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1841

a Caíftãra 4a enviou, .

is .da

-,,.°— OoSr. José dntonio Maria d£ vyv0w ^.vs-M^vo, partiei pando qus precisando - con Ur nuar ft fazei wsjfr d£ remédios, prescriptos pelos,«euâ í^;çdíativ«s précjga aiaia- dá, trinta dias de licença para se \faetwt.-+..ÇWcediddt^ : . .-.».'

0 ° -r- 0o, Sr, Francisco Corrêa de Mendonçà^ptat» ^niâtí que ntio pode comparecer hoje á Sessão-, e is algumas iew» aoriseqUencia de ter adoecido dê repente,rjfe aòbar»se de cama.-*— Inteirada.: l , TaiWEIRA »AJ&TB D*. OR.BjEltf.DO DIA.;:. '^J

- Segundas leiluras> Requerimentos,-è Projectos, ^ '^•J^eu-se a ultima redacção do seguinte > *• "

PROJECTO DE MSI N.° 9. —Artigo 1.*- ;GVGe«> neros e mercadtírids estrangeiras'designadas na Tabeliã junto, quê faz parte.da presente^Lei, pagarão") nas Alfândegas destes Eeinos-Cíllhaa da.Madeira^ Pia to-Santo, e dos Açores, os'ldirÊÍtoS!,cjue*lhe3i?ã'o marcados na mesma Tabeliã, tantp. ponimp^rtação^ como por exportação. . ' i - 'b »>••/» ~>i,\<_. p='p' _.='_.'>

Art. 2.° Apresente Lei comèçatui atteV vvgtír sfea^ senta dias depois da sua promulgação, l * • í 3 >

• Ait. 3.° Fica nesta .paite alterada a Pauta ilas-Al« fenderas,,e toda a posterior legislação emcontratio^ Sala da Coramissão em 28 de Setembro de 1841;^-G., Jíispo Eleito dg Leiria,- Presidente, João Re^ bcllo da Cosia-Cabral, Fernando da.Fonseca, Mesquita e Solla, Joaquim José da Costa fe Simas,: Ber» nardo Miguel d' Oliveira Borges. • •

-K.B. A-Tafalla £ a que se acha travscripta no Diário da Camará a pag* 9^,. Sessão d&lQ âd^cor-, rente mez* . ,':•-,

Foi approvado. .'•:,- ' • ,

O Sr. Presidpiite': -«*• Não est^o presentes, os Srs. Ministros,^ cújíi assistência o-Sr* J. A; de Campos requerei! para-se diecutir o "seu xeqaeiimeBtoç S. Eí£.a terá a bondade de-dizer sequer que » sua dis-cas^ão fique p«ia amanha..',.--''» •'•

O Si--. J i .A. < de-^Campva.: *~ Deve ser discutido cont a presença de SS. Ex.as . -^ , •

.O Sr.'Nazareih : •«** O. Sr, Paria- Pinto -não comparece h. Sessão por estar Joente."' "• /Teve se^ufidti leitura o seguinte. . l&bgirssísKffiEffTO-**- Requ€!>ro que pelo Ministei-rio do Remo se peça ao Governo com urgência urna copia e>;ac?a de todos os papejs pertencentes no CB-tabeJeciraento do Cemitério da Cidade de JBraga. Sala daa Cortes 28 deSetembio de 1841.-

íot, e na-oap6trGJd'e vaúdtí nenhunV trazer" o seu vi-nbo, senão con> uma desrpe^a 'enqrjne .," e em^erto ts-thj^o dó armô;j porque afntiá qàe'o vinho suba d.ç P.ríço, peie séF em occasiao ^ye as estradas estejam ij«raí?^iiiavers:*, 'ccrmo 'èiíccéde quanâo 'chove, e, por iSso^e ÍTn^rtssivêl-'q!lyl'"fiéí possa" negociar : '^br'jtjant<_ que='que' só='só' ué5='ué5' a='a' phrece-íne='phrece-íne' se.acba='se.acba' tenda='tenda' dislrictvne='dislrictvne' títo='títo' l='l' ped='ped' _.='_.' p='p' nestas='nestas' urp='urp' edigno='edigno' qtfe='qtfe' eírciristaríclas='eírciristaríclas' _='_'>

,, •,. ,

- "J O -' S r r ' yèfítcr ' aja? Silva \J —í' 'S r .' P rés í de n te , . ' pedi a 'paiavrâ- pa^a fairer uni Requerimento. Sobre ^a Me» stí-^sfá -ò 'rpate'cer *Ba Cpínrftissâq, d'A'd!ninísUa;çao 'fpeitõ de uru^Requerlmealo dos Lavrar rrf-lárícfs Tde Valfadá ? era que se quei-^'

PijbMca\á'réfpeitõ

arrecadado direito clia-

ftfado deroo77V

podiam dar "o rèu pafecéf^ porf'isso que uâo _.. ,. . • 3 •"»_.... j/-' - _ '5d_y'. .-^^'.rj '_•'

fa-ni«-se esses papé^^ é seria prudente quê. o â Commlssao^ para que depois

nados, reconsiderasse o seji p^recerj c s§!erílérider-que está5 conforme corja os documeiups . Q«>refoTrA;àndo-o sé jà^siin o julgar "justo. " -,i "

