vontade da maioria do Pai*. E não s>ó o Puu linha ódio a esse Systema, mas desgraçadamente julgava que alguém, collôcado n'uma alta posição,, era cúmplice nos erros desse Systema, cesta crença que o Paiz linha, mal fundada de certo, era summamenle prejudicial para o futuro do mesmo Paiz.
Ninguém duvida das intenções de M r. Gw'%ol, todos fazem justiça ás suas boas intenções, e que era verdadeiramente dedicado ú Dynaslia que servia; com-tudo n persistência desse homem notável n'um Sysle-ina, que não agradava a urna grande parte da França, privou a Dynostia a quem elle servia, de uma Coroa que talvez não torne a colher (O Sr. Ávila: — E os que fizeram a [{.evolução estão mais felizes?). Concordo com a opinião do illuslre Deputado, e convenho mesmo, que o Systema que governava então a França, a tornava rmús feliz do que aquelle que a governa hoje; mas o caso é, que mesmo quando os ug. gravoa não sejam verdadeiros, convém dar uma satisfação ú opinião publica.
Sr. Presidente, entre nós, hoje, o Syslema Parlamentar é mais real de que o era anteriormente. Nesse tempo havia sim uma Opposição illustrt», mus essa Opposição representava certas opiniões, e outras que hoje estão representadas no Parlamento, não o estavam então ; entretanto todas as opiniões tem direito a estar representadas, porque o Governo Parlamentar não existe senão quando todas ellas estão bem representadas (O Sr. Ávila: — Ha outras opiniões que não estão cá). E verdade, e muito sinto que os Representantes do antigo Regimen não estejam na Camará, Lamento que uquellaa Cadeiras (Apontando para a extrema Direita) não estejam representadas poi muitos Cavalheiros que ha dignos de aili se sentarem, que eu conheço, e que podiam defender, e fa-/er ucceilar pela Camará muitas idéas boas, muiUs provisões, que talvez precipitadamente se sumiram no terremoto que alluiu as antigas Instituições. Mas com quanto lamente que não estejam aqui ainda todos os Partidos, na'» posso deixar de reconhecer, e comigo toda n Camará, que a Representação agora é mais fiel, que exprime melhor a vontade, as opiniões do Paiz, do que a anterior á Revolução de Abril, e é este um dos grandes bens que a Revolução nos trouxe.
[La, porem, outro bem ainda maior; já eu o disse. E urna verdade, que o Paiz, de certo erradamente, suppunha que a Coroa estava em opposição com os verdadeiros interesses nacionaes, e não queria accei-tar francamente as condições do Governo Parlamentar; e esta crença punha em risco o futuro do Paiz, o dns Instituições, e apropria estabilidade da Dynas-lia, desgraça, que não tenho palavras com que u descrever. Felizmente a Revolução de Abril reconciliou cornplelamente a Coroa com o Paiz. A Augusta Fa-milia que preside aos destinos desta Nação, lendo ha pouco feito uma viagem ás províncias do Norte, foi recebida em toda a parte no meio de acclamações enthusiaslica?, e unanimes de povoações inteiras, e o futuro deste Paiz parece hoje seguro de quae*quer
riscos.
São estes grandes bens, fallo da mais fiel Representação do Paiz, e da união delle com a Coroa, que de certo absolvem a Dicladura dequaesquer Acto menos reflectido, mas de certo bem intencionado, que possa achar-se entre os muitos que publicou ; e foi em atlenção a estas poderosas considerações que a maioria da Comtnissão julgou dever approvar os Actos da
mesma Dicladuru, o subincllcr u sabedoria du Ca-rnara o Projecto que se discute.
Sr: Presidente, como disse um illustre Orador que me precedeu, também direi que não sou Financeiro; nem se quer tive ao principio tenção de.me occupar em especial do Decreto de 3 de Dezembro, porque a minha opinião, e a da maioria da Commissão, de que tenho a honra de ser Relator, era que u questão Financeira se separasse da questão Política, e se guardasse para quando se discutissem os Orçamentos ; rnas lendo a questão chegado a esta ullura; lendo a Camará, e o Governo concordado em que o exarne do Decreto de 3 de Dezembro senão separasse do exame dos outros Actos da Dictadura, eu, que costumo motivar o meu voto nas questões imporlanteí, não posso deixar de o motivar lambem nesta.
