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Discurso do sr. deputado Santos e Silva na sessão de 27 de novembro e que devia ter logar a pag. 2689, col. 3.ª, linha 13.ª

O sr. Santos e Silva: — Sr. presidente, vou tomar parte n'um debate, para o qual me não chamam, nem a competencia, nem pronunciadas affeições. Pouco experimentado na vida publica, mal assentes ainda os passos nas veredas escabrosas da politica, e mais que tudo completamente novel nos jogos surprehendentes e nas prestidigitações subtis e deslumbrantes dos algarismos: as impressões por que n'este momento estou passando, esta tibieza que me faz vacillar; a voz intima da consciencia, que me manda caminhar, devem de ser alguma cousa de similhante á luta, que se me afigura travar-se na alma do profano, quando posto o pé no limiar do templo, em cujos mysterios a curiosidade ou a petulância o arrastaram a iniciar-se, vê fugir-lhe, rapido como o relâmpago, o mundo de affectos em que se embalara. Cerrados os horisontes em que respirara; cortado o laço, que o prendia á vida exterior, familiar, comesinha em que se educara, vendado nos olhos do corpo, e como que escurecido nas solidões do pensamento pelas sombras que lhe povoam a mente de phantasmas: ei-lo como captivo, entregue no abrir e fechar de uma porta, que é a campa de um sepul-