O'$r/"í*residerite: í— O :ftèq"uéjri i mento do Sr, Deputado , reduz-sé à ísaBer a :cvo,htácle dia Cominissâo; s5e não íioúver impugnação, eíí entendo } , que não ira senão conveniência úo que, ,b Çr.-0eputado pé-» de ---- \. -- ; ' * '' '" , \ ,

O Sr. João Elias: •— Eu peço a urgência; negocio eonvéVn mu;ló quê volte á Co

'O Sr. Presidente". — ^Bnlãó voltai á

O ST. Conde da Taipa z -~Sr; Presídefllé , eu pedi a palavra para mandar pára a Mesa ««n Reque-liroento da Cafnara Municipal de Torres «V^dríis ,'-ppdindo que se approve o 'pleno Cobras publicas apresentado pelo Ministério, e feito pelo Sr. Luiz IVlosinho d'Albuquerque. Esta representação não rne foi enviada directamente pela dita Camará ; mas pedi u-nae o meu amigo, o Conde de Lavradio, aquém

e não é precisa votação d st 'Ca ti) ara T '

> O Sr. /. .CòelTiol—- Sr. Presidente, deve existir sobre à Mesa "urrí pequeno parecer cia Com missão d1 Administração Publica, que recahiú sobre um ad-driamento 'que fiz : este parecer e' relativo a uns impo&tos municipaes dàsllrlas dos Açores, dos quaes irdpv ida mente a Fazenda está de posse. Eu peço a V. Bx.% como é um parecer muito pequeno, e nâq lia de ler grande discussão, que o dê para primeira jíarte da ordem do dia dMmanlitij oii logo que V, Bx.* erttenda-, que pôde ser, e quando estiver, pre-sefíle 8. 'fix^-o Sr. Mirjistro da Fazenda; porque eu pretendo «ómente provoCar urna decisão da pardo Governo» '::

1 "O Sr. Sá Nogueira : — Sr. Presitíenie ,' manda paro a jVlêsa um Requerimento de un) Major do tJJ» tramar José Gonçalves Barbosa, que^ -em seu nome e d*oulros Officíaes pede que se amplie a Lei de 18 de Maib dt? 37 ---- l

O Sr. Presidente: — Esse Requerimento não deve ser apresentado 'ría Calara rã. . . .

O Sr. 5a Nogueira: — E' em nome de differentes indivíduos.

O Sr. Presidente: — Mas não e de corporação.

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Agora desejava, qu« a Commis$ão, & q^ieai foi mandada .uma Representação d» Garoara MunicipaJ,ds Ilha de Porto $anto , sobre a propriedade do Ilbeo denominado, Jlheo. debaigo, dé^p o seu Pareter sobre essa Representação ; porque a Camará escreveu-*ne a este respeito, e pedouie, o,«£ pro^nova e. decisão d'esse negocio, que é de grande interesse para «Ha., - -.'*,_ -,'t . „ .

O Sr. Moniz::—Se A (Jantaria do Porto Santo quisesse dingir.-se regularmente., poderia- ter esçu-eado de ineqnnr»od,ar o Sf« Depurado.; .o requerimento veio poai eíYtíita a esta Captara ba tempos e foi a uma Coiumissão;-.o negocio não é tão facíl corno parece; pedira m-se informações sobre a aatij^ reza de&ta pretenção,; peta leitura d'alguns papeis e da mesma repres.entac.ao encontraram-se difficul-dades-que nuo «e, poder ao. resolver sem co« hcci mento, d'algumas circurrislancus de facto, e mesmo de alguma cousa de direito que e' particular aquella Ilha, e ao caso em questão, e q-ie nào se encontra aqui; as informações.,de* lá não lêem vindo de maneira que.a qulpa «ao e çla.Commissão e decja* TO também que quanto *

O Sr. Sá Nogueira : — Eu agradeço-ao Sr. Deputado a explicação , que acabou de dar, e espero, que a CommÍ6$ão dê ao negocio o andamento, que for possível;

Continuação da discussão do Artigo 1.° cio Praje-cio AV $03,1 (Vide Se-sâo de honU-m.)

O Sr. Presidente: —•• Está em d scussão o adiamento proposto bo/item do Projecto N.° 852.

O Sr. Soure : — Sr. Presidente,; coro repugnanfcia me levanto "para entrar, nesta discussão; parece-me que ella devia ser breve, e receio muito prolonga-la; mas o que iiorlteni se proferiu ,- parece-me, que não pódeíicar de maneira algiipa gera resposta. Não esperava que houvesse quem combatesse o Projecto, rriass bouve qu^m dissesse qne file era inconstitucional ,' combatendo-o por este lado: e trazendo era apoio desla asserção, muitos Artigos da Constituição, e concluiido que sê não era contra a Jetra daCons-Diluição, era com tudo contraiio ao seu espirito.... • Q Sr. Presidente : — Sem querer dizer que ^o Sr. Deputado não está na questão, lembro-lhe com tudo , que agora tracta-se do adiamento.

O Orador: —Q adiamento, sobre que eu quero falia r, foi fundado por seu au^or nas mesmas razões que se produziram para rejeitar o Projecto, e erjtào eu combatendo o adiamento, não posso deixar de combater ao mesmo tempo as razões «rn que elle se fundou, que são as mesmas da rejeição do Projecto ....

