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me do que os objectos que p rodeiam , e attende 'a uma voz mais forte que lhe falia no coração.

(Apoiados.)

Mas supponharriôs, por um momento, que a classe dos pescadores no longo gyro solar que lhe Conta a miVeria , tenha alguns poucos dias de gozo, de-abastança, e ate de superabundância , será justo, será humano ir roubar-lhe esse gozo passageiro, e raro com a mão desapiedada do fisco ? Não poderemos nós consentir um dia de gozo áquelle que passa tantos dias à braços corn o sòffrimérito? Não, Sr. Presidente, eu espero ainda que a ('amara não irá desencadear contra a classe miserável dos pescadores a peste devòra.tlora da fiscalização, pe'6tè qíie eu intitulo assim, não só neste caso particular, mas também nesses outros impostos variados que aqui se teor approvadò contra o meu voto, e que todos exigem uma fiscalização miúda,- importuna e "vexatória, Sr. 'Presidente, e será o que eu digo desattender as necessidades publicas l Será à rainha doutrina errónea e confraria á Carta, como aqui também se asseverou, allegàndorse que a Carta determina' que todos os Cidadãos concorram .para as despe/as do Estado, na proporção dos seiís haveres? Sr. Presidente, porque não quererá attender-se á essa pala-vra proporcional, que existe ria Carta? Porque não ha de querer ver-se que, nessa proporção legal, onde um fios antecedentes fôr o haver rigorosamente necessário para a sustentação da Cidadão e da sua íarailia, o consequente ha de ser necessariamente uma contribuição nulla ?...,..

Sr. Presidente, disse também um dós Srs. Ministros da Coroa, o Sr Ministro da Fazenda, e tem-se repelido, tanto"denlro como fora do Parlamento, uma proposição, que eu reputo tanto mais •impor--tante, quanto por ella se perteride justificar não só e,ste imposto, mas'todos aquelles, que se pertendem lançar sobre esta Nação. Diíse-s-e, que o povo POF-tuguez e dos povos civilizados da Europa moderna^ senão o que menos paga, ao. manos urn dos que paga menos.. Sr. Presidente, como se avalia aqui õ que paga urn povo í Essa avaliação depende por ventura do conhecimento, de um sódosseus factores'? Q u anda' se demonstre que a importância bruta da contribuição, paga j/elo Cidadão e mínima, comparada com a de outros povos não será necessário examinar ainda se eHa c a minima em relação ã sua riqueza? Demonstrado ainda que a contribuição •seja mínima nesla relação ,"desprezar-se-ha por véu-, lura -a consideração domais importante dos factores desta avaliação, cix-ssc factor que "do imposto, appa-rentemenle p mais pezado, pôde fazer na realidade o mais leve; isto e , da consideração do interesse directo ou indirecto que provem ao contribuinte

