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Sr. Presidente 9 estou longe de imputar ao Governo esta Emenda ; sei qlie esta proposição nào partiu do Governo; sei ainda mais, sei que o Governo tem a intenção de não.redujsir a 12 os Bispadas que existem no Reino e Ullnurnar (não apoiado do Sr. Ministro da Justiça), não o pôde querer, eta absurdo de tal magnitude que não entra na cabeça de Governo algum neste nosso Paz ; mas se o Governo não tem tal intenção, para que e esta concessão ?... Se o que corre não tem tenção de correr inais de uma legoa , para que põe a balisa a três ~ legoas de distancia ?.. 4 Donde vem .esta necessidade ?... De duas cousas uma, ou a balisa esta no justo termo dá carreira, ou deve estar a tuna distancia indefinida : se nós estamos convencidos de que é impossível reduzir a 12 os 31 Bispos do Reino e Ultramar, para que baveroos limitar pueril-mente a sua reducçào a 12; para que havemos de referir reducção áquiilo .a que entendemos que elles não podem ser reduzidos?... Molbor'era neste caso, era mais honroso para este Parlamento, deixar a latitude indefinida, não mostrar uma opinião contra ou a favor deste numero 12. Pois hontem 12 era o limite para a reducçào de 19, hoje 12 é ain* da o limite para a reducçào de 31 ; 12 será amanhã o limite para a reducçào de 1:000! Todos os limites lêem uma razão efticiente, e quando a não tem, não sei eu que nome lhes dê ... não os quero caracterizar. . . mas o termo vem á imaginação, o termo aponta aos lábios, o termo despede-se mais rápido da.bocca que a sela .do arco !....; .x Pararei aqui!

Sr. Piesidetite, este Pai?, está entrado no caminho das difnVuldades, os Srs. Ministros sabem, tão bem corrm t»u , que neste Paiz existe um cancro que o róe; este Paiz desceu da grandeza ,que teve outr*ora. Do vasto Edifício do seu Poder apenas res'am , mas sobrevivem ainda, os sublimes cumes. O Padroado do Oriente e' um brazão de Gloria Por-Juhueza, cimentado com o sangue dos Guerreiros e d s"Marlyres, não permitíamos que elle desabe» Sr. Presidente , hão serão por certo os Deputados do Povo, não serão as Cortes Potluguczas c^uewx darão mais um golpe jio velho tronco, quem ajudarão a queda da ultima folha de louro, que ainda ve

Disse o illustre Relator da Commissão — eu tenho plena confiança no Governo; eu entendo que - o Governo não ha de fazer senão o que for mais conven'ente; eu entendo que o Governo não ha de querer de maneira alguma reduzir a 12 o numero dos Bispados do Reino e Ultramar, rnas que os reduzirá a 20, a 25, em fim, ao que convier. — Então em que funda a Cofnmissâo este limite, este limite que tanto serve para reduzir 19, como 31, corno 100? -Será isto porque a Commissão não tinha idéas determinadas sobre o assumpto, e por isso estabeleceu um limite que serve tanto para a reducção da unidade como para a do dobro da unidade ? . . .

Sr. Piesidente, oo a Commissão não tinha inicialmente idéa alguma determinada, ou a Commissão mudou posteriormente de idéas ; e neste caso era do seu devr-r dizer-nos no Relatório as razões que teve para tal mudança, e não pura e simplesmente, que adoptava a Emenda. VOL. ô.e—MAIO —1843.

Po's a Cointnissão poderia deixar de encarar a questão pelo lado antlimetico, e deixar de conhecer que o limite 12 para a reducção de 19, e o .mesmo limite para a reducção de 31, era arithmelicamente um absurdo? Nào,havia encarar a questão pelo lado político", e não havia "de ver', que a reducção dos^Bispados do-Reino e Ilhas, e a reducção dos Bispados do Ultramar, são hoje politicamente cousas muito diversas? iNào havia encarar esta questão pelo lado da força para as negociações pendentes, e hão havia ver quanto enfraquecia o Governo, dezarmando-o, por esta concessão do veto nacional? Sr. Presidente, confesso que estou maravilhado de ver como se quor tractar de insifinificanle este accrescentamento que veiu da.outra .Camará.

Tractándo aqui, como fizemos da reducçào dos Bispados do Reino e Ilhas, occupava-mo-nos de mu assumpto de economia interna, não envolvia este assumpto considerações de Política interior; e por ventura estamos nós no mesmo caso estendendo estas faculdades ao Ultramar ? O Padroado da Coroa Porlugueza no Oriente foi invadido, reclamemos contra a invasão. Sr. Presidente, eu não posso deixar de chamar, par esta òccasião, a at-(tenção da Camará sobre essas varias Associações excepcioriaes e anómalas, que por ahi se formam no st-io da Christandade, e que avançam cobertas com o manto da P'e. e da Prédica do Evangelho. A que fins se encaminham ellos? Por onde marcham-.? Onde pararão? Não o sabe V. Ex/, não o sabe o Governo, nào o sabe a Camará, ninguém o sabe ; nào o sabem nem os próprios Associados. É da natureza das Sociedade anómalas e excepcio-naes perder o rumo primitivo segundo as circums-tancias, de auxiliares tornarem-se oppfessoras, mudarem as suas veredas; desmentirem muitas vezes as suas instituições. Sr. Pre*idente , as Nações são umas, a Igrefífé uma; para que pois estabelecer nas Nações e na Igreja divisões e secções ? As Sociedades anómalas, de que .tracto , serão elías por ventura estranhas á presente questão? Não será preciso .oppôr barreiras fortes ás suas sujrg^stõeà ? Sr. Pte^MÃtMAk.? , v\\ \vrao a fe\*\%\év>tAa de Iodas as Associações anómalas, e detesto todas as que são secretas ; temo a sua influencia nos negócios publicou ^ julgo que convém arrnarmo-nos contra as suas desvairadas pertenções, quer presentes, quer futuras.

Sr, Presidente, por todas as razões expendidas, que reputo do maior peso, voto contra a adopção da Emenda vinda da Camará dos Dignos Pares.

O Sr. Sintas: — Peço a V< Ex.a consulte a Ca-mura se quer que continue esta discussão.

Restoloetí-se affirmtitioamente*

O Sr. /-/guiar: — (O Sr. Deputado ainda não restituiu o seu discurso.)