O Sr. Presidente:,— Eu não quiz dizer que o Si. Deputado não estivesse na ordem.

O Orador:—'A situação de dous illustres Deputados que faHararn nesta questão r foi dèítoidalern relação a este Projecto, um que o combateu, outro o sastentou ; então V. Ex.* ha de me pennittir também que eu-defina em poucas palavras a minha. Eu hoje não posso acçumular; porque sou Juiz de uma Relação, e tentio um conto de réis de ordenado; por consequência a Lei não me faculta senão a opção , entre o ordenado, e o subsidio: uias houvo

tempo em que «u pu4é aeçumuJar, e foi na Sessão de 35 ; era -e» Juiz de Direito de Portei^ futDeputado .nesta Camará, e então; -apesar da Lei m'o per-tmttir , entendi que, devia renunciar e que 4e*'iá:eu «lesmo desaccumnlar ; G offere,ci Q meu .ordenado: tenho os dorjumentos na rninha. mão « pode ç^nçiar na Secrelaria. sEu,não q<çfo com='com' mão.='mão.' _...='_...' srt-tâo='srt-tâo' jae='jae' isto='isto' me='me' fez='fez' própria='própria' bera='bera' faz='faz' fallo='fallo' deáceunilação='deáceunilação' questão.='questão.' io='io' em='em' _-aesnx='_-aesnx' _-possa='_-possa' lfi='lfi' alum='alum' despcu-mulei='despcu-mulei' sobre='sobre' hoje='hoje' na='na' _-ieu='_-ieu' queoa='queoa' rotila='rotila' que='que' podia='podia' fazer='fazer' lançar='lançar' muito='muito' é.qiie='é.qiie' suspeitar='suspeitar' por='por' entrarei='entrarei' accvmu='accvmu' não='não' pois='pois' íiz='íiz' mas='mas' _='_' a='a' quo-eti='quo-eti' c='c' or='or' dtfa='dtfa' e='e' euquero='euquero' senpw='senpw' viríud='viríud' talvea='talvea' poder='poder' quando='quando' o='o' p='p' ooejluoi='ooejluoi' favor='favor' eimpletinenti='eimpletinenti' minha='minha' qjti='qjti' da='da' agora='agora'>

• Sr. Presidente, o 'adiaoneoto imporia .uma refeição, e ?istô qne a.esta Camará foi.trasida estí), questão, a Camará devi>á!o«c«par»se delia, e «ao pô-la de parte (Apoiados) xá Constituição fica com* «promellida ^ se acaso pa$sar eète, Pjojectq, e fie» «compromettida porque em um .Artigo diz, que «ninguém pôde ser Deputado se m ~, t«r 400 ^000 rííis: «em outro du; os Deputadas vencerão o subsidio, «e então o qxie a Constituição qjui«, foi que o Oe-tí pulado tivesse de mais a mais^OO^OOO reis. ?? Ora, Sr. Presidente, que argumento é este? Quantos Deputados deviam sair desla Camará, se este argumento tivesse fçrça? Talvez uma boa parte deHes: pois uns não accutnuíam, apesar de serem Empregados Públicos', porque os seus ordenados são superiores a GOO^OOO re'is, e a Lei não lhes faculta o acr cumularem tendo mais de 600$OQO reis de ordenado? Outros não são Empregados Públicos e têem profissões que na sua localidade exerciam, e que, vindo a esta Camará^ cessaram (Apoiados), cessando por consequência os seus rendimentos? Então estes também deviam sair? Pois a Constituição não diz, que estes 400^000 réis nascem dqdiíFerentes.fonles? E uma delias não. e' a industria fabril ? Não são as artes liberaes e fabris? Então quem exercer uma arte liberal, ou fabril na sua localidade, -e tendo por ella 400^000 vem a -esta Camará , cessa o seu rendimento, e por isso devia-se ir embora desta Camará, ou devia o Governo dar*lhe mais 400<_090 que='que' argumentou='argumentou' de='de' subsidio1='subsidio1' loja='loja' deviam='deviam' do='do' se='se' para='para' seusprincipio3='seusprincipio3' era='era' _.conclusão='_.conclusão' necessariamente='necessariamente' tirar='tirar' esperava='esperava' tirada.='tirada.' _='_' votado='votado' viesse='viesse' a='a' ser='ser' ver='ver' _.que='_.que' os='os' e='e' apoiados.='apoiados.' ilustre='ilustre' reis='reis' é='é' assim='assim' i='i' conclusão='conclusão' encerravam='encerravam' outra='outra' o='o' eu='eu' ouica='ouica' essa-='essa-' esta='esta' _.-deputado='_.-deputado' deputados='deputados' accu-mular.='accu-mular.' ha='ha' qual='qual' atém='atém' todos='todos' desejava='desejava'>

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se nestas cadeiras, uca reduzido ao subsidio só, que será um conto de re'is pouco mais ou menos, fazendo a conta aos- vinte e oito tostões diários, durando a Sessão um anno; e quein tem na Província '550$ TeU de ordenado, na conformidade do Decreto, re-'cebe ò âeu ordenado, e o subsidio, e vern a ter'um conto quinhentos e cincoenta mil réis. Mas isto e 'uma grande desigualdade, e não e possível conser--vat-se uma tal-escala. Mas diz o illustre Deputado, ^ssa'conclusão é que eu quero tirar} e' a de todos Acumularem. Oh ! Sr. Presidente, pois na occasiâo em que o illustre Deputado sellou com o seu nome', utà Projecto para se tirarem três dízimos- ás classes inactivas (apoiados), pois na occasiâo em, que os

Egressos e Freiras.......

