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T) Sr. J. A. de Campos: — E' verdade qne não é esta a occasiâo ; mas como ás vezes não se pôde obter a palavra porque o meio regimenlal obsta a isso, fui já prevenindo a tempo.

O Sr. Gomes de Castro: — Sr. Presidente, eu acabo de ouvir com a maior altenção os argumentos do nobre 'Deputado pela Guarda, justamente com aquella attençâo que sempre «ue inspira a maneira realmente exemplar ,'-0001 que o nobre Deputado'mantém as suas opiniões nesta Garoara, a attençâo que elle piesta aos seus adversários, e em uma palavra todas as qualidades que o adornam : talvez seja este o único incentivo que tenho para entrar nesta matéria, depois de se haver ella invertido de uma maneira calculada para trazer algum odioso sobre os Oradores, que estão do meu lado. 'Sr. Presidente, -eu hei de Lllar a verdade, hei de faltar aquillo que eritendo, bei de expender as minhas opiniões ycom franqueza , e fa-io-ía com esu franqtieza, que acabo de dizer uiuda quando ?e achasse presente o author ou referendatano da Lei; porque nesse mesmo eu encontro atolenncia necessária pata ouvir as opiniões dos seus adversários; e desgraçados de nós se sem essa tolerância quicássemos discutir as matérias, -pois nunca chegaríamos a alcançar a verdade , e o acerto.

O nobre Deputado foi tomando um por um todos os toeus argumentos, foi respondendo a elles co'no entendeu , e põe-me na necessidade de seguir também este menino caminho. Nào farei por tanto urn tli*{ mso , 'não o s^i fazer, nào o posso fazer.

É preciso advertir (e perdoe-me 8. Kx.a) que nem todoá' os argumentos foram apièsentados da •maneira com que eu aqui os ennunciei; por exemplo, diz-se, que eu affinnára u que nãn existiam em 'parte alguma direitos differenciaesv» diz-sn que eu declarara u que não queria estatísticas n dis$eram-se outras cousas que realmente eu aqui nào avancei ; mas eu não culpo o nobre J3eput«do; pôde ser que algum extracto de Periódico o induzisse em errn, e de certo muito naturalmente, podia acontecer assim : ahi está o extracto do Diário do Governo onde se me fazem dizer os maiores absurdos até 'que eu cif ara aqui wn certo ingfcz que u inven-ta*an as minas de carvão! Ora, vej.i a Camará ate onde pôde chegar a finura dos ouvidos dos nossos Stenographos. Por esta occasião desejava eu que tomassem nota disto para tirar decima de mim o anathema de ignorância que um ta! absurdo pôde ]par ahi ter-me grangeudo.

Não, senhor, eu disse, e ate' fui o primeiro talvez adizê-lo: u que no Estatuto, ou acto de navegação de Inglaterra se tinha estabelecido o 5.° mais de direitos para aquellas Nações onde existissem direitos differcnciaes: e disse que não estava muito pelas estatísticas que aqui se aprentavam para provar a maior ou menor coeistrucçâo , porque essas estatis-iicas que se queriam comparar diziam respeito a duas épocas nas quaes Unha havido igualmente erros eco-micos, n Eis-aqui o meu raciocínio, roas não disse de maneira nenhuma qiie rne não importavam as estatísticas, isso seria realmente um atrevimento.

Mas, Sr. Presidente, o que eu na verdade disso, foi o seguinte e creio que o nobre Deputado ha de concordar com a minha amnuali vu : qne sendo em «regra os privelegios prejudiciaes á *ncicda<_1e p='p' ti='ti' eram='eram' importân-='importân-' muito='muito' maist='maist' ainda='ainda' directamente='directamente' quando='quando' o='o'>

cia destes privilégios sahia do Thesouro j que iodai os privilegias são mais ou menos pesados j mas este da Navegação do modo que se estabeleceu apresenta já uma differença na noi>sa receita muitíssimo grande , que vai crescendo, e que daqui a dnus dias nos ha de obrigar n impor mais ,meia decima sobre os prédios urbanos e ruraes para a snpftrirrnns.

H disse eu a par disto, Sr. Presidente, u eu estou prompto, e hei de concorrer com toda a iionta» ãe para estabelecer quanta protecção for possível á nossa Marinha mercante j com tanto que ella não saia do Thezouro; $e não basta o Commercio deca* botagem, sendo basta o Commercio das colónias, se ndo basta o exclusivo da Ásia, se não basta o Commercio inlirecl-o que aqui se estabelece neste Projecto, venha wa/s alguma cousa neste sentido, que eu estou prowpto a ad-miítí-laj mas eu desejo que estes privilégios, quedos estabelecemos á nossa Marinha, s"ja:ís em u'ticno resultado á custa da Marinha estrangeira, e nàn á custa do cofre do nosso The-zouro; porque, ^r. Presidente, nào ha distincçào alguma enfre Thesouro e N a ç ao ; o Thesouro é a massa

Portanto Sr. Presidente ,use quiserem vir a todos e si e i provilegios, coiri muito boa vontade eu serei o primeiro a concorrer para isso; se assentam que para animar a coflstrucçâo , o direito de seis tostões por ToueHada. nos navios» que se compram no estrangeiro, com o titn de serem navegados como nacio-naes, e pouco, vu d:rei qoe se augmente e já assim o di3»; e.m outras occnsiôes; etn logar de seis centos, seis mil féis: se d'aqut vern incremento á nossa conslrucyão, como eu entendo, eu estou prompto a adoptar esta medida; mas íião posso adoptar a outro, eacredit^m-me de boa, ou má fé; mas estou fal-lando na melhor fé do inundo, porque tira meios ao Thezouro ao mesmo tempo que nos põe em difficul-da dês com as Nações estrangeiras.

E não se venha aqui dizer que eu advogo a cati-za dos estrangeiros; porque o que eu advogo é a cau» za da justiça: e uma flagrante injustiça fdZie ella contem em si um principio ruinoso para o nosso commercio externo; sajvo se se duvida que nós somos uma Nação exportadora.

Sr. Presidente, eu não as tenho aqui ; mas tenho recebido cartas do pessoas de tnuilo credito dasPro-vincuis, principalmente do Porto, em que medisera que esta o Commercio cm gravê estagnação ; qud vejamos quanto antes a maneira dfi remediar este mal, seja de que oiodo for, e que attenJaiios :i q"2 no nossn Paiz os ptodoclos Agrícolas merecem coilteTO-plaçâo muii.-> espacial; por isso mesmo que são p forte da nossa prodiicçâo, e exportação.