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rão em harmonia comnosco, e com as finanças do Paiz- se não procederem assim. Debaixo deste ponto de vista, ou não ha Governo Constitucional, ou se o ha, os (Ministros lêem uma responsabilidade moral que nos Governos Representativos é a necessária, para que elles não gastem dinheiro, sem necessidade do serviço. Apoio o que disse o Sr. Almistr^, porque ficam livres para poder fazer bem, e ficam pre-zos para não poderem fazer mal.

O Sr. Roma:—Parece qUe se'tracla de reconsiderar resoluções já tornadas por esta Camará; porque já se venceu, o que ag.»ra parece pôr-se em duvida: depois de longas discussões, decidiu-se que se deveria discutir e votar verba por verba ; e parece que se quer agora desvotar o que então se votou. Eu chamo a altunção da Camará particularmente sobre uma passagem do discurso do Sr. Presidente do Conselho. S. Ex.a disse que a differença enlie o quadro proposto , e a despeza cffectiva era somente de dous contos; mas eu peço que se façam as necessárias confrontações, e então se conhecerá que não é possível que haja tão pequena diffen»nça. Eu fui de opinião, e sustentei que sei ia conveniente votar a somrna do Artigo; mas a Camará asaentou que &e devia discutir, e votar verba por verba ; agora não vá isto de salto, esquecendo-se âquillo que ae votou. O Sr. Leonel:—Se agora se votar pela forma que indica o Sr. Ministro, nem por isso se desvota o que já se votou; o que o Sr. Deputado, que acaba de fallar, nos propòz n'outra occasião não con-veio á Commissão, porque era contra os princípios; mas agora , altenla a falta de tempo e mil outras circumstancias, votando-se este capitulo junto, não se ataca o principio vencido, e ao mesmo tempo pre-henche-se o grande fim de discutir e votar o orçamento.

O Sr. Midosi:—Sr. Presidente, não ha contra-dicção alguma em votarmos em globo este Artigo: nós quando discutimos o Orçamento entendemos que se devia discutir verba, por verba, mas quando se apresentou o Orçamento não havia a probabilidade de se fecharem as Cortes, e tínhamos tempo de sobejo : hoje não acrontece assim; podemos dizer que estamos chegados á duodécima hora, em qne e' absolutamente indispensável poupar tempo. Convém por tanto volar em globo, e ler em vista o que disse o Sr. Ministro que notou havia a differença de dous contos de reis; a isto accrescenlo eu, que a differença é ainda menos; e eis aqui o calculo que eu fiz — o total dos soldos dos Officiaes do quadro existente importam 65:712^000 reis, e o que propõe a Com-missão 64:800,$000 reis, a differença e de pouco mais de 1:000^000 reis. Abundo nas ideas expendidas pelo meu nobre amigo o Sr. Jervis, e não repetirei os seus argumentos para concorrer para a brevidade da discussão, reclamada peio Paiz. Concluirei observando á Camará, que se por ventura gastarmos tanto tempo com esta discussão, gastaremos mais do que a economia que queremos fazer (apoiados repetidos).

O Sr. Presidente do Conselho: — O Orçamento apresentado pelo Sr. Visconde de Sá, que tu adoptei com a liberdade de fazer as inodifirações que eu entendesse, na ultiira crfra pedi» mais, porque, Sr. Presidente, nenhum dos Srs. Deputados, nem nenhum Ministro pode calcular o accidente de certas s, que estão inherenle* á Marinha, por exem-

plo, o Sr. Ministro da Justiça reclama duas embarcações para levarem 400 degradados, esâas embarcações não custam a aprnmplar menos de 30 contos, se não se votar a som ma competente para isto, o Ministro vê-se impossibilitado de o poder fazer. As reformas!! Sr. Presidente, também eu sou amigo delias, mas das que não prejudiquem o Serviço, é necessário, como eu mostrarei pelos trabalhos d'uma Commissào, a reforma de 339 Empregados que ha de mais no Arsenal, mas é preciso saber o destino que se lhe ha de dar; eu pedirei á Camará que me auctorise a reforma-los; aqui eitão estes trabalhos , minuciosos possíveis, homem por homem, nome por nome (leu uma relação dos Empregados do Arsenal que por velhos ou doentes não podiam trabalhar. Fazendo-se a reforma destes indivíduos aqui está uma economia de 25 a 30 contos; estas é que são as reformas que hão de diminuir o déficit, e'não pequenas cousas com prejuízo do Serviço

O Sr. jRonta: — Peço que se me permilta fallar ainda nesta questão. A differença entre o quadro actual, e o quadro proposto, não e' aquella que se disse; parece que já se esqueceu tudo quanto aqui se demonstrou : na conta do Ministenoda Marinha do armo de 37 a 38, figuram , por exemplo, 58 Capitães Tenentes, e no quadro proposto estão 30—para onde vão os 28 que ha de mais? Como tio quadro proposto ba classes que têem um numero muito inferior ao que boje existe, é claro que o excedente ba de ficar fora do quadro, e que ha de pagar-se-lhes; então juntando a despeza dos Ofliciaes que ficarem fora do quadro com os de que b? tracta, a diferença será muito maior do que se diz. Não haverá todo o excesso de 28 Capitães Tenentes, porque alguns hão de ser promovidos ás classes superiores, e isso ha de succeder infallivelmente; mas veja-se que apesar de deverem passar alguns para as classes superiores, sempre ficarão muitos fora do quadro : quem quizer pegue na penna , faça a conta, e conhecerá a grandíssima differença que resulta, para mais , na despeza publica. Resolva a Camará o que entender; mas o que me parece e', que é necessário fazer exforços por conhecer a verdade, e a verdade

e' esta......

O Sr. fasconcellos Pereira; — E' verdade, ha coais Officiaes em algumas classes do que aquieslâo; mas também ha outras em que ha menos do que estão aqui......

O Sr. Roma: — Eu ainda não acabei de fallar.. . O Sr. f^asconcellos Pereira : — Ah ! Perdoe. O Sr. Roma: — Já disse que havendo de menos alguns Officiaes em certas classes, não ficaria o excesso, pelo que respeita a Capitães Tenentes, em 28; mas creio que não pedem accommodar-se todos ao que ha de mais nesta classe; e por isso bãa de ficar muitos fora do quadro, e será muito maior a despeza.

Ora âquillo por que eu mais pugnei, quando se discutiu esta matéria, foi que se desse o que o Governo pedia : o Governo contentava-se com a somma da despeza , que actualmente se faz. falo foi o que disse o Sr. Ministro da Marinha: vote-se pois essa somma; e sem pertendermos marcar um quadro, deixemos fitar ao Governo a latitude conveniente para fazer, dentro dos limites da somma votada, o que entender avais conveniente ao serviço.