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rai no caso dos outros dos Bispados do Reino a que allude o illustre Deputado, porque esses são nomeados a vontade dos Ordinários, que os podem mudar quando querem, lia uma instituição privativa para o Arcebispado de Lisboa , o Vigário Geral é nomeado pelo Rei , e é vitalício , e tem de mais a rnais o titulo de Arcebispo de Lacedemonia : não e uma Con-qrua extraordinária , islo que aqui está marcado pelo Decroto de 31 de Maio de 34, Decreto mandado lavrar pelo imniorlal Duque de Bragança, queatten-dendo ás circumstoncias do Estado estabeleceu este pequeno ordenado, redusindo certamente áò.aou6.ai parlo aquelle que anteriormente linha o Vigário Geral do Palriarcliado : portanto a Commissào neste caso não fez rnais do que conservar este ordenado que se acha estabelecido, e nào veio augmeiitar 600$000 reis, corno disse o illuslre Deputado.

O Sr. Alarccos: — Sr. Presidente, parece-me que não pode progredir esta discussão , sem que tenhamos os esclarecimentos, que devem ser dados pelo Sr. Ministro da Justiça: eu pelo monos nào estou habilila-dojjara votar esta verba , som sab^rquaessão os emolumentos que percebe o Vigário Geru! de Lisboa: portanto proponho que nào continue a discussão sem estar presente o Sr. Ministro da Justiça.

O Sr. Caslello Branco: — O Governo já mandou á Commissão Ecclesiastica os esclarecimenlos, »{ue perlende o Sr. Deputado. Osemolumenlos provenientes das despezas matrimoniaes sobem a 800^000 íeis; alem destes ha outros, de que eu não posso appresen-tar por afora esclarecimentos.

O Sr. jVJarecos: — Em vista das explicações que acabo de ouvir, retiro a .ninha proposta de adiamento , para quando t-sliver presente o Sr. Ministro das Justiça-,,

O Sr. Galvâo Palma: — Sr. Presidente, eu pedi a palavra para uma explicação; paradi/.er ao Sr. Deputado, que o que eu ainda ha pouco disse, toi, que aCommissào dos Negócios Ecclesiaslicos no Projecto que apresentou nas Cortes Constituinte* sobre o ordenado, que devia sei dado ao Vigário Capitular, foi o seu parecor de l conto de réis; e agora a Commis-ão apresenta 1:600$000 reis, quantia que se acha no Orçamento: isto e o que eu não quero.

O Sr. Ferrcr: — Sr. Presidente, pelaordeia. Hu, apesar do que acabou de dizer o penúltimo "Sr. Deputado , julgo necessário que esteja presente o Sr. iVJ i-tiistro dos Negócios Eccleaiasticos e de Justiça para dar os esclarecimentos a este respeito; e portanto entendo que se deve esperar porelle, visto que lambem &e tem esperado pc-los outros Srs. Ministros quando se tracta dos objectos d« suas repartições. Sr. Presidente , nàocomprehendo como se ha de discutir oOr-çamenio sem estar presente o Sr. Ministro, se esta opinião nào for seguida veremos o que acontece na discussão.

O Sr. Fonseca Magalhães:—Entendo Sr. Presidente, que a discussão pode progredir, e absler-nos-liemos de votar; em quanto não chegar o Sr. Ministro; nesta discussão, o que se perlende é esclarecer a matéria, e depois de se lerem ouvido alguns Srs. Deputados, se a Camará assentai , que è "indispensável a presença do Sr. Ministro, aguardaremos que chegue.

O Sr. J. d. de JWagalhães:—Sr. Prosidente, eu ainto ífiuito discordar, nesia occasiào, do meu illub-tre amigo que acaba de fallar; eu sou cTopmiào,

quo esta queílào rnio pôde continuar, sem que o Sr. Ministro dê.os esclacecimentos necessários: o que eu vejo, que I:400$000 reis para o Bispo do Porto é extremamente pouro; attendendo á sua jerarchia , e á dignidade que occupa, e ao estado a que elle se acha reduzido, ao estadu de nào poder viver com a decência que convt-m que um Pastor, collocado onde elle esta, mostre ás suas ovelhas. Tudo isto, Sr. Presidente, depende de certas informações, que só o Sr. Ministro da Justiça deve dar, e e obrigado a dar: portanto sou d'opiniào, que se espere, para quando estiver presente o Sr. Ministro dos Negócios da Justiça.

Consultada a Camará sobre se devia ou não adiar-se a discussão desta verba para quando estivesse presente o Sr. M imslro das Justiças.. . .

O Sr. Ferrer :—Si. Presidente, parece-me que alguns Srá. não votam por desejarem que não seja 50 esta verba a que se aJie, isto e, porque desejam , na conformidade da mes'na Proposta, qua se adie o Parecer todo. . . .

O Sr. Presidente: — Está rejeitado;^ a Camará quer que nrosiga a discussão.

O Sr. jMitioni: — Sr, Presidente, eu votei para que se continuasse a discussão, porque^me parece, que estou sufficieiHe informado para poder votar cotn conhecimento de causa. Careço porem d'urna informação de facto e espero que a Commissào queira ler a bondade de m»? informar, se por ventura, paite desses 800^000 reis de emolumentos pur despeza* malrimoniaes são também appltcados para algum Estabelecimento pio J >

^(O Sr. Ca^ld-Branco-. —Esses 300$000 reis são somente 'para o Arcebispo).