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hão de ser muito frequentes, pelo modo como o contracto esta redigido. Ora valerá a pena , para termos taes estradas, irmos fazer um contracto tfto oneroso como este , de que se trata l Nào o creio , Sr. Presidente. Se ao menos se tratasse d'um contracto, que apenas nos ligasse por poucos annos, eu ainda poderia convir; porque passados ellestrataríamos de cousa melhor; mas irmos-nos obrigar, e de alguma sorte avassalar por tão grande espaço, trinta e dons annos, que é a vida media do homem, hoje que ella e mais longa! e isto para ficar-mos com estradas tào estreitas e tão íngremes como temos tido! Entendo por tanto, que a estipulação do artigo é essencialmente má; e que cumpre que o Governo se entenda com a Empreza a fim de convirem em condições, que no» dêem PS-tradas , que mereçam que por ellas se façam sacrifícios; acho que se se nào fizerem novas estipulações, isto e inteiramente inadmissível, (Apoiados). O Sr. Castro :—Sr. Presidente, este artigo persuado-me que poderá passar com uma pequena alteração. Eu fallo assim, porque entendo que devemos ser methodicos nas discussões para fazermos alguma cousa com proveito. Este artigo e genético, e as excepções, que depois se seguirem, sào as que hào de regular o contracto; assento pois, que não devemos estender as nossas reflexoc-s alem do ai-tigo, antepondo-lhe outrof. Se eu quizcsse combinar o arl. 1.° com o arl. 5.% e o 12.° e J3.° teria muito mais a dizer; mas quero aftastar de mi m toda a idc'a de npposição a este projecto, e muito menos de opposiçào ao Governo, qU'- quando entrou neste contracto foi com o melhor desejo de ser uul ao seu ])íiiz. Se o fez bem, se o podia fazer melhor, isso sào considerações á parte, mas do» seus desejos ninguém pôde duvidar. Sr. Presidente, se V. Ex.a me dá licença, farei uma explicação quaai pessoal, porque desejo que os meus sentimentos s-ejam avaliados pelos meus honrados amigos e colegas. Houve iim Sr. Deputado, que se senta d'aq.ielle lado, mas que nem por isso e menos estimado de rnim , que disse, que a opposiçào feita áquella empreza, e encetada por um Sr. Deputado pelo Alinho era uma opposiçâo accintosa, e que este Sr. Deputado nào era mais que um lesta de ferro , mas que eu era a principal pessoa no fazimento desta opposiçào, e que tanto era isto assim, que constava de uma carta do Porto, e accrescentava que era mesmo d'nm chamorrinho. Declaro aos Srs. Deputados que nào havia razào nenhuma para tal suspeita , porque no tempo em que estive ultimamente no Porto dei provas, e expendi opiniões, que foram favoráveis a esta Empreza, pois trartando-se de tomar aos empresários a factura da Ponte do Douro, eu fui consultado, e fiz tudo quanto em miin esteve paia animar os meus amigos. (U»ia voz — é verdade.) Tive em vista unicamente o bem do meu paiz , e tenho sempre em vista nunca desanimar empreza alguma que lhe possa ser útil. Os meus princípios sào de fazer uma opposiçiio rasoavel a uma lei qual.píer, quando entendo que ella nào é boa, e foi isso o que fiz em 1836 quando se tractou da lei das estradas; porem depois que ella se vence, e passa a ser a lei do paiz, entào o caso muda inteiramente para mim. Influi portanto os sublocatários, e esta transacção foi a um ponto tal que pouco faltou para se concluir. Portanto admira-me muito a injustiça com

que me consideram caudillio de uma opposiçào accintosa. E dada esta explicação, entrarei na matéria, e não confundirei este artigo com o art.5.° com o qual ahàs tinha bastante relação, para vêi se podemos ir gradualmente fazendo alguma cousa, approveitando do projecto aquillo qiu valha a pena, moditicando-o da maneira possível para. ver se se colhe alguma cousa da discussão, visio que o haver empreza está decidido que a haja, nào sei se bem se rnal. Eu votei contra o projecto em geral, e nào me pesa de o ler feito, poàto ficasse em urna mui. pequena minoria. Estava inteiramente prrsuadido que fazia o meu dever, e era inimigo desta idea de íazer estradas por empresas de parliculares, digo entradas desta natureza, que sào muito diversas das estradas que hoje se fa

Havendo duvidas sobre a quem pertencia a palavra , veio a te-Ia o Sr. Leonel, que diase:

O Sr. Leonel: — Sr. Presidente, eu nào tenho empenho em fallar primeiro, ou depois, a dizer a verdade, o que me admira e' ver que sempre se empenham em fallar primeiro do que eu! Ainda agora se me impedio o direito de falar sobre a ordem para apresentar uma emenda. Sr. Presidente, um dos membros da Commissão já declarou qne em lugar da palavra re^araçúo se pozesse a palavia cons-frucçâo; a Cornmissào concorda em que se redija o artigo do modo porque o quer o Sr. Deputado que primeiro foliou.

Agora, Sr. Presidente, parecendo-me que devia ficar aqui, com tudo entendo que não posso deixar de fazer algumas reflexões sobre o que disse o Sr. Deputado , e sobre o artigo com relação a alguns outros. Sr. Presidente, neste artigo diz (leu) mas basta só dizer — quanto for possível—para declarar que quando for necessário hào de ir por outra, ora isso eitá muito bem declarado no artigo 3.° a respeito da largura, e a respeito do declive. Não posso deixar de fazer uma observação pois quer-se que em Portugal se \ão fazer já as estradas com a