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iiario, e um Clero suficientemente Hlustrádò para exercer as funcções Parochiaes, e mesmo as de los-uueção Publica.

Fallou-se também bastante da reacção Religiosa do século 19. E um facto quelha annos a esta paite se tem desenvolvido uma tendência Religiosa í á testa da qual estão os espíritos mais abalisados da Europa. Isto é um facto. Cumpre porem ao Hiato» "i todo r indagar quaí se'ia a causa desse fenómeno; como elle se pôde prender com os factos que o pré» cederam. O illustíe Deputado, ã quem Coube ex-pficar o facto., explicòu-o d'uma maneira eminente* mente poética; mas todavia achei-lhe mais belleza , que realidade. Disse elle que do choque das velhas com as novas Instituições tinha resultado um bem, que foi o tertiiT-se desprendido da superfície polida e biilYiante da Calhtflocismo todas essas inciustaçoes que o obscurantismo, a intolerância è a superstição cie séculos ILe tinham feito adherir: talvez assim fosse; e daqui concluiu que á civilisação modéniâ se deve essa reacção. Seja-me perrnittido discordar nesta pâite, da opinião do iilustre Deputado. Eu entendo que a reacção Religiosa que se observa hoje na Europa, tem em. si e na sua essência a causa dá sua existência. A Camará sabe muito-bem que um» leacçao não faz difféiença nenhuma d'urhaacção, senão por ser uma outra em sentido opposto. Etri quanto'os Governos, nimiamente-brifiuduxosj ou 'mesmo fanáticos, secundavam o espirito Religioso dos Povos, estes e os Governos marchavam paráile-lamente, e não podia1 haver téâcção Religiosa; dias desde que a Filosofia dos Encyclopedistas tômoii certa preponderância na Europa, e se viu que alguns (ju* vemos cTesiruiam certos monumentos, certas praticas a qiíe por ventuia os Povos ligavam grande importância, então o espiiito Religioso dos Povos (ornou* se uma reacção :,nãor por qiie os Povos" contrabísseifl tíovos hábitos, "diífereiítes dos que anieiiormenCé tinham; mas só' porque, em quanlo marchavam pá* rãlfelauienle com a acção dos Governos, não havia collisão ; e hoje que a acção dos Governos parece tomar uma duecção diffeiènie da crença dos PovosJ essa crertça dos'Povos tornoú-se uma reacção. E isio. é tanto assim que o mesmo nome respeitável dê Cliateaiibriaml, com que o iilustre Orador quíz fundar as suas asseiçtres, não só se fez celebre ao abris-go dessas velhas Instituições, ma'ã depois delíaa rèreifr cessado, se constituiu seu Defensor.

.Exclamou d nobre Orador, com a eloquericia $ que" VrVe e própria, que esta rp'a;cçãòVfião é fillm da's pregações do Clero , nem d'.-á Seinin-afrios; porque em outro teffrtpo hc*u

atraz d^Hé, hão faz senão o que sempre ft-z, com a differença que hoje acha uma força em sentido . tíimtrario ; è i*^ dá motivo a chamar-se reacçião relíigiosa o que ê a continuação da c»e«ç« religiosas dtí& povos. - -

Disse-se qw0 mhl;ia^ principalmente na Motiaf* cbia Pbrtu^ufeRÚ,'qirem queria la^ti^ar mão do Bea-t-erio , do resprfeèto consagra-do ao Vati-Cía-Eio, de todas essas Associações de Fe'e Gatholicas , paradar urna. nova tendem-Éia ás-crenças religiosas dos pO« vOi .Eu latíib-ern enlend© q»e nào e' daqui que tem nascido a reacção religiosa; mas q,ue todas eitas insliltiiçôes mais ou. menos rrormaes ^ de um povo eminentemente religioso significam ea differentea desenvolvimentos moraes & intellectua.es; e vejo, além disso, em todas estas tnstibuiçôefs uma áspera cenâufa ao Govorn^. Eu a c bo q-ue a Associação da Fe, por e'Xefi>pro , sanccionada hoje por um acto do Governo, importa a maior das censuras, que stilhe podiam fazer,- e que elle mesmo sancctonou ; etílendo qiie a Asso-ciação da Fe $ promoverido a ida de Missionários, que vão disseminar a fé nas-nossas PoásessÕes Ultramarinas, importa esta gra» 'vê censura ao Governo, porquê; é o mesmo que dizer: nós fazemos voluntariamente 'Q.que vós Gover*^ no deveis fazer por necessidade ; vós abandonais os povos r deixanído-os sem Pasto -Espiritual, con* tra um artigo da;Cárta; por consequência nós reas» s-^rríirnoá uma- das vossas attribuiçôes. E o Gover-* no , sanceion-ando e«ta douietrina, saneciofliou uni; areio de 'censura a uma ineuria da sua parte.

O illustre Deputado., cotjibatetido a divisão absoluta da I»strncção Secular e do Glero^ lembrou rarnhem, em apoio da s«a ©pinião^ a mesquinhez da Instrucçâo dos Lyceos. De«ta tliesma mes^ui* tihez tiiarei eu uni argumento para comprovar a nrinha opinião. Se a Instrucçâo dos Lyceòs é mesquinha e a'potreada$ COFJIO d-is-sei o iilustre Deputa* do, se essa .educaçãí® na€Ke' sufifkiieflte para os Ess» tudos privativas dos Lyceos, m'uito -menos stiíficiefi-te é para o Ministério, Ecclesfastico. J3 agora que a Camará tem obrigação de reformar, nes-ta parte, a Lei, e por ventura proporcionar ao Clero um-á"instrfjieçâcf mais adequada, 9«e preencha melhor,o seo fim ,: onde poderá meíbor realisar-se este plano d'irtstrucção que no« Sérnrinarios, com a inspecção srtprerrra e iuvmediaèa dos Ordinários ?