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com grande detrimento do serviço publico d'uma Província inteira , e do resto do Remo ! Tracta-se de nada menos de que das communicaçõss desta Capitai para com o Porto, e por consequência de matéria de interesse geral. Peço pois a V. Ex.* que tenha a bondade de consultar a Camará para ver se ella annue a que haja uma Sessão nocturna ou amanhã ou na véspera do primeiro feriado que é sexta feira, para se tractar deste negocio.

s Requerimento. — Propomos que haja uma Sessão amanhã á noite para concluir a discussão sobre o parecer daCommissão d'Administração Publica, acerca das estradas do Minho. Assim como para discutir também o parecer da mesma Com missão acerca das modificações feitas ao contracto das estradas de Lià-boa ao Porto. Casa das Cortes 26 deJunbo de 1839. — José da Silva Carvalho j Lourençod' Oliveira Gri* jó; Theofilo José Dias j Barão de Leiria j J. l*. S. Luna; J4> J. d'Ávila; J. J. Frederico Gomes' M. J. Marques Murta- José Pictorino Barreio Feio; D. A. K. Vartlla; José Manoel Teixeira de Carvalho; Januário Vicente Camacho; Brandão; J. R. C. Portugal; J. F. Marecos; A. C. de Fana; José Liberalo Freire de Carvalho; José da Silva Passos; Paulo de Moraes Leite f^etho; Agostinho dlbano da Silveira Pinto; Galafura Coroalhaes; J. M. Grande; António Caiado d' Almeida Figueiredo; A. J. da Silva Pereira; A. J. Siloeiro; B. Peres da Silva; J. A. de Magalhães; Passos (Ma-noel.; L, G. faldez; José de Sousa Pimentel; Monte Pedral; Theodorico José d' Abranchts; José Paz Lopes; J. Pinto Soares; L. J. Moniz (para este e alguns outros objectos de pre^sa)^' Jervisd'Atouguia (ideu))_; Leonel Tavares Cabal; F. de P. Ottolini; R. da F. JUagalháes.

O Sr. Sá ^Nogueira: — Eu pedi a palavra quando ouvi o i Ilustre Deputado dizer que era de absoluta necessidade o discutirem-se os projectos sobre estradas; a minha convicção é que de»ses projectos ne-nhtins resultados nos virão, e essa é a razão principal porque os tenho impugnado: emquanto á transcendência e utilidade das estradas, e escusado fazer-se grandes discursos porque é cousa geralmente reconhecida. Mas como hia dizendo, pedi a palavra quando o Sr. Deputado di/ia que hia apresentar um requerimento assignado por 40 Srs. Deputados para que se discutissem aquelles projectos, por que julguei que o Sr. Deputado queria que se consagrassem ainda algumas Sessões para essa discussão, e tirarem-se assim a objectos de maior interesse; e queria perguntar se acaso não haveria mais de 40 Deputados que assi-gnassem outro requerimento para que se discutissem as leis de meios, para que se discutissem as leis d'or-ganisaçâo publica, e para que se discutissem outras leis de maior interesse que os projectos das estradas? Sr. Presidente, estào aqui a querer-nos fazer passar como inimigos dacivilisação dopaiz, como inimigos da prosperidade do comniercio , como nào querendo estradas; mas se acaso me chamarem a esse terreno, não hei de resistir aentrar nelle, hei de ir a file rom toda a clareza; eu e os demais Srs. Deputados que nos oppomos; havemos de dizer as razoes da nossa opposiçâo, e a principal das quaes é, que pelo modo porque estão feitas essas propostas, não ha probabilidade nenhuma de que se levem a effeito siini-Ihantes estradas; esta é que é a verdade. Então todo o Deputado consciencioso tem direito a poder pu-

gnar . .. tem direito l Tem reslricto dever de poder impugnar , e de se oppôr a sirnilbantcs projectos, c não só para os impugnar, mas ate para evitar, que se venha roubar o tempo que nos é muito necessário para objectos d'interesse geral, ficando assim preteridos esses objectos, aliás de muito maior e mais vital importância.

O Sr. Marecos: — Eu apoio o requerimento feito pelo Sr. Fonseca Magalhães, até mesmo porque sou um signatário delle; mas queria lembrar a V. Ex.a quesexta feira temos hora de prorogação, een-tão sahindo daqui depois das d, não e' possível que haja nesse dia outra Sessão; se se não dispensar a prorogação da hora. Eu também não tenho muita fé na empresa das estradas, não porque não confie nas boas intenções, e nos bons desejos dos empresários, mas porque entendo que esse mesmo desengano é conveniente para adoptarmos outro meio que nos leve a esse excellente resultado (apoiados).

O Sr. Leonel: — Sr. Presidente, todo o Deputado tem obrigação de fazer aquillo que entender, e eu ent-ndo que e preciso tractar do negocio das estradas» ; eu sou muitíssimo... muitíssimo consciencioso, Sr. Presidente, quer-se que tractemos de Leis dos meios, que e delias? Quer-se que se tracte de Leis de organisação social, que e delias? S • são esses dous projectos que ahi estão, tractem-se muilo embora, mas eu como Deputado hei-de-me oppôr a elles: eis-aqui como a minha consciência vai neste negocio. Agora nasexta feira nâopoierá haver Sus-são nocturna, porque e dia de prorogação, e por isso eu pedia que fosse amanhã.

O Sr. J. dSAtouguia:— Eu roqueiro a V. Kx.a que proponha á Camará o que esiá nessa proposta , isto e', se ha de haver uma Sessão nocturna; tudo o mais é gastar tempo inutilmente. (Apoiados.)

O Sr. Aguiar: — Eu nào meopponho a que haja uma Sessão para este objecto, m.»s quererei que as haja para muitos obj>cu>s importantes, e que a Camará deve resolver nesta Sessão; e parece-me mais conveniente que estas Sessões extraordinárias sejam antes de dia do que de noutc; as manhãs são muito grandes, e nós podemos vir para aqui ás 9 ou 10 horas, e trabalhar até ao meio dia sobre esse objecto especial, e depois tractar do destinado para a Ordern do dia da Sessão ordinária : ao menos ponha V. Ex.a á votação o requerimento do Sr. Fonseca Magalhães com a alternativa.