- O Sr. Moniz: — Se o Sr. Deputado' uae dá licença, eu Ilie direi que está argumentado sobre dados que não dei, e que esse Projecto, que está aponta* do eu o assignei com declaração: ainda me não chegou a vez de fatiar; quando me chegar 'eu explicarei o meu voto. ' •

O Orador : —- Pois eu não sabia qual era a declaração , e como vi o illustre Deputado assignado no Projecto , e é da Comnaissào de Fazenda, pôr isso -me referi a V. Ex.a, que combate o Projecto; mas agora não alludirei BO Sr. Deputado; alludrrei á tn a i br ia d'esta Camará, aliudirei ao Governo, pé-dir-lhes-hei que defendam este'Projecto, visto que o Governo apresentou aqui a medida das trez Deci* mas, que me parece, que a maioria está inclinada a approvar. r

Sr. Presidente, pois as classes inactivas, pois os 'alimentos doe Egressos, do Monte Pio, cujo titulo de receber é o de um deposito feito pelo pai, ou pelo marido de uma viuva, ou de uma filha desgraçada ; pois esses alimentos hão de estar sujeitos a trez Decimas, hão de pagar 30 por cento, e nós havemos deixar deprohibir aaccumulaçâo a quem tem 2$800 réis por dia, pagos melhor do que o são a cnaior paite dos credores do Estado? Eu esperava que esta questão se votasse sem uma só reflexão ( Uma vo% — fia de votar^se.) Ouço dizer que se ha de votar. Eu não lenho vontade de fallar, e então calo-me sem acabar o que tinha tenção de dizer.

O Sr. Moniz: — (O Sr. Deputado ainda não restituiu o seu discurso.}

O Sr. Soure: — Sr. Presidente, longo de ruim o querer fazer argumentos ad hominem j eu tratei de comparar opiniões com opiniões; opiniões emittidas n'uma parte com opiniões emittidas n'outra. Sr. Presidente, por uma vez declaro que hei de continuar a combater as idéas que forem contra a minha convicção, com o mesmo calor, com o mesmo ardor que pede o meu temperamento.

Os Srs. Deputados que me chamem á ordem, chame-me V. Ex.a, sempre que eu proferir uma única expressão, que offonda o caracter moral de algum dos meus Collegas.

O Sr. Rebelão Cabral: — Eu creio que o mesmo Sr. Deputado, que propôz o adiamento, não apresentou razão alguma a seu favor, pois que a ded u sida da-Carta Constitucional não procede hoje na presença da Constituição; e então, uma vez que esta questão veio ao Parlamento; parece-me que se deve decidir de prompto, até porque tudo o que se pôde dizer, e se tem dito sobre o adiamento, e próprio *da discussão sobre a matéria.

' Peço portanfo a V. Ex,*, qvie proponha, se o questão do adiamento está discutida , para cê entrar na matéria.

Julgou-se discutida a matéria. — Foi rejeitado o adiamento.

O Sr. Presidente: — Continua por tanto a discussão.

O Sr. /. A. de Campos: — Sobre a ordem tenho a mandar para a Mesa a seguinte:

EMENDA: — O Deputado posto que obste paio ordenado , nunca poderá receber quantia maior do que a do subsidio. — /. A. de Campos.

O Sr. Presidenfe:—Q que1 está em discussão, é sese pôde accumuiar; parece-me que esta indicação tio Sr. Deputado e' ain additàmento a esta parte; porque diz:—o Deputado, posto que opte. — Estas palavras parecem tirar-lhe o caracter de emenda.

O Sr. /. A. de Oampo»: — Diz o Artigo em discussão, (leu} Por tanto a matéria em discussão, é a accumuiacão do subsidio com o ordenado. A matéria da minha emenda* reduz-se a duas idéas, e ambas ellas são relativas a este Artigo: primeira idéa ; não pôde haver accumuiacão, em caso'nenhum, do subsidio com o ordenado; idéa que é efíectivamen-a do Artigo. — Por tanto a minha primeira idéa é exactamente a mesma, que a do Artigo, que e' a de accumuiacão do subsidio com o ordenado. Segunda idéa; mas o Deputado não pôde vencer, ou tenha subsidio, ou ordenado, senão uma cousa, ou outra, até á concorrente quantia, quer dizer, que o Deputado não pôde vencer senão o subsidio de Deputado seja ou não empregado, nem pôde accumuiar, nem pôde receber mais, do que aquelle subsidio. Por tanto à isto se limita a minha emenda.— Agora poderei dar-lhe outra redacção;.. ' O Sr. Presidente:*—Sim, será bom queV.Ex.* a redija de outro modo por causa da palavra — opte.—

O Sr. JWom'%:—(O Sr» Deputado ainda não restituiu o KU discurso}.

Mandou para a Mesa a seguinte

EMSJKTDA. — Os E m p legados Públicos de qualquer classe ou graduação, residentes na Capital, que forem eleitos Deputados, não poderão accumuiar o subsidio cfôfr20,'deque tracta o Decreto'de 10 de Novembro de 1836, ao ordenado, soldo, gratificação, ou outro vencimento1, ou parte delles, pagos pelo Estado senão até 400$000 réis.

