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que eu a sustentar o Projecto não poderia faze-lo tnelhor que o illustrc Deputado rpmbati ndo-o ; e então adopto uma grande parte dc>5 argunu-ntos qiie i» Sr. Dtpulado addoziu couro para-a sustentação do mestuo Projecto.

Sr. Pre-vidente, esta Camará tem hoje,'uma'som-ma-muitíssimo abundante'de'dacumentos, .que não linha o Congresso Constituinte, de 1837"—esse vò-'ltí'u ás cegas tudo; mar» esta Cauiaia já não pôde votai ás. cegas — porqtie ahi estão todos esses Orçamentos; ahi está a estatística do Lançamento da Decima e'dos impostos ánnéxós tanto, do Ttiesouro-, «omo cia Junta do Credito Publico, ahi estão essas ro-nias do. Thesouro até ao anno de 1841 , onde se vêem, e encontram os inHppas que dão os rendimentos dessts impostos, ahi estão éssa"S contas da Junta do Credito'Publico onde se apresenta a importância,'e a implicação "do rendimento dos impôs-* tos annexos, de maneira que'se não temos tódos'òs

Sr. Presidente, desde 1839 todos os Orçamentos, continuam, Os importantes mappas dosLançamento» tios impostos directos, pela pnmeiia vez apresentados a esta Camará pelo nobre Deputado que se senta neste Banco, então Ministro da Fazenda; que foi elle quem deu o nobre exemplo que foi seguido por todos os Ministros subsequentes; os (j-uaes hoje • formam uma collecção ctfmpfceta successiva ce an-nual, ahi estão todos esses Orçamentos, não foliam por consequência esses dados estatísticos. Ora eu poderia mandar também alguns outtos dados , mas não direi eu , que os fiz, porque eu insignificante crea-tura como sou, não direi que já o% escrevi, mas ou* tra& pessoas ha que se'tem empregado ne*ta mesma tíccupação , nesta difficultosa tarefa , -põrqiie quanto se refere a cálculos estatísticos, em que entram nu-iiieros, é realmente dilliculioso , e por isso não direi eu que sou aquelle que se exercita neste trabalho com mais vantagem, pois conheço a minha insuffi-eiençia; •" outros illnstres concidadãos se tem dado a fs.se-trabalho com muitíssima mais.proficiência ; não direi o nome de «m ilJustre aucior que mais se tem distinguido iveste género, porque 'é -conhecido por todos-os Srsv" Deputados, a Camará sabe. muito b«m quem é que tem seguido esta estrada, mas com muita honra, e oxalá que o exemplo deste escri-ptor fosse seguido por mais alguns indivíduos que estão nas circunstancias de o poder seguir,- porque p"ahi viria uma grande iilostiação ao Paiz : os illus-tres Deputados subeui ao que eu me refiro. (Potes : — Não, não). O Orador-: •— Não sabem"? Pois eu. lhes digo; é o Sr. Cláudio Adfiano da C< sta, que primeiro escreveu sobre as Pautas, aonde se encontram cousas mui importantes, e princípios luniioof sós de economia, e posto que eu não adopte inteiramente as suas doutrinas, das quaes com tudo partilho muitas, este es.cripto contem -somma de esclarecimentos de grande valoi ; bem como outro escri-pto mui importante sobre a população de Portugal, e muitos outros posteriormente publicados sobre objectos estatísticos, e posto que. também me não conforme com muitas de suas opiniões; eu tenho a maior

satisfação de lhe render os devidos testemunhos de consideração, se é que eHes podem valer d'alguma cousa a alguém. Mas, Sr. Presidente, a estatística a que eu alludi, é a de um opúsculo que eu escrevi e'que já foi presente á Camará, intitulado crise fi-iiat/ceira , lá vem um mappa, que é o resumo estatístico do que é relativo a impostos directos, com-'parado com a população; mas o que falta ainda, Sr. Presidente,' é um recenseamento verdadeiro da população, e da producção do Paiz ; uma descrip-ção da propriedade de raiz, de que estamos mui falhos; este recenseamento da propriedade é a qne se chama em França -—Cadastro — nome que não é de agora; notem que elle é (Io'tempo de D. João 3.°; e vejarn bem que os fundamentos com que elle mandou fazer esse cadastro são os mesmos a

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rã caca poucas alterações, ou com as modificações qtie os tempos demandam, que devem seguir-se quando se frãciar de levar aeffeito esta importante obra; ahi haja entre as memórias da Academia das Scien-cias de Lisboa bons fundamentos, e entre os esrri-ptos do nosso insi-gne Diplomático w Sr. João Pedro Ribeiro, se acharão as disposições dadas no tempo daquelle Monarcha, « de que eu mesmo conservo eutre. os meus papeis uma copia, que tenho em grande valor.

Mas, Sr. Presidente, o que nos falta é accorno-dar o recenseamento ás circunstancias dos Districtos Administrativos, porque no Lançamento da Decima comparado com os rendimentos dos Districtos Administialivos se verão grandes desigualdades; desigualdades não podem provir senão ('e duas causas, oo porque os Lançamentos não tenham sido feitos exactamente,- ou porque os Districtos Administrativos não teern a riqueza correlativa : isto acontece em alguns dos Districtos do Além-Tejo onde os im. postos directos avultam eonsideraveírnente em relação á sua população. Aveiro, por exemplo, é muitíssimo inferior áqHjelles em rendimento ; mas é superior, por exemplo, ao Districto de Évora em população ; e todavia a -qttota individual de Aveiro é dez vezes mais, ou quinze vezes inferior á quota individual d'Evora; e de que provem a differença? Provirá só de serem malfeitos os reco nseatnentos ? mas olhando para o facto, á primeira vista a conse-ijuencia que s'e tira é que o Districto cTAveiro é mais rico do que o de Évora, (Uma voz: — Não é tal). O Orador-, — Por certo não é, eu bem o sei, mas sustenta mais população, tem muito maior pro-ducção, por conseguinte não é apparentemente mais pobre; mas vou sahindo do objecto principal.