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o espirito do culto éâtá mais betn desenvolvido do que em outra qualquer.

Peço, Sr. Presidente, que as Representações sejam remettidas á Com missão das Misericórdias.

O Sr. Miranda: — Sr. Presidente, esta Sessão tem durado sobre maneira, e parece-me que está rio animo de todos, que ellá finde quanto anlès; mas também não pôde deixar de estar no animo de to-.dos, que e' necessário votar os Orçamentos, e Leis de Meios, porque é esta uma das mais importantes, e sern duvida das rnais difficeis funcções que temos a exercer. A continuarmos na marcha ordinária e .regular, conhecido é, que não podemos tractar destes objectos, e de outros também importantes, e por isso eu vou tomar a liberdade de propor a V. Ex.m e á Camará a adopção de uma Proposta que vou fazer, a qual espero do patriotismo da Camará, que seja adoptada» Consiste ella — ern que d'ora cnidimi-te hajam Sessões nocturna*,.pelo menos quatro vezes na semana, e bem assim que hajam lambem Sessões nos ,dias sanctificados, á excepção de Sancto António, Corpo de Deos, e S. João.

Sr. Presidente, eu entendo, que todos lucram com a adopção desta medida, nós porque nos habilitamos a voltar mais depressa ao seio de nossas fa mi l ias. O Governo porque mais depressa se achará habilitado com as Leis, de que carece para poder dirigir a Náo do Estado. A Nação porque lhe pouparemos as des-pezas que são inevitáveis ern quanto funccionarern os Corpos Legislativos.

Leu-se na Mesa a"seguinte '••'.'-

PROPOSTA. — «Proponho que haja Sessões de noi-«te, pelo menos quatro vezes na semana, e além «disso que haja também Sessões nos dias sanctifica-«dos, á excepção -ele'Sancto António, Corpo de « Deos e S. João. n— Miranda.

Foi declarada urgente.

O Sr. Aives Martins:-—Sr. Presidente, eu voto e.ônira a Proposta principalmente .contra a segunda parte, porque e« nclio injusto que depou de 6 rnezes de trabalhos que um Deputado que está aqui desde a primeira hora da chamada G ate ao fim,, isto 'é, 5 horas de Ses^âw por dia, a gora "s e veja forçado a trabalhar do noite principalmente no verão, alem de que e' mais que provável mie senão leve á practica e que não reuuam Deputados cm numero sumciente; no entanto voto pela primeira parte ape-zar de que a practica tem mostrado que não e realizável ifeste pensamento.

. Ein quanto á segunda parto eu voto contra, porque «í uma i m moralidade, e mesmo porque não sei qual seja o 'motivo qtje justifique o trabalho dos Domingos e Dias Sarrtos, por consequência eu não entendo o,u« a Maioria da Camará possa votar essa segunda parte que não é necessária. Eu voto contra porque e immoral. Existem outras Leis, que podem mais que as decisões da Camará; rezervo-me para sustentar esta d-oucírina , se for impugnada.

Q.Sr. Secretario Peixoto .' — Sr. Presidente, pre-cizo .fazer algumas reflexões sobre o Requerimento fcm discussão. Eu não me opponho a que a Gamar, rã .o approve, mas lembro-lhe unicamente, que a Mesa não pôde trabalhar duas vezes no dia ^ eu pela minha parte não o posso fazer; e declaro á Camará ojtie não tenho duvida alguma em assistir ás Sessões nocturnas, mas não como Secretario, .porque não tenho forças para dirigir os UabaJhos

de que naquellà qiialidadô estou encarregado. Ia» to pelo que diz respeito á primeira parte dá Proposta.

Quanto á segunda parte acho que e innutif p votar-se porque ale'm dos dias qu« o Requerimento exclup, só temos o dia de S. Pedro, e então ou haja -Sessão'em todos os dias S-intos , ou em nenhum. ,

Si. Presidente, o melhor de tudo era que os Srs. Deputados que costumam f ir á hora, fizessem o pequeno sacrifício de esperar'mais algum tempo dando maior.extensão ás Sessões, porque nessa diffe-rença se faria minto mais do que nas Sessões nocturnas , que esipu persuadido nunca chegarão a haver ainda que a Camura as vote, e pela experiência que tenho .de três annos do Parlamento, quasi que posso asseverar que muitos dos Srá. que votarem pelo Requerimento, serão os primeiros a faltar ás Sessões (Apoiados).

Sr. Presidente, fiz estas ponderações á Camará , porque assentava que em 5 horas de Sessão úteis, se faria mais do que nas Sessões nocturnas, a Camará as avaliará; e decidirá como julgar melhor. Espero com tudo que no caso de gê approvar a Proposta, eu seja relevado He funccionar como Sec etário em ambas as Sessões. . } . O Sr. .Miranda:—Sr. Presidente, eu começo por dizer ao nobre Deputado Secretario, que foi o ultimo a fatiar, que pouco m«> importa, que S. S.* venha ou não ás Sessões Extra >rdinarias, porque disso só a Nação lhe pôde, e deve pedir contas. Agora em quanto a não poderem com o trabalho quatro Secretários, o-remédio e' fácil, nonieem-se seis, oito, ou doze, e certo estou, que ninguém ^e recusará a este pequeno sacrifício, tendo em vista o bem da Pátria, que necessita de todo nosso apoio, e mesmo de todos os sacrifícios possíveis. Dizer, que não ha dias Saivios além dos 3, por mim jndicá-dos, não" é'-exacto, porque os Domingos também merecem esse nome. Agora respondendo ao primeiro Orador devo dizer-lhe , que as razões, que S. S.a adduziu para combater a Proposta , são aquêl-Ias, que em meu entender-a abonam, e justificam, O nobre Deputado acha injusto que depois de seis inezes de Sessão haja Ses-òes nocturnas, e.eu respondo ao nobre Deputado, que injusto, e muito injusto é, que as Sessões durem mais de sus inezes pdos inconvenientes, assas óbvios, é conhecidos-. Disse mais o nobre Orador, que era Uma i m moralidade haver Sessões nos Domingos!!! Confesso-lhe,.Sr. Presidente, que na-» esperava ouvir sfini-Jliante, argumento, pois o trabalhar a favor da1.Pátria n'* u m Domingo, quando ella tanto o preciza , será immoralidadé ? Immoralidade , Sr. Presidente, seria ialvez ó contrario. Ha por ventura alguma Lei humana, ou divina, que o prohiba em t a es circHtnslancias? Não a conheço, e por isso em pé' está anmiha Proposta: o Publico, e a Nação, que ajuízeHI. delia.