Os Empregados Públicos fora da Capital poderão accumuiar ao mesmo subsidio qualquer vencimento ou parte delic, que na qualidade d'E m pregados lhes competirem, ao subsidio diário de Deputados, com tanto que esses vencimentos, ou parte delles não exceda a 500$000 réis.—- L. /. Moniz.

O Sr. Monfa: —- Eu não lhe puz titulo algum; mas entretanto eu peço a Y. Ex.a, que a tenha como Emenda , para ver se decidimos este negocio mais depressa.

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Constituição; o que já não succede a respeito dos outros Deputados que tenham outro emprego-, a quem ella positivamente prohtbe de exercer outras fúnccões que não sejam as de Deputado-; e então em quanto a estes entendo eu que só devem,ter um vencimento çonfotme ao serviço que prestam, e não pôde ser outro senão o que e' próprio do cargo que exercem, e este e' o subsidio. Porém a respeito do Ministério, apesar de que e' questão que não se íra-cta agora, sempre direi, que o Ministério pela Constituição, é o único a quem é permitlida a accutnu-lação, e então e minha ophiiào que á vista d'essa permissão, não será rasoavel priva-lo do salário próprio a um e outro cai^o. Eu como já disse não puz esta excepção na minha emenda ; porque ella está na Constituição ; e se houver mais algum empregado, que esteja no mesmo caso, também o está a respeito da opção de ordenado, e do subsidio; mas alli só se faz menção do emprego de Ministro:

i ** r °

mando pois para a Mesa a seguinte

EMENDA. — O Deputado não pôde accumular o subsidio com qualquer outro vencimento, nem vencer em caso nenhum quantia maior de que a do subsidio.

Esta dispo-ição, não e extensiva aos Ministros 4'Estado. — J. A, de Campos, Joaquim Pedro Ce-lestino Soares, Agostinho Júlio Coelho d'Araújo, Bernardo Peres da Silva.

Foi admittida â discussão. Igualmente o foi a do Sr. Momz.

O Sr. Presidente: — A primeira hora já acabou, fica esta discussão para a primeira parte'da ordem do dia de amanhã.

O Sr. Xavier da Silva: — Sr. Presidente, e provável que na segunda parte da ordem do dia não seja. possível concluir o projecto sobre a reunião das Obras Militaies ás Publicas; eu creio que não deve gastar-se muito ternpo "com o Piojpclo que lendo estado em discussão já consumiu duas Sessões; 4 ou b mais poderemos gastar se ainda firar por decidir. (dpoiado.) Entendo que isso não pôde, nem deve por modo algum ter logar. (apoiado.) E por isso eu peço a V. Ex.% que preponha á Camará se quer que continue adiscussão deste Projecto, (dpoiado»)

Decidiu se, que continuasse a dúcustây deste-Projecto até se concluir.

O Sr. Xaoier da Silva:—Sr. Presidente, estava persuadido que este Projecto não teria discussão, como succedeo com o artigo do Projecto N.° 3 da Camtnissão de Fazenda que sujeitou a decima o subsidio dos Deputados; repito nào esperava que soffresse opposição; e a boa moral insinua que estes objectos devem ser bem pensados antes de apresentados , ruas depois de públicos devem ser imrne-.diatarnenle votados. ( Apoiados -J— vozes , votos, vo-íos). ,

Apesar destas considerações a que a Camará parece, querer-agora attender ; o-negocio tem boffndo impugnação; pedio-se lambem o adiamento, e não ha remédio senão dizer alguma cousa ; não seiei extenso porque não posso, e a matéria exige que o oâo seja. (Fozes— votos, volos.)

Sr. Presidente, está em discussão a emenda do Sr. Deputado que ultimamente-fallou , existe sobre ô'Mesa outra, e para nào se tepetirem as razões, parece-me que seria-melhor fallar sobre ambas ,• e sobre o anigo 1.° do Projecio.

VOXi. 7.° — SETEMBRO—1841.

(O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado pôde fallar em geral.) O Orador:—Muito bem; Sr, Pré-sidente, o artigo 1.° do Projecto.....(Fosses — votos, volos.) O Orador: — Eu tenho bastante Cangue frio para entrar na discussão , e ouvir as vozes de votos, votos. (Foses — votos, volos.) O Orador: — Sr. Presidente, pergunto a V. Ex.a se posso fallar.....

O Sr. Presidente: — Pôde fallar.

O Orador: — Não sei porque a Camará nâo-quT que eu falle neste negocio.....(Potes — falle , f alie).

O Orador:—Sr. Presidente,, o artigo 1.* do P,ro-jecto estabelece que o Deputado que for Empregado Publico não possa continuar a accumular o subsidio com o ordenado de seu Jogar, acabando, com a dislincção de ser ou não residente na Capital que permittia o Decreto de 10 de Novembro de 1836. .

A substituição ou emenda do Sr. Deputado pela Guarda, pretende que os Deputados não possam receber mais do que o subsidio de 2800 réis, ou o equivalente do seu ordenador seja qual for o que lhe pertença pelo seu emprego.

