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cola paga a decima dos lucros ruraes, e a Camará decidiu que a classe dos fabricantes em lugar da decima pagasse roeia decima; parece iãto á primeira vista muito prejudicial aos lavradores; roas e a maior vantagem que se lhe podia fa/icr, porque se os lavradores não tiram lucro dos seus géneros é porque não tèern quem lhos consuma.... (Uma wos — é verdade).

O Orador: — Quando augmenta o trabalho aos fabricantes crescem 05 consumidores, e quando não veja-se se os agricultores n ao foram mais ricos, e não tiveram mais dinheiro no tempo, em que pagavam muito mais tributos, mas que também haviam muitas fabricas no paiz. Se eHes nào liverem quem lhe coma o seu pão, também nào ganham nada; e nós agora o que precisamos e conceder á Agricultura do paiz o augmento dos consumidores. Eu não votei pelo favor de cinco por cento, porque queria que pagassem sele, porque entendi que estas classes ainda podiam pagar isto, masque este favor seja em desvantagem da Agricultura, e o que não se pode sustentar. (Fozes: — Ordem do dia).

O Sr. Presidente : — Passa-se á segunda parte da

Ordem do dia — Continuação da dmcu*sâo do Ar-tigo 17.° do Projecto para a conslrucçáo, e reparo das estradas do Minho.

O Sr. Presidente : —Vou ler a Tarifa dos preços , que faz parte do Artigo 17.°.

Passageiro em cavallo, ou mula......... 30 réis.

Passageiro em jumento................. 15

Carro de um boi, ou outro animal de

carga............................. 50

Carro de dous bois.................... SÓ

Carro de seis bois....................100

Besta com carga..................... 30

Jumento carregado................... 15

Carrinho (Cabriole) de um cavallo.....140

Carrinho cie dous cavallos, ou mulas em

posta.............................160

Carruagem de viagem de quatro rodas, e

dons cavallos viajando, a pequenas jornadas ............................200

Carruagem de quatro rodas, e dous cavallos viajando em posta............. 250

Carruagem a pequenas jornadas.........300

O Sr. Northon :—V. Ex.a faz-me o favor de-dizei se já se votou a respeito de um carro e dons bois?

O Sr. Presidente.: — Essa verba já está votada.

O Sr. Sá Nogueira:—V. Ex.a faz favor de me dizer se ao mesmo tempo que se acaba de ler se dá por approvado, ou nào?

O Sr. Presidente: — Se alg

O Sr. Sá Nogueira:—Y.Kx.a faz ainda o favor de me dizer ate' onde está já approvado?

O Sr. Presidente: — Até á quarta verba.

O Sr. .Si/' Nogueira:—A quarta verba não estava r.intía appmvada. . .

O Sr. Preairfetile : — Eatá approvada.

O Sr. Scabra : — Nào sei s>e se approvou esta verba.

O Sr. Presidente:—As primeiras quatio verbas já oslavatn apurovadas.

O Sr. Scabra: — Mas e=la é a sexta: Sr. Presidente ? eu propunha que *e lhe fizesse uma pequena

differença, porque esta pequena diíieíenca já est«'~ compensada para a e m p reza com as vantagens , qu-> se lhe tem dado com as quatro legoas de diminuição na factura da estrada coramum do Porto para 3ra-ga, e Guimarães. (Uma VOT,: — Isso ainda nào i-stá decidido.) Eu estou nessa persuasão. Mas em todo o caso e certo que foi addicionada averba das litpira=, e peço em retribuição a diminuição de dez reis na verba das bestas de carga, ern favor da classe misr-ravel, que faz este pequeno commercio; e creio que a ern p reza ainda fica de muito melhor partido.

O Sr. Leonel:—Sr. Presidente, em primeiro Ingá r pelo que respeita a haver uma porção d'p»trad:t& no Minho, é cousa dependente do Governo: pelo que respeita ás liteiras, e'preciso que nos entendamos: actualmente as liteiras são na Província do JVi.nho o único vehiculo que ha, porque não e' possível por ora ha\er outro pela ruindade das estradas; havendo outras raeiíiores, lambem ha de haver melhores vehi-culos, e as liteiras deitarão de existir, porque de; todos os vehiculos o mais inferna! são a-j tnes liteiras; ninguém ha de andar em liteiras quando poder nndar em outra cousa. Porém diz-àe que as liteiros ficam em compensação dos dez réis, que seeliminain na verba das Lestas, em favor das classes pobreç: permitta-se-me qua responda a esta observação pelas frazes triviae;, as únicas que pudorn ter cabida nesta matéria; além de que o* cem réia das liteiras não podem ser uma compensação para a empreza por a reducção que SP propõe, pois, cnmo observei, Ijf; > que d.5 estrndiis melhorarem, adeos liteiras, accre-ce que com a est-ada, como ella se acha actualmente, a besta carregada CLÍC Ires, ou qcatro v?zes n'ini •alolpiro, e o pobre dono delia tem de perder um tempo immenso, á espera de que passe gente ppi.i lh'a ajudar a tirar; isío porém que acontece umns poucas de vezes no dia , na estrada que ha actunl-mente, e que causava u u: grande prcjuizo ao pobre homem, pois o privava Je ganhos, que aliás teria se a estrada se achasse em melhor Cftado, deixará de ler logar apenas a ernpreza concluíi a sua obra; e não vera então a ser isso uma vantagem real para o pobre dono ua besta, vantagem ainda muitogrand.1, pagando elle os trinta réis? Qual será paia ellc melhor, pagar os trinta réis, ou sujeií.ar-se aos arci-dentes' a que ale aqiii e=la\a exposto? E* pois de justiça que a emprega, que ihe procurou este com-modo, tcn.ha pir 1^0 uma píiga, que n, vá resarcir das despezas, que fez paia crear ease coimnodo; o querer que alguém fa^a uma cominodidade pa^a os outro; sem que lhe paguem, é uma injustiça muito grande. Ora como as bestas de carga é que hão de írequpntar muito as estradai, merece i-lo muitíssima conàídsraçâo, porque senão pairem nadn, fica prejudicada a empreza ; n'urna palavra, e'i ení^ndo que ossa diminuirão é urna inju:tiçp., e por isso oppo-nho-ine a ella.