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Ssa3. St. Presidente, eu quero quê o Governo tenha meios, bei de votar por elles, mas desgraçadamente tenho a convicção de que este de que se tracta não deve-ser approvado; por conseguinte não estou na oppofciçâo , estou divergente da maioria, do Go-veruo, e das differentes Commissôes na escolha dns recursos corn que pretende fazer face ao pagamento dos juros da divida Ingleza.

Sr. Presidente, eu propuz o adiamento do Artigo 6.* que estabelece uma decima sobre os jii'os da divida interna consolidada paga na Junta do Credito Publico ; por ser, quanto a mim, uma medida mui-to exlraoidmaria , muito violenta, e Itade produzir mais prejuisos do que avulta a soinma que deliu r<_-sulla só='só' obriga='obriga' que='que' primeiro='primeiro' a='a' necessidade='necessidade' os='os' e='e' governo='governo' quo='quo' tanto='tanto' poder='poder' indispensável='indispensável' o='o' estes='estes' imperiosa='imperiosa' justificar='justificar' se='se' projectos='projectos' discutir='discutir' outros='outros' não='não' todos='todos' paia='paia'> ertistern impressos, rnas outrosquaes-quer que a Corn missão ou o Governo pôde e deve apresentar, á vista dos dados estatísticos que pôs-Mie, e que não podem ser tão familiares a qualquer Deputado para avaliar as forças dos collectados.

Não faltaiá qu< ui pertenda refutar e impugnar esta dunha proposta, como um modo de ilJudir a discussão: não e' assim ; eu tenho a convicção que de hald? procuram apresentar fundamentos, e ainda menos destruir as rasões em que se fundam os que sustentam o Artigo; e quando eu lenho esta convicção é de ceflo tempo perdido fazer discursos no meu sentir, e competir com grandes oradores, ma» estou firme cm minha consciência que devo oppôr-me peias maneiram que entender decentes, a que semilhan-te resolução se vote; não o faço com a esperança de a evitar; mas unicamente paia satisfazer ao meu dever de Depulado, o qual não se restringe unicamente á Camará , tnas aos que me eJegeram , á Nação, e aos princípios que enunciei; « se a Camará não me fizer justiça » eu deixo -essa decisão aos que me ouvem , e a demonstração ao tempo.

O Sr. Mmislro da Fazenda, com a eloquência que lhe e própria procurou rebater as rasões em que fundei o meu adiamento. Muito pequeno sou eu, não só na ordem de orador, mas mesmo na ordem das intelligencias , e ainda mais pela pouca pi ai i ca q rasôes em que me fundo para reje.tar o artigo, e sou obrigado a expô-las, porque lenho feno parte da maioria, estou na maioria, sinto sinceramente arredar-me d'ella neste ponto, e desejo deraonsirar-lhe os meus justos motivos.

< Sr. Presidente, o Sr. Ministro da Fazenda disse, que o adiamento é inútil porque tenho tenção de rejeitar este artigo, bern como pertendo oppôr-me a outro» Projectos: S. Ex.a lei-e pois a bondade de ennuuciar no Parlamento, o que muitos sabem ; conforma-se com a declaração que fu a Si Ex.a, e aos seus Colh gás, e parece-me ler dado mais utna prova da sinceridade e boa fé com que sempre procedo, ti' verdade que ht-i de oppôr-me a este artigo , é verdade que me hei de oppôr a outros tributos, porquo «m minha consciência entendo que não sào justos; e esta minha franqueza evidenceia que tenho desejos de que as cousas se constituam no Paiz , mas sem atacar Leis, direitos adquiridos, a industria, o com-

rnercio, e os contractos. Diz o Sr. Ministro, que para eu rejeitar o artigo , é' necessário provar , que-os-outros1 recursos ,- que se apontam nas differentes .propostas da Commissârf Externa e Jnter* na , são de' sobejo para satisfazer aos juros d'Inglaterra. O* Sr. Presidente , pois não é possível haver outros recursos , alem dos que propõe a Com* missão? Pois se acontecer que um ou outro dês* tes Projectos seja rejeitado, modificado ou adiado, vsta a illuslre Com missão ou o Governo impossibilitado de apresentar outros meios para satisfazer a essas obrigações? liealmente não esperava ouvir este argumento da bocca do Sr. Ministro. E se assim é, declaro que estamos perdidos; e que isto não vai d'ccordo corn oa discursos e esperanças de S. Ex.a apresentados n'esta Camará.

Disse também, S. Ex.* uma vez nào se prove que elles são íuíTicientes, está demonstrado que não se pôde prescindir destes sacrifícios. A este argumento respondo eu com o que disse ao anterior. Se acontecer que este ou aquelle Projecto não seja approvado, que este ou aquelle Projecto não produsa a quantia que se quer obter, mal estamos nós; porque pela declaração do Sr. Ministro já se vê que não tem aonde ir procurar outros recursos; ficaremos na mês* ma desgraça em que ale aqui lemos vivido; as finanças nào se arranjam ; e não podemos satisfazer os nossos ernpenhos.

S. Ex.a disse , (e muito lhe agradeço o~aeu argumento;) o Sr. Deputado tem tanto ou mais interesse do que eu para que as cousas se'estabeleçam no Paiz, porque representa mais propriedade do que eu. Por es^a rasâo, é que eu clamo nesta Camará. S. Ex.a nào me faz injuria, repelindo o que muitas vezes eu tenho ouvido nesta Camará, e não sei de que isto siiva aos que sustentam a doutrina, do Artigo, o dizer-se que «ou proprietário da Junta do Credito Publico; confesso que o sou; dizem que sou proprietário do Banco de Lisboa; confesso que o sou; assim como de muitas outras Associações Commer-cictcs, umas lucrativas e outras puramente patrio-tiras.

Sr. Presidente, o nosso grande mal e que 09 differentes interesses sociais nào sejam sobejamente representados, e não sejam considerados como deviam ser para haver a necessária attençâo aos differentes interesses da sociedade, sem o que as Leis hão de resentir-se desta falta.

j3r. Presidente, repito, sou accionista da Junta do Ciedito Publico e do Banco; defendo essas instituições, ruas defendo estabelecimentos públicos , defendo eslabelt-cimenlos que o Ministério, mais do que eu9 lem obrigação de zelar e defender, porque tem obrigação de sustentar o credito publico. Mus se querem dizei isso como argumento odioso , querendo inculcar que nào e' o amor do bem publico, mas o interesse pessoal; respondo que rejeito essa a I-lusào a maus motivos, e lembro á Camará, que nem eu as mereço, nem o Regimento aspermitte. (Apoia» dos.)