cedisnento parlamentar, têem-se querido desculpar com M) fado de dons Deputados que-aqui sustentaram uma opinião. Sr. P-iesidente , a pioposia do il-histre Conde dem fazer que essa resolução seapprove ou se regei te ; a Conimissão não o entendeu assim; nós. continuamos a entender no sentido contrario. Quando eu sustentei a proposta do illustre Conde da Taipa, quando outros a sustentaram, e quando a Camará as*im resolveu, não ,posso persuadir-me que resolvesse um abstiido tal , como ora mandar considerar utna questão desta magnitude abstractamente. O espirito humano não tem outro methodo de pioce-iei senão o da analyse, e o tia synthese; e, desa/Lidado da revelação, não se pôde fallar dogma-ticaineme: nesta 'questão não ha revelação, portanto quando a'Cartona lesolveu que primeiro se tra-ctasse desta questão, resolveu que pela analyse se examinasse primeuo, e se desse parte á Camará dos processos analyiicos', pelos quaes se v^iu a esta conclusão. Ora .onde está o proces-so analytico que a Commissão-apiexentou ,-para que, convencida pnr essa analyse, pudesse apresentar princípios, e deduzir dahs pelo methodo synihetico as consequências necessaiias desse p«nto? Eis-aqui portanto o que n Camará disse: não posso fazer-lhe a injuria de sup-pô-r que tivesse tomado outra resolução. Entendo pois que a illustre Commissão suppoz, que nós todos nnhamofc já formado o nosso juiso sobre as medidas apresentadas na collecção, que foi ofterecida á Ca-raaia; mas não posso deixar de lhe dizer que se enganou ; porque-cada uni de nós tern sobre essas mesmas medidas, sobi-e esse mesmo complexo de cousas, o pm iões imeuamente diversas: não é absolutamente pwsstvel que -questões complexas se separem de tal modo que não tenham relação umas com as outras.

Para clefinii e concluir em poucas palavras a minha opinião, e o rneu voto que hei de dar hoje, amanhã, e perpetuamente sobre esta grande questão, di;pi qtre ninguém' pôde votar sobre ella, sem vir acompanhada das considerações e das medidas que -apodem tornai ntil ou prejudicial: que portanto VOt 6.° — AGOSTO — 1841.

a votação que se fez, approvando ou regeitando o adiamento, é inútil, porque a questão fica em pé de facto.

Allegou-se, para traotar desta questão, uma rasão de conveniência publica, e qual f A de fazer parar o pânico que se tinha derramado a respeito do nosso estado de fazenda: com uma decisão dogmática é que se ha de fazer parar esse estado ? Não têem tão fraco juiso os nossos cotmnitentes, que, sem lhes darmos as rasões porque decidimos uma cousa ou outra, acreditem na nossa palavra.

Por todos estes motivos regeitei o adiamento, por todas estas considerações, desejo que continue esta discussão; entendo que nada se faz, nada se adianta, nem se ganha, nem se perde com qualquer decisão sobre esta matéria, mas que nada se perde em que a discussão continue, e se elucide amplamente uma matéria'tão importante como esta.

Discurso» do Sr. Deputado Almeida Garrei, que, devendo lêr-se na Sestdo de 10 do corrente noslo-gares em que e»tâo as notas respectivas, não f o» ram publicados no teu logar, por náo serem ré»» tituidos a tempo.

O Sr. Almeida Garrei: — Não me levanto para rectificar facto nenhum ; mas para rectificar doutrinas , em que rne parece,, que peccou o meu antigo amigo, o Sr. Ministro da Marinha e Ultramar. S. Ex.* de tudo o que disse, quiz tirar por conclusão única, que se deviam votar quanto antes meios ao Governo , que não tinha com que pagar. Eu concordo na conclusão de S. Kx.a; mas ella não é completa, e eu desejara dar-lhe o complemento. Nem me parece que é sufficiente o complemento , que apontou o Sr. Deputado por Cnbo-Ve de, á» reducçôes. E'1-necessaiio mais urna terceira cousa, que é estabelecer os meios de contas, e fUcalisação sobre a distribuição das rendas: porque o illustre Ministro sabe muito bera, que esta Lei que agora senão pôde praticar, se votou aqui , e os Ministros se contentaram com os meios, que se lhes d^ram , e hoje querem mais meios, e querem novos impostos; e a tal Lei do pagamento de um mez em cada 30 dias não se pratica. Logo não bastam os meios, que os Srs. Ministros pedem, e as reducções.

Alem disto e' necessário acompanhar estes meios da terceira cousa, que são os meios de contabilidade, e fiscaiisação. Eu pela minha parte desejaria, que ern matéria de contas se fizesse o mesmo, que se propôz em matéria de dividas, e é ponto nas contas velhas; porque eu já não tenho esperança de que estas contas s« realisem. Parecer-lhes-ha que isto a talvez fallar ho ar, que é um desvario ; mas se reflectirem nisto, hão de achar, que outra cousa já não e' possível. E espero, que a Camará antes de muito tempo venha a esta decisão; porque este ponto, este salto, esta bancarrota, ou como lhe quize-rem chamar, ainda e mais necessário que o outro, e' o único meio, pelo qual podemos chegar a vir a ter contas.. .

Rectificado este ponto de doutrina, agora rou também rectificar outro que aqui apparece» bem alterado. Fallo do subsidio para os Deputados. Eu já votei contra «lie, (apoiado) porque estava convencido