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abrazar; e que o Projecto que eu apresentava não exigia fiscal i sacão que lhes possa causar damno.

Sr. Presidente, pois eu dono do rneu. braço ou qualquer outro não fiscálisq pelos meus interesses?.. . Se não fiscalisasse deixaria de 03 haver. Pois esta fiscalisação que eu faço para saber por -quanto os barcos rendem das pescarias,; das minhas redes e' vexatória para'os Pescadores? Seguramente que não ; porque se "fosse vexatória certamente que não acharia nem Mestre,, ne;n Armes, nem Companha para. andar rio meu barco,, O que faz o Mestre quando reparte os quinhões ? Tira tantas partes para as ledes, tantas para o barco, tantas para os companheiros, .e toma as partes do Compromisso, e as vai entregar. Pois não podia este Mestre tirar ò módico tributo de 5 por cento na occasião em que o Pescador recebia o seu ganho,.e,ir entrega-lo á Auctoridade que lhe dissessem? Podia, Sr. Presidente. Mas diz-se que isto não podia ser, entravam ganchos.., .. . en-. travam sustos..... A única pena que cú arbitrava era que quando se demonstrasse que tinha havido falta na entrega do Imposto, o Mestre e Ajrraes fossem obrigados a pagar o dobro; e para isto não era necessário vexatória fiscalização; Sr. Presidente, bastava que essa Auctoridade ou fosse o Contador dê Fazenda, ou a Alfândega, ou o Administrador de Concelho, ou fosse a Camará, ou fosse quem fosse. Quando chegasse ao seu conhecimento, que tinha havido fraude, exigir que o Mestre provasse se era verdade ou não, sem que para isso fossem precisas outras diligencia?, e eis-aqui os Pescadores venden-.do o peixe ern toda a parte, fazendo as pescarias como quixessem, tibindo as suas partes ou quinhões, e por este modo, Sr. Presidente, nem 3 por cento vinham a pagar.

Porém um Periódico desta Capital, que parece tomou a seu cargo deprimir o género humano,- pôz-me pela rua da amargura, e.sé não me crucificnii •foi porque eu não sou Christo. Que tem que ver o Projecto das pescarias, corh.p que o articulista alli diz? Que tein que ver que ou errnsse na maneira porque quíz'beneficiar os Pescadores? Todos somos susceptíveis de erros? Eu talvez sou o mais insignificante dos Membros desta Casa; mas. não por meu comportamento, Sr. ..Presidente; porque em borri comportamento não cedo a ninguém (Apoiados).

"Sr. Presidente , que tem que ver as pescarias com dizer o articulista que e' da Revolução, a que állúdi a Os Pescadores Unham sido apadrinhados pelo Sr. Mendonça ob e siibrcpticiamenfè Dirc.dor dás Al-faudcgas do Algarve. » Que tem que ver urna cousa com a outra ?! Ru emprazo o nobre Ministro 'da ' Fazenda para que declare nesta Camará; se lhe'pedi,'-se me empenhei, se'lhe rcqueri 'p.ára me propor neste Emprego que Sua Magesta-k; iné Fez Mercê? Elle está presente' que o diga. (O Sr. Ministro d>i .Fazenda:— Não pediu; e verdade, nem requereú). Por semilhahte occasião emprazo também o meu nobre'amigo e ex-Ministro o Si';' Ávila, que fallan-do-me nesta Camará, e propondo-rne se acceitaria eu um logar nas Alfândegas do Algarve, lhe respondi, q,ue nenhuma me podia fazer conta senão a de Lagos; mas que essa não acceitava eu; porque primei-To eu não ac;e'tava Kmprego aonde estivesse alguém Empregado, e, em segundo logar, este estava exercido por um amigo, irmão de urn outro arnigo meu ; elle ahi está presente o Sr. ex-Ministro que .o decla-

re. (O Sr. Aoila: — É verdade; apoiado, apoiado). Sr. Presidente, eu não engordo, nem nunca engordei com alheias desgraças.

(Continua na leitura do artigo). r^::í. O Sr. fyfen,' donça wio contente de promover os seus interesses pés-soaes com sacrifício dos de seus Constituintes esqueceu

por fim os sacrifícios por el/e prestados ã Causa da Liberdade asseverando que, .se combateram o despotismo, -'titio fora para pagar tributos.=^n

Sr. Presidente, xasqueou-se um pensamento nobre que eu julgo merecerem os Pescadores do Algarve.— Elíes. foram meus companheiros d'arnías, hei de sempre honra-los. Sr.'Presidente, julgue cada um q que quizer délles , en não tenho motivo se não para ossuppo'r capazes de fazer todos os serviços, todos os ScicrifieiosJ pela, Causa da sua Pátria, e da nossa adorada Soberana. Os Pescadores do Algarve que agradeçam a quem os quizer injuriar, quê eu sempre os liei de honrar.

Sr. Presidente, pois eu defendia os meus interesses quando queria que o Pescador do seu liquidío pagasse 5 por cento r1! Que pueril maledicência r ! O. Pescador pagava de; seu ganho liquido os 5 pó ceh-

.to, eu'-pagava das minhas partes que me provinham da pe-íca, os 5 [) >r cento , e ficava sujeito ás despe-zás de barcos, de eórdagens , de alcatroes, de redes , de tudo o mais. JÇ queria-o eu pelos meus in-teresses;, ou interesses dos Pescadores ?!...,

,-, S/. Presidente, tudo isto é muito custoso para iitn homesn quê no decurso da sua vida, e ,,que se acha no estado dá velhice,; tem sempre trabalhado por sustentar :a sua reputação; mas do que me doe o coração ,' o que me enche de indignação são estas

. palavras"—'it Nesta emprcza. o Sr. Mendonça foi aju.

• ãítdò pe/p.Sr. Ferrão, e se ajustaram ambos para dês* lustrar a' Memória, do hnmortul Libertador etc. (conm tinnou lendo).

Torno a invocar o testemunho da Camará se eu faljei alguma cousa nas Leis dada s pelo Augusto Libertador, sé eu disse .nem uma palavra a similhante respeitq. , , ' ,

Sr. Presidente , deslustrar à Memória do.-Libéria-dor quem sempre o amou; e quem ainda agora rés* peifa a sua Memória e as siias_Cinzas ! ! . . . Deslustrar á Memória (Io Imperador quem sotíreu G annos de exílio, queni perdeu a maior parie dos seus bens, quem esteve exposto á morte durante eiie por sec íiel á sua .Soberana j e ás Lib'erd;uÍes Patiias! Deslustrar a Memória do Libertador quem'atravessando