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O Sr. Leonel: — Sr. Presidente, é preciso que a, Camará se lembre do que se passou na primeira discussão doesta matéria ; desse-se então que a estrada do Porlo a Braga e a Guimarães, poderia ser em grande parte commum , isto é, que os ramos seriam estabelecidos de sorte que a estrada fosse commum a Braga e a Guimarães, c devia haver também duas barreiras communs; isto disso te aqui na primeira discussão e pareceo que agradou, e em consequência disto é que se fez este novo ar-« ranjo, estubelecendo*se que a estrada havia de ser commum na sua maior parte; isto parece que é d'uma vantagem muito grande para os habitantes do Minho, e os Sr.s Deputados pelo Minho é que propozeram este arranjo, foi com a approvação d'nl-guns, se não de todos, que isto se fez: agora, Sr. Presidente, quando na primeira discussão se poze-rarn obstáculos a este parecer — fundaram-se n'islo que pareceo que se queria j satisfez-se aos desejos que então se mostraram na Camará, e depois destes desejos satisfeitos, oppõem-se novos obstáculos! D'esta maneira não é possível intender-se o que se quer; mas em fim resolva-se o que sequizer, a. Commissão tem feito da sua parte tudo quanto lhe incumbia.

O Sr. João Elias: — Sr. Presidente , que a estrada mais recta entre o Porto e Braga é porYilla INova de Famalicão, e pela Barca do Lago bera se sabe; mas atlendeo-se a que na Barca do Lago é preciso fazer uma ponte muito considerável, e a construcção d'essa ponte não é dn obrigação da em-preza, ficará a estrada cortada na Barca do Lago: é porisao pois que se lembrou que seria melhor que fosse ou por S. Thyrso ou por Lagoncinhoa.

O Sr. José Maria Grande: — Sr. Presidente , estamos agora lutando, e já na sessão passada luta' mós, com as difficuldadea que se devem infalivelmente originar de se não ter marcado previamente o alinhamento das estradas, porque não é certamente aqui que podemos decidir por onde é mais conveniente que vá a estrada; somente os Sr.s Deputados que tem conhecimentos especiaes e locaea

O Sr. Presidente'. — A idéa que está na substituição é que entre o Porto, Braga , e Guimarães, não possam haver senão quatro barreiras.

O Sr. Alberto Carlos:—»Sr. Presidente, bom era qiiè se tivesse estabelecido o alinhamento das estradas , mas creio que isso não pôde fazer embaraço para resolvermos este negocio : eu direi alguma cousa da Barca da TVofa , e da direcção por Lagoncinhos. Não julgo boa a estrada pela Trofa, em razão da dificuldade da passagem do rio Ave

naquelle ponto, e porque indo a estrada por Lagoncinhos, onde já existe uma bou ponte decantaria, e por onde já passei, acho nisso vantagem em a estrada ser commum até cerlo ponto; não porque as barreiras diminuão a respeito de ctida po-\o, pois que do Porlo a Braga ficâo ires, e três a Guimarães, sendo duas communs, que faz o total de quatro, mas a differença eslá em que, sendo a estrada commum, o emprezario gfistn menos metade, e por isso deve abaixar o preço das barreiras , porque elle deve ser proporcionado ás despe-233. Por consequência aqui \ai a \anlagem para o povo; não é porque se deminua das três que cada um passará, mas a differença está em que se pagará menos. Eu creio queesie artigo deve ficar condicional neste sentido; poi isso que não temos presente o alinhamento,. que só pôde ser feito tm vista do terreno, mas intendo que a estrada vai melhor por Lagoncinhos do que pela Tfofa, e quanto eu me recordo até áquella estrada além de não ter grandes declnes, corre geralmente de Lsigon-rinhos até Villa Nova, e Ponte de Santa An na, por entre poxoações, ás quaes pódn melhor utili-sar, quando pelo contrario indo pela Trofa, tem de atravessar a charneca medonha, e árida da Terra Negra, cuja passagem a ninguém utilisa.

O Sr. sílhcira : — È u vou \cr se me faço intender, não se trata aqui de fazer opposição, o Sr. Deputado que se assenta naqnelle Judo es>lá affeito a envenenar o que dizem os outros Deputados. . .. não julgue por si os outros homens.... em mim não ha se não imparcialidade, porque meu caracter é muito independente, a queslào não é do raciocínio, é de facto: trata-se de marcar a linha directriz, e eu o que faço é oppòr-me a que se el-la marque, porque intendo que se deve deixar á liberdade do emprezario o seguir a estrada por onde quizer. O outro Sr. Deputado que acabou de fallar diz que já passou por Lagoncinhos, mas por cada vez que eile lá passou lenho eu passado 60 •vezes a estrada de Braga PO Porto, e posso a f firmar que pela estrada de Lngoncinhos não passa ninguém , quando aliás a outra esiá cheia de passageiros, o que pro\a que é irelhor: O sitio da Terra Negra, que é um banco de canão, de que íallou o Sr. Deputado, é commum quer a entrada ^a por um lado quer vá por outro, í-m consequência da sua extensão; por tanto não lejo razão para que a estrada deva ir por Líigoncinhos. Cumpra o emprezario as condições do contracto, dê elle á estrada 20 palmos de largura, e um tigessimo de declive, e leve a estrada por onde quizer.