E a emenda ou substituição do Sr. Deputado, creio que pela Madeira, propõe que os Deputados residentes em Lisboa possam accumular o ordenado e o subsidio, corno era permittido aos não residentes, com a ditferença, que os, primeiros, (que até agora não accumulavarn) podem receber até 400$ réis, e os segundos até 500 em logar dos 600J' 'réis que o Decreto permittia. i

Sr. Presidente, confesso que me lêem causado grande admiração os argumentos apresentados para impugnar a doutrina deste .artigo 1.°; e muito mais quando ha bem poucos dias que nesta Camará se declarou, que todos devem curvar-se perante o estado difficil de nossas finanças; que nenhuma clas-.se, ou \individuo a não ser egoísta quererá esqui* var-se a concorrer com a sua quota; e que,a Nação não pôde dispensar qualquer sacrifício.

Com o coração apertado a Camará algumas vezes tem despresado considerações, que talvez muito desejaria attender: não se ha duvidado faltar aos contractos; atacar industrias nascentes; votar impostos sem avaliar devidamente a possibilidade e forças dos contribuintes; e os que quizeram justificar a sua necessidade extrema, offereceram uma única resposta ás razões com que impugnei essas medidas, e una você repetiam as seguintes expressões :...+•• '"-

« Existe um cfe/zcíí-que cumpre destruir, aliás

» pôde perigar a causa publica; os males que da-

u qui resultam são incalculáveis, e não lêem com-

u paração com os inconvenientes que imaginam os

-« que impugnam estes tributos. M

Admira-me muito, torno a repetir, que (á vista .destas repetidas razões) este Projecto, que unica-•mente diz respeito a pessoas e interesses dos Deputados, soffra demoras na sua approvação , quando não se devia hesitar um só instante1 em adoptar se-Urlilhanle-diminuição de despeza. (Aparados..) .

,-Sr. Presidente, para se rejeitar este Projecto ai-guinuntou-se dizendo* que a sua doutrina ataca o.es-pirito da Constituição; mas'se a Camará sedirigis» se sempre por-sçrnilhantes doutrinas, não sei ccncao teriam sido algumas das suas votações. (Vú%es: '•*-ordem , ordem.) . ' •

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' t) Sr i Presidente : — Ku n ao jrossb deixar d ô chamai o $r. Deputado á ontem; ptofqiíe nãropócK* pô'r «m dúvida as votaçbes da Gamara, e parece que p?Io qufc acaba di- áizer .eHas'l«e/h sido tomadas contra a CorrstUuiçãrf.

O Oradot: — V. E x.a-pôde difamai-me á ordem se assim a entander,. rnàs -eu tenho direito a prfpJi-car-me. (Apoiado.}

Repito, e a Oauiara q'ti%ifa allentítírj em muitas discussões temrse dito que é neressario ter iein vista a expressão littetal da Constituição", e qaando se argumenta com o sentido lógico, todos repellem esta interpretação, difcendo qiie, cad« Orador a poderia fazer cbmo rnelfeor ihe conviesse, e qtie o meio -rriais seguro 'é 'executar a Bua disposição gramrnD-Uca, ou 11 iterai; entretanto o Sr. Deputado pela Madeira recorre agora a razões dedu espirito para o Protelo íoão dever ser -íipprovftd'6.

Ora, digé &Á tjue as inducções^qne o nobre De-pultfdc) iiroiij.tião atacam, nom offendem o s&ntrclo lógico da Constituição í mas se assim acontecesse^ a Cainàrít não poderia aeceitar qualquer interpretação lógica;

"da' Constituição.....Jbto é um: argumento-; e eis

a^Aii a 'grande injuria qife fiz'á Camará para ella e V. Ex.a rne chamar á ordem.1.,. (O> Sr -Presidente;— O Sr. Deputado não fallin ao principio em argumento, 'agora sim;. « eirrvista da sua'explicação nã.r>jpóde haver dúvidn,-qwde certo n»o ntacou\o3 votações da,Camkra.) ^

O'Om (for:—-N ao era min-ha intenção atacar as votações da Gamara1; 'conheço o meu logar -cb-Hio Deputado, e sei o respeito íque devo iáfe cousas-, e aos homens; entretanto Bestou, persuadido que Vj. Ex.a e a Oarpara não precisaram .ter *o incotnmodo de me chamar á ordem se atterrdessètu ás razões que expeirdii,'e1 me trvessem -delicado concluir o meu ar--gtiroento. " ••> ,-,>.->-

O mesmo Sr, Deputado -parec-e-me' ler diitò

Esta disposição e soHcj^i ^aratitia para desvanecer o* receios do digno -OradoV,-'por "isso ^que do Circulo ;pára ineihorisigjtentnrern os diflVienl;§ interosíes s-oCiaeSj ífuc sti» tão^varíndus Como asclçses, Q a^circumswncíavespdciaíá dospuvôs.