Como disse, e repito, não sou Financeiro; não lenho presumpção de o ser; sou mesmo quasi hospede em laes matérias; e por isso não tome a Camará como argumentos, corno asserções seguras, as ponderações que vou fazer, rnas unicamente como duvidas que sulxnclto á consideração das pessoas competentes, e sobro as quaes peço que me esclareçam.
No meu intender a questão não o, se o Decreto de 3 de Dezembro fui, com relação ao tempo <_-m sejam='sejam' decreto='decreto' aos='aos' elevou='elevou' governo='governo' uddicionacs='uddicionacs' apresentar='apresentar' pelo='pelo' reconhece='reconhece' déficit='déficit' pagar='pagar' orçamento='orçamento' resultados='resultados' lhes='lhes' portanto='portanto' prompto='prompto' diminuição='diminuição' tem='tem' pela='pela' receita='receita' interesses='interesses' tag0:_='vencendo:_' relação='relação' necessários='necessários' ao='ao' habilitou='habilitou' cobertos='cobertos' trezentos='trezentos' está='está' política='política' absolutamente='absolutamente' mezes='mezes' despeza='despeza' excellentes='excellentes' questão='questão' montam='montam' dos='dos' eorn='eorn' empregados='empregados' tomada='tomada' se='se' por='por' ottender='ottender' ponto='ponto' financeiros.='financeiros.' capilalisaçâo='capilalisaçâo' vencimentos='vencimentos' sem='sem' foi.='foi.' _='_' setenta='setenta' a='a' pelos='pelos' c='c' cento='cento' públicos='públicos' e='e' jurista='jurista' o='o' p='p' estes='estes' face='face' u='u' accorde='accorde' todos='todos' vinte='vinte' dia='dia' da='da' sele='sele' thesouraria='thesouraria' com='com' de='de' estado='estado' duzentos='duzentos' tempo='tempo' mais='mais' meio='meio' famundo='famundo' cinco='cinco' sobeja='sobeja' das='das' um='um' maioria='maioria' também='também' despesas='despesas' publicado='publicado' crescimento='crescimento' quatro='quatro' em='em' contos='contos' este='este' sobre='sobre' na='na' boa='boa' aquelles='aquelles' sessenta='sessenta' es-peiur='es-peiur' excede='excede' uccrecimo='uccrecimo' successivo='successivo' pagamento='pagamento' diminuindo='diminuindo' que='que' no='no' foi='foi' fazer='fazer' uma='uma' duvida='duvida' devem='devem' situação='situação' capita-lisação='capita-lisação' para='para' sobrecarregar='sobrecarregar' camará='camará' doze='doze' credito='credito' dois='dois' não='não' oito='oito' á='á' necessidade='necessidade' vão='vão' os='os' medida='medida' proposta='proposta' é='é' capitalisação='capitalisação' oblem-se='oblem-se' dictada='dictada' compensação='compensação' semestres='semestres' juro='juro' salvou='salvou' paia='paia' impre-leiivel='impre-leiivel' porque='porque' xmlns:tag0='urn:x-prefix:vencendo'>
E aquelles que nccusam o Governo de não ter feito rnais do (pie tirar a uns para dar aos outros, e de não haver creado novos recursos augmentando a receita publica, não fm razão, porque por maior que fosse o talento dos Cavalheiros, que se sentam nos bancos do Ministério, não poderiam de certo crear esses recursos em seis ou oito mezes. Podiam apresentar Propostas que produzissem esse resultado em alguns an-nos, abrindo grandes vias de communicação, modificando as nossas Pautas, assentando o systetna tributai io em melhores bases, chamando á vida as forças productivns do Paiz que j.-izetn dormentes; mas para isso e necessário tempo, porque de icpente, como Deos creou a Luz, nem Pitts, nem Colhei> ta, nem génios ne-nhuns humanos o poderiam fazer.