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dcsie mez de Julho; mas peço aos illustres orado-rés, que se lembrem que o pagamento deste mez começando dentro em breve dias não pôde ultitnar-se tão depressa quanto o Governo deseja, e por consequência a igualdade, que elles desejam e o Governo quer, não se pôde levar tão depressa a execução; mas o Governo assegura á Camará, que trabalha incessantemente naorganisação de umsysterna de medidas, que façam com que esta desigualdade desap-pareça, e o pouco que haja se reparla por Iodos, mas com a possível igualdade.

A observação quo fez o illustre Deputado o Sr. Agostinho Júlio a respeito da razão, porque não se applicaram as verbas da receita destinadas no orçamento ás despezas para que eram destinadas, já respondeu o meu nobre coUega o Sr. Ministro da Guerra, é por uma razão muito simples; e porque as despezas são muito superiores ás verbas de receita.

Quanto á observação de que no Ministério da Guerra se têem gasto sommas enormes, não era por certo sobre a Administração actual, que devia pesar esta accusação; porque a Gamara sabe, e deve saber o nobre Deputado, que a Administração actual tem publicado a relação das sommas, que têem sido postas pelo Thesouro Publico á disposição dos differentes Ministérios; já está publicada a relação das sommas postas á disposição dos meus Gollegas no Ministério no rnez de Junho e Julho; por consequência já se pôde saber por aqui, quâes são estas sommas; e quem as examinar verá, que, bera longe de serem enormes, são muito inferiores áquel-las, que o Orçamento rne autorisava a repartir pelos meus Collegas, e que os autodsava a elles agastar; mas quanto á e'pocba a que o illustre Deputado se referiu, permittir-me-ha só que lhe diga, que me admira, que não saiba, que vem publicado no Diário de Junho deste anno o Mappa das sommas postas á disposição do Ministério da Guerra no anno económico findo em 30 de Junho ultimo, por ahi verá o Sr. Deputado quaes as sommas que foram dadas por soldos, prets, Cominissariado, e outras Repartições dependentes do Ministério da Guerra: não me lembra agora bem qu,al a totalidade dessas sommas; mas se me não engano julgo que e' de dous mil quinhentos e sessenta contos, muito mais do quê aquillo que estava dado para este Ministério no Orçamento votado por esta Gamara : pôde ser que o Sr. Deputado por esse map-pa não possa obter todos quantos esclarecimentos pertende; mas lá está exactamente o que o Sr. Deputado perícnde saber; nada mais tenho que ac-crescentar.

O Sr. Ministro da Fazenda: — Sr. Presidente, o Sr. Deputado não entendeu a explicação que eu dei, quando quiz demonstrar que não havia antecipação, em qualquer das operações de credito que levarei aeffeito; eu disse, e sustento o principio que emitti, e convido o Sr. Deputado para que o destrua, o que não espero. Â decima e uma receita do

Estado que pertence a um armo, um duodécimo dessa decima é receita de cada mez desse anno;- o Governo até ao 1.° de Outubro vence três duodécimos da decima; o Governo ainda não os cobrou, supponhamos que os cobra em Novembro, e que precisa no 1.° de Outubro dessa sqmma, e que a levanta para a satisfazer em Novembro, será isto antecipar os rendimentos, públicos do Estado? De certo que não; a isto e' que eu queria que o Sr. Deputado respondesse; não faço outra cousa mais do que empregar a leceita publica já vencida, á custa de um pequeno prémio, para o qu*l tenho uma verba sólida no Orçamento. O Sr. Deputado deve saber que esta operação é uma operação deTbesoura-ria muito ordinária, è que se faz em toda a parte, e escusa o Sr. Deputado de lançar rnão destas palavras odiosas, só porque e'da opposição ; combata a operação com razões sólidas, e nào deste modo, pofque os Srs. Deputados que se sentam agora na opposição, se estivessem nestes logarcs, haviam fazer o mjsmo que nós agora fazemos ; eu se fosse Op-posição nunca havia combater o Governo com as armas que eu visse, que elle podia empregar contra mim um dia; a opposição deve ser lógica, deve ter um sy&tema governativo, e prompto para substituir o que impugnar, mas apresentar.se só no Parlamento para combater sem tor que substituir , não é ser opposição, é ser outra cousa.

Não digo mais nada, Sr. Presidente, mesmo por que o Projecto eoi que o Sr. Deputado fallou, não está etn discussão; ha de vir cedo á Camará, porque hei de pedir que se discuta, e o Parlamento ha de convir nisso; e é nessa occasiào, que o Sr. Deputado tem margem immensa, para fazer sobre elle as observações que quizer; mas não agora.

O Sr. Ministro da Fazenda: — É esta a occasiào de satisfazer a promessa que fiz ao Parlamento, apresentando um additamento por parte do Governo a este Projecto para assegurar o pagamento dos dividendos em todos os semestres: e com especialidade no próximo mez de Janeiro, potque o Projecto, que se está discutindo não dá já a som ma precisa para o pagamento do dividendo próximo. Para este fim apresento um novo Artigo em additamento a este Projecto , que pôde formar o Artigo 3.° e o 3.° do Projecto passar para 4.° etc. Eu peço licença á Camará para o ler (leu-) A idéa consignada neste additamento é a seguinte; no dia em que vencer o dividendo, a Junia do Credito Publico sabe o que lhe falta; na dotação, que lhe é consignada desde esse dia ella recebe o terço dos rendimentos das Alfândegas de Lisboa , e Porto, até seu completo embolso: ficando assim complelamen-te garantido este pagamento, como o daseja.

O REDACTOR,