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te'nle áòs clamores que de todos o» lados se ouveríi, pelo receio de que venham n ser supprimidos alguns daquelles Estabelecimentos Pios, que ern toda a parle destes Reinos, e muito mais na Província do Mia h o , e co'm especialidade iraquelle Concelho de .Guimarães são numerosos, e além de serem dotados1 com fundos de .verdadeira propriedade particular, constituem._uma espccie de banco» de beneficência e utilidade publica , que amparam as indigentes e de'sválidos , sustentam o Culto, são meios de subsistência ao Clero , e alimentam a Agricultura , o Commercio , e as Aries, por'lhes emprestarem com módico juro os capitães que lhes são necessários ; donde concluem..q,uè .em vez de auclo-jisar-se a snppressão deve assegurar-se a permanen-, cia e estabilidade daquelles piedosos -Institutos , de q«e resultam taulas vantagens publicas e particulares. Mando também pura a Mesa outra igual Representação da'M-osa e Definitorio da Venerável Ordem Terceira.de S. Domingos, da Villa de Guimarães, sobre o referido objecto; as razões que «lísislem são especiaes, porque tem um bello Hospital, erigida lia poucos annos a sua própria custa., debaixo da immediata protecção da Coroa, tive o gosto de vê-lo , e na verdade fai honra aos 'seus résp«.'ilíiveis instituidores.-

Sr. Pre5Íd«;i) té , estou con vencido de que o Gp-v cr no-.não contrariará os desejos expostos nestas Representações, todavia peço que sejam enviadas á Commissào competente, para .serem tornadas i!a contemplação especial dê que são diguas.

Ò St. Miranda: — Sr. Presidente , o nosso Col-lega, ò Sr. General Vasconcelios , ineutnbiu-m e de participar-'á. Câmara , que por incommodado de saúde , não pôde hoje comparecer a esta S,esáão.

O St•. -Presidente:—A Camará fica inteirada.

ORDEM DO DIA.

Continuação da discussão do Orçamento das dcspezas do ÍLstddO; -.--.- - . -'.

O Sr. P rcslden lê : —-> Continua a "discussão sobre o Capitulo 2.° dos—-Encargos Geraes— sobre a despeza do Corpo. Lfgi*fativo ; U-iu a palavra o Sr. (Javião. . , • ' ' ' '. ' . .

O.- Sr. Gavião-: — Sr. Presidente , está 'em discussão a veiba do Orçamento que tracta de arbitrar o Subsidio ao Sr. Presidente desta Camará , e bem assim algumas Propostas de differenles Deputados sobre os Subsídios e outras providencias.

Tractarei primeiiajnenle da verba p.roposla para o Sr. Presidente, e responderei ás ob>ervaçòes apre-bentudus pelo, nobre Deputado Relator . da Còtn-.missão. . -

Sr. Presidente , duas são as questõe* que se agi-, tani sobre o Subsidio concedido, ao Sr. Presidente da Camará, a l.a é sobre a duração que ha de ter t.»se Subsidio , isto é, se ha de ser todo o anno ou somente durante o. tempo das Sf-ssòes^ ," '. ..

Em quanto ao pagamento do Subsidio durante o iiitervalio das Sessões , creio que não podem ha-. ver razões pl-atiiiveis para sustentar seiiíilhannte doutrina; porque se a pessoa que exerce as func-çôes de Prt-sidenfe, tem residência na Caj^iaJ:,, entendo que peio facto da Prènid-encia não airgínenia a sua despeza, e se não tem residência, de certo não a toma,- não me posso persuadir, que um iridi-. viduo qualquer pelo Subsidio que ha de receber, -deixe a aua residência, e venha viver em Lisboa.

Não sei porque o illustre Relator da Comtníssão rios argumentou com os Presidentes das Guinaras de França e Inglaterra, todos sabemos que os Pré- , sidentes dessas Camarás tem ordenados tnuito grandes ; -mas lambem todos sabemos os motivos porque recebem esses ordenados , e por isso será desnecessário repeli-los ; mas sempre direi que as obrigações que e>»es Presidentes tem a cumprir, podem satisfiúer-se Com o ordenado de â cantos de réis; porque todos ãífbem que os Presidentes das Gamaras a que se tem aUudidò, estão sujeitos a multas, despezas,' por exemplo, à darem jantares, .e aléiíi disto leni a desempenhar outras funcçôes, e encargos quê stí não dão em Portugal, e é p;;ra poderem-satisfazer a todas essas obrigações que se lhes dão grandes ordeuíidós. Sendo estes os argumentos, que o illustre Relator da ..Ç.oinmissão apresentou para nos demonstrar'que .''o Subsidio do Sr. Presidente devxv ser de 2 contos de réis pagos mesmo quando a Gamara esteja fecli .da , creio que nada colhem •no caso presente. Disse mais o illustre Relator que o Sr. Preíiden|é-da Câmara fui lia—correspondências com os Deputados — queera convidado ás ftinc-çóea d-a Còrie — mas eu peço licença para dizer, a S. lix.a que está enganado — o Sr. Presidente iião te/ii .correspondência-.alguma' coiri, os Deputados oHi-rante o tuterv.allo das Sessòesí, e para prova disto appeilo pura V". Ex.% e para toda a Gamara, e digo u.iuis que nutica os Deputados;!iverarn correspon-deiícia. «)ífi(-,ial com o seu Presidenle ; e a única via de -, ç o m ui u n i ca cão tj u-e te m e~ò ui o G o v e r h õ e , o u ps Io Diário , ou directamente" pela Secretaria do Reino; pof onde lhes são dirigidas as convocatórias para assistir ás Sessões ileáes: é igualmente ceno •que o Sr. Presidente no inlervailo .da Sessão não tem trabalho, nem mesmo ingerência na Secretaria , porquê tudo fica a cargo He.urna Junta composta de Empregados dá Secretaria , por isso nies-•ííiõ q'úe a Gomujissáo Administrativa se dissolve, segundo já õ.Sr» Relator d.i Gujnmissài» confessou.

Está .demonstrado que o Sr, Presidente não tem ,obrigação algum.* afóia aquellas a que está obrigado durante o. tempo das Sessões, e por isso não -vejo'"que possa justificar-se a necessidade de vò-tar-lhe ordenado no intervallo da Sessão; quanto mais que "na ".Sessão de. segunda feira se nos distribuiu u má" i ai íneiísidade de Projectos de tri búlos, q ue senão devéin votar seai q.te prin-ieiro se 'façam todas as - .economias possivers ; € "se- isto não acontecer, eu sern' pertencòes^y. ser-tribuno, ncnn inesjno d'annar á popularidade, íiào lenho difficuld idj etn'repetir nesta Gamara a máxima de-u m grande economista — que a resistência á e-xtríivagáncia dos desperdícios, e.rnais e-tiipregos é ii-tn-á resistência legal.—