acham estradas, acham canaes, que conduzem o peixe pela posta a mais rápida aos logares do consumo, e que augmentam assim o valor do producto do seu trabalho. E que encontra o pescador Portuguez ? Se a noute sobrevem, se a cerração, e a tempestade colhe no mar a barca do pescador Portuguez, que vê elle em torno de si ? As vagas, a escuridão, e a 'morte", e urna costa mais negra, mais inhospita para-eile q.ue o próprio mar, que ameaça tragá-lo; mas a esses .pescadores estrangeiros luz-lhe rui terra amiga ò farol'protector que os encaminha; lá está o abri--go, o moihe arteficial, ou a caldeira que os salva, e os protege. E haverá quem diga que, ainda pagando uma sómrna igual , o pescador Portuguez não é incomparavelmente mais opprimido? ... O contribuinte nos Paizes bem administrados repete ao entregar da contribuição do ut dês; o contribuinte Porluguez repele d<_ potências='potências' lançou='lançou' commer-cio='commer-cio' ser-lhe-ha='ser-lhe-ha' governo='governo' outras='outras' continuará='continuará' herdado='herdado' via='via' haverá='haverá' protecção='protecção' _.á='_.á' u-m='u-m' isto='isto' quota='quota' lhes='lhes' sem-sabida='sem-sabida' presidente='presidente' certa='certa' moios='moios' como='como' nas='nas' suas='suas' exemplo='exemplo' urna='urna' fcua='fcua' família='família' raas.se='raas.se' relações='relações' ao='ao' cern='cern' chó-6ra='chó-6ra' ventura='ventura' as='as' vias.de='vias.de' ditferença='ditferença' vantagem='vantagem' insultado='insultado' eon-sumtno='eon-sumtno' está='está' nesta='nesta' rimproducti='rimproducti' esses='esses' nações='nações' suas-granjas..='suas-granjas..' comeram='comeram' porluguez='porluguez' suíficiente='suíficiente' occupa.='occupa.' derramaram='derramaram' collocado='collocado' sua='sua' semente='semente' _-com='_-com' seus='seus' troco='troco' cin-coalqueires='cin-coalqueires' resida='resida' mercados='mercados' elle='elle' representantes='representantes' dobrada='dobrada' fnictos='fnictos' por='por' se='se' si='si' vejamos='vejamos' vidraça='vidraça' fechar='fechar' productos='productos' mas='mas' porta='porta' _='_' tão='tão' agente='agente' a='a' seu='seu' c='c' porem='porem' e='e' áquelle='áquelle' sacrifício='sacrifício' valor='valor' lhe='lhe' j='j' propriedade='propriedade' o='o' p='p' francez='francez' _.arvores='_.arvores' u='u' _-e='_-e' achão='achão' remover='remover' vinte='vinte' geraes='geraes' da='da' ermos='ermos' de='de' estado='estado' terra='terra' haveres='haveres' novas='novas' accu-.rnulain='accu-.rnulain' parte='parte' do='do' pro-cuíar='pro-cuíar' irazèr='irazèr' cinco='cinco' rigorosamente='rigorosamente' mesmo='mesmo' despegas='despegas' praticou='praticou' das='das' um='um' succedo='succedo' ale='ale' contribui='contribui' acontece='acontece' industria='industria' mostra='mostra' sequiz='sequiz' segurança='segurança' em='em' dizer-se='dizer-se' sr.='sr.' esse='esse' este='este' sobre='sobre' ás='ás' na='na' sessenta='sessenta' já='já' pardaes='pardaes' alqueires='alqueires' catalogo='catalogo' lavrador='lavrador' estorvado='estorvado' paga='paga' que='que' foi='foi' no='no' um.proprietário='um.proprietário' evidencia='evidencia' transporte='transporte' uma='uma' seis='seis' nacional='nacional' ainda='ainda' estorvo='estorvo' aqueíla='aqueíla' cida-dadàó='cida-dadàó' nos='nos' para='para' paiz='paiz' terá='terá' estrada='estrada' povoações='povoações' vos='vos' não='não' adquid='adquid' publica='publica' só='só' tag0:_='_:_' á='á' vão='vão' os='os' apagou='apagou' géneros='géneros' ou='ou' è='è' assim='assim' cidadão='cidadão' abriram='abriram' aqui='aqui' janella='janella' assumpto='assumpto' quando='quando' insulto='insulto' toque='toque' estéril='estéril' gravado='gravado' lá='lá' inteira='inteira' contribuição.='contribuição.' quem='quem' penderão='penderão' esquadras='esquadras' dá='dá' chora='chora' porque='porque' xmlns:tag0='urn:x-prefix:_'>

Sr. Presidente, quererá alguém concluir .daqu. que eu sou de opinião que em Portugal se não de_ vem pagar impostos? Não é assim. Reconheço a ne cessidade ri os impostos, mas quero que sejam propor-cionaes aos haveres, que peiam lançados convenientemente, e sobre ludo convenientemente applicados, e-não se persuadam os Srs. Ministros que a elles particularmente dirijo a^rninha censura; Ministros de dois dias não podiam elles causar nem remediar males antiquíssimos. "O'que lhes cumpre, o que eu desejo que elles façam, e mudarem derut.no e entrarem n'urna melhor vereda.