Nem acredite o ilkrstre Deputajdo liessa tendência que diz lerem os povos piara -concentrar 'na Ga p11 ta l os seus1 .Representantes/; pelo «ontroria íua>rbem fun-dudos motivos para asseverar qu« imj^ só querem os -oatufaes dos Círculos; .mirhares de razoes lêem persuadido obppNossdffsta necessidade; (axalá ellesprogridam testas

Srv Presrdent^ ,~se ajcontecer o tj-ue ep digo , resultam muitas vafitagans; oá povos nieihor conhecem aqiífHesaqoeunJottTrtJetlem adefeza de seus interesses, e os t-leitos hào dft rnwidir sempre seus actos a fim de quando volk»j<_-n que='que' com='com' dfseus='dfseus' dor='dor' do='do' poderem='poderem' se='se' centro='centro' receber='receber' louvores='louvores' oaj='oaj' ficr='ficr' pela='pela' dignidade='dignidade' st='st' pai.='pai.' pugnar='pugnar' il='il' e='e' dirigiram='dirigiram' co='co' prosperidade='prosperidade' n='n' o='o' p='p' souberam='souberam' u='u' mies='mies' da='da'>

O nobre Deputado psla Madeira, Adisse tambefli que a disposição do Artigo 1.° do Projecto poderia t«r graves Hiconvpnientesj e mestno causar um gT

Ora, Sr. Presidente, convém não deixar de objectar simUbante asserção, e sem quer-er fazer injuria a pessoa alguma; porque a todos respeito sempre, e muito mhis neste logar; com tudo respondera at> argumento. c ••

Não se pôde adoptai -o principio d« que a'illus-traçâo está «Q na -C l a soe dos e mf regadios ; d

Sr. Presidente, Bestas fni)nbaqo6\ lem^e procurado scmendar este 'T»a'!í,'e os mesmos Ministros nào lêem diLvidadxj contes^ a^ler.^ ~) r • ) .' - ."

- j Sr. Presidente , *>m -todas às classes da 'sociedade ha pessoas que têem , e outras a

-a desgraça e ^ue ivãf> pai*a Ibeodar u-iitnpu-lso qtte e ipor -co-n^eg-uinte Q digno-Depuladotde^e 'Confessar qtie o st;u,>aTg>urinentí>.'^uqJá adíliissiveâ»;^

• Atlas ajuda que-assimoâuc^edesse,, ec rçâoe&th?^«e na-class^^ioKe-irJ pregados pu bte3 'classes , ^e«ifltpf«s>eâ socraeB ; i(aiíida que, nosejitir do iilu*tri> Deputado tefiam me-lios •hniltrucção)'è'qhomefi-s vbon&consuliaridjo suas consciências decidissem e>vo4as23fitiiv'fí(ro%iírgito et ibono. (-/í«V'.) ^t , t o t T "•>"•-:*

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tem melhorado, e pouco proveito se ha otyido ^e tíi n ta sciencia,.» (/ftso.) O Qrqefor: —~ [l&m.-$e os Srs. Deputados; mas a desgraça e que chor& $ Noção.

Alguém argumentou dizendo que a Constituição exige o rendimento de 400$ rs. par* &er eleito Deputado , e se 'o Emp/egado Publico ficasse sern esse rendimento, seria privado da .aptidão que a, Lei prescreve; confesso que ,é engenhosa Q argumento, e basta reflectir para Conhecer que adoptado o principio, segm-a-se que os residentes era Lisboa, que não lêem accumulaçâo, e os que prefeieltn o subsidio ao ordenado não têera aptidão para serem Deputados; _ rnas também deve Iqmbrar que acabados os trabalhos Legislativos cada um volta ao seu antigo estado, e lá terá novamente o rendimento do seu Emprego para podfr ser recenseado elegível, e votado.

O Sr. Deputado creio que por Evpia respondeu cabalmente a este argumento, e produziu muitas razoes sobre a matéria, que tencionava expor, mas nào repetirei para não ser extenso.

Também alguém disse que ao Empregado Publico talvez n ã c^ conviesse acceitar a cadeira de Deputado com esta condição, que se pôde chamar um castigo; mas peço licença para lembrar ao digno Orador que no entender de muitos a cadeira de Deputado ou Senador é um ónus Publico,, a que s.e sujeita aquelle que aacceita, e que se o Empregado Publico fica privado de algumas vantagens, maiojcs sào decerto os prejuízos que solfrem os indivíduos que periencem ás demais classes da Sociedade, abandonando seus estabelecimentos f propriedades, industrias, corrmercio, etc.

Sr. Presidente, se este Projecto, e alguma d#s substituições pôde ser v j r para que as Camarás sejam compoàlíts detnencs .Empregados Publicojs, mais um motivo para se votarem ; e attfevo-me a enniiaciar esta opinião pela convicção ena qug estou deduzida do que succede entre nóa$ « fora do Pai?.

Não se pôde duvidar que, a$ Camarás, precisam ser compostas pelas pessoas que ppdesn representar os Interesses das differentes Classes, e que por veio-tura algumas vezes não se corjforniarn inteiramente com os interesses de momento de utn Governo; roAS' para se poderem susleniar é preciso toda a Uberdade, é conveniente estar fora. dp alcance ,do Go» verno; "ora esta indepen denteia jpóde ter,, e effecti-varnente tem o JEn>pregado Publico que se dirige uaicamenle pela &ua coosciencia ; roas .teju delqcíar . repetidas vezes cora TOÍJ circumsUncias, muito mais" adoptado o principio ique deve seguir a política do Governo, ou abandonarão Emprego de que iira sua subsistência, e a de sua £a*ni'lra.

