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-mina um ou outro Capitulo do Orçamento j 'convenho em tudo isto, mas o Deputado hão pôde ser privado do direito de apresentar as suas convicções, e' isso o que osSrs. Deputados que tem mandado as suas Emendas, tem feito, e como o Regimento as manda votar primeiro, assim se deve fazer, e não improvisar um Regimento para cada occâsião', por que isso tem sérias consequências,

O Sr. Presidente:—Quando o Regimento diz «que o Presidente não pôde discutir do seu logar» enten'do que se refere ás discussões da matéria, e não ás questões de ordem, porque essas são da Presidência, e d'ahi se devem discutir. É por isso que assim procedi, e procederei, porque assim o entendo. ,

O Sr. Gavião: —Sr. Presidente, se nós estamos na Camará de 1843, se'estamos em S. Bento, e se, estes Senhores são os mesmos com que se abriu esta Sessão, se querem ser coherentes, e finalrnen* te se tem respeito ás suas próprias deliberações, pá-.Tece-me', que sem grande contra dicção não podiam sustentar, que a Proposta do Sr. Ministro do Reino fosse regimental, como muito bem notou o Sr. Ávila.. .. (O Sr. Silva Cabral: — Oh !) O Orador : — Oh ! ..". Peça a palavra, e falle se e capaz, que eu lhe responderei.

Sr. Presidente, eu não dou ao Sr. Deputado a confiança de me interromper, excepto ao Sr. Ministro do Reino, porque gosto que me esclareça com as suas interrupções. (O Sr. Ministro do Reino: — Muito obrigado). O Orador: —Não ha de que,—-Sr. Presidente, quando o nobre Deputado o Sr, Aguiar apresentou »«na questão, de ordem na peca-«iào, emOjUe «edi«cuti« a Proposta da Coro missão de Guerra sobre a Repartição do Commissariado, a Ca-ínara decidiu, que destii Proposta não se devia fazer menção na Acta. porque não ti h ha sido mandada por escripto'para H Mesa, portanto houve uma resolução pela qual sedeelorou, que não se faria menção-na Acta, senão do que fosse apresentado por escripto. (O Sr. Ministro do Reino:-— Não façamos questão disso). O Orador; — Não façamos questão disto diz-oSr. Ministro, do Reino ; mas eu entendo, que e preciso não deixar passar certas proposições sem correctivo, Sr. Presidente, entendo que o Sr. Ávila andou muito bem, lembrando a V. Ex.aquaes são os tramites destas Propostas, quanto mais que esta (no meu entender) e' urna das mais transcendentes, porque tende ^a cortar a liberdade aos Deputados, e então pareci-a-me, que'mesmo por honestidade deviam i«>r mais prudentes v salvo se bontem decidiram não tomaf conhecimento de qualquer Proposta, que os Deputados da Opposição fizessem ; mas se assim e% sejam francos, e tenham a coragem de o dizer já, e sem rebuço; direi móis —se foi decidido acabar com ar. formalidades do Systema Representativo— se já está escripto no livro dó extermínio , qne a liberdade seja um fantasma — tudo isto uma ill-usâo , — e que nós só possamos ser tes-timunhas destas seenas de escândalo, — para que o occullam — tenham coragem de o dizer — porque nós para. tudo estamos preparados. -(Muitos apoiados). O Orador;^—Eu não me imporia com esses apoiados do Sr. Ministro do Reino, porque desprezo apoiados hironicos. (O Sr. Presidente :—^ Alterando a voz ; mas o Sr. Deputado não pôde' offender-se por lhe darem apoiados). O Orador-: — Não podem offender apoiados; mas eu , Sr. Presidente,

também sei conhecer as fisionomia*» (Apoiados ré* . pelidos, differentes vo%es, uma» chamando á orc/em, ou-triís apoiando). O Orador: •*—E demais eu não tenho obrigação de acceilar as reprnhen.çôes de V. Ex.a, necn as acceito, porque á muitos annos que apre-hendi primeiras letras., e não tenho hoje precizão de receber r«prehsnsóes só próprias dessa idade: se V. Ex.a tivesse empregado para com os outros Senhores o menino zelo regimental, que tem para comigo', escusaria de ter havido esta scena de es-

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candalo. (-Apoiados'continuados),

O Sr. Presidente: — Palie o Sr. Deputado em .direcção a Presidência, não-esteja faílando para os lados que já não dá occâsião a ouvir respostas, nem a ver gestos. -

O Orador:—Sr. Presidente, todos os dias se' está invocando a necessidade de ecooomisAr o tempo, censurando a Opposição de protelar as discussões, porém esta censura e mal cabida, e os factos a desmentem : ha bem poucos dias, que pas-•sou sem discussão uni objecto aliás bem importante — qual foi a fixação da força de oar, e terra — questão esta que já produziu duas crizes miniale-riaes , e por uma dfllas o Sr. Ministro do Reino %leve de pedir á sua dirnissão em 1841, sendo então Ministro da Justiça; e é agora S. Ex.* o mesro > , que lendo sido victimr» de-uma votação por serni-Ihanté motivo; e vendo hoje que a Opposição generosamente deixou passar sem discussão um objecto tão importante, lern a indiscrição de avançar semilhantes asserções?

Aonde'estamos nós, Sr. "Presidente? !... (O Sr. Ministro do Reino: — Em S. Bento. Riso). O Orador:—• Pois S. Bento nos valha, e S. Bento acuda a este—pobre Paiz.—Sr, Presidente, esta Proposta e mo.nstruo's,a , porque a Camará não tem conhecimento, nem o pôde ter. (O Sr. Ministra do Reino: — (Com vehemencia) Peço a palavra). O Orador: — • Também com veheme)icia) e eu p^ço igualrm-nte' a palavra. A Camará não tem conhecimento nem o pode ter das disposições especiaes de cada uma da* Propostas, pela simples leitura que se fajc, quando se mandam para a Mesa, e por tanto não e possível deste modo eslar habilitada para'votar com conhecimento de causa.