JEsla minha ide* não é nova, já outraa Nações que estão mais adiantados ano Systertja Representativo, lêem desejado lumlar o numero de Í2 m p rega do s Públicos que o Governo pôde trazer ao Parlamento; e é de notar que ahi ,a roaior pwJe dos Empregos são garantidos, quando entre nós poucos tê«.c« le^sa grande qualificação, que os toraa^ «wn06 .dependentes do arbítrio dos Governos.

Por esles motivos, e oirtroa que não expenderei porque a Camará, infelizmente para mirn^ está earnçada de T»e ouvir, (e tem razão) approvo o.Pró-. jecto, e aejeito a Substituição do digno £)epu.tado pela Madeira. , , •

Sr. Presidente, poucos são os impostos,que te-

nho ^pprova4o , e seria ucna, contradicçâo senão, approyasse economia*; mas falta-me declarar também qua píira pod«r approvar $ Substituição do Sr. Depurado peja Quarta, é indispensável -qu^ S. Ex.a tenha % bondade da dar uma e^pliçaçã,oQu adoptar uma qmenda,, isto é que não 8^0 cqijnprehendidos osJVlimiUos da Corça; pois,'p subsidio.

O Orador:—r A' vista desla ííeclarayão que çorir,. vem tppi«,r mais expressa voto pejp Substituição, e eníen4f> qiíe o Empregado Publico que acceitar o logar de Deputado? ainda que tenha maior prde-nado, deve contentar^se e fazer o sacrifício d,e reçe-.( ber urjiçairiente o sqbsidio, que feito o calculo excede a um conto de reis, cada anno.

O Sr. Sá Nogueira:—Sr, Presidenle, a ques^ tão está bastanlemente esclarecida; e eu pedi a pa^ lavra rjiais p^ra declarar o meu voto, do que para entrar na matéria. Entendo que q Projecto apresentado pela Commissão oào pôde ser adoptado;, porque concesde ao Deputado o.optar pelo subsidio, quando for Empregado Publico; de maneira que este pôde receber lambem o orçUnado inherente ao emprego que tiver. Ora o minha idéa, Sr. Presir cjente, é a mesma, que a do Sr. Deputado pela Guarda, com pouca differenç/a; o Sr. Deputado propõe na sua em«nda , = que o Deputado} que for Empregado .Publico, não vença mais que o subsidio» -»- roas Decresce n to -— que (O Sr. J. 4. de Campos: -r- Nada-, naçla, já a redigi de novo) O Orador: — Então estou cqncorde corn S. Es.a, o que eu entendo e, que o Empregado Publico, sendo Deputado,,-, deve ceder dos «eus ordenados como tal, porque só fez o serviço d,e Deputado.

O Sr. Conde da Taipa: -p*- JB« peço a V, Ex.a que consulte a Camará se a matéria está aumr.ien-temente discutida (apoiada.) , Julgou-se discutida. , ,

O Sf. Previdente; — tia três cousas a votar, Projecto da Cooifljissào , a emenda do Sr. J. A. de Campos, e ,a cio Sr. Moniz..

• O ST, Celestino Soares: — A primeira cousa, que se deve votar e a eraefida do Sr. J. A. de Campos, co>nío tal Uem a preferencia.

O .S,r. Rebçllo. Cabral: — Eu creio, que V. Ex.* obser.vando o Uegimento, não pôde deixar de pôr á votação primeiramente Q Artigç.da Gomnji.ssão ; por que as cuitrag co.usas aão são emendas, são substituições, e additatQientos. De .(pais a mais havia já uma emenda de redíuoção .ao Artigo 1.°, e essa foi Uop-tem apresentada, e sobre essa e que deve votar-se^m primtjro logar, e para ir-mos eui conforuTidadecpm o lle^imeoto.

O Sr. PtxsidevÁe*. — Eu corvfeflgíO 9 ve.rçiaçle, fnâo se leu esla flnaenda; porqye «gfa 4« íO£f? redacção, e o Aríigo dq Regimento diz (í/ezt,)

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cfa^ 'do contrario não haveria1 differença de emenda tí substituição; e o que apresentou o illuslreDeputadí>~ pela Guarda, é Verdadeiramente ora addfta mento, quê não "fica'prejudicado corn-a approvaçãp dd Artigo, ou emenda-da Commissào; e o que apresentou o il-luslre-Deputadòjpela 'Madeira, e uma substituição^ que ficará prejudicada (cotno me parece que o deve ficar na preseíile epocba financeira) com ^a dita ap-^ provação. - ' ' ''

O Sr. Presidente : ~— A Mesa não argumenta so>-. b ré isso,' acha 'mesmo muilo difficil ó encontrar a diíTerença, e talvez se encetasse uma discussão sobre isso, levaria'muílo terrtpo a decidir á Camará; por consequência eu não-posso ter duvida-em confessar a -minha' ignorância a este respeito ;- porque vejo que muitos Srs. Deputados muito ciais'talentosos que eu pstâo nas mesmas circumstancias; ruas'não é isso o que está em discussão , o que se tracta e' o modo^de pôr á votação, e então eii hei de pôr á votação primeiramente ò Artigo , e depois o que se acha sobre a mesa'offerècidò ao-mesmo Artigo} portanto nesta oríelem .o que é p'rimeiro è' a pmenda do Sr. Campos."

O Sr. J, A. de Campos:'—Sr. Presidente, a Camará teiri sempre ioda a liberdade pára approvar ou rejeitar, e %ntâo debaixo desse ponto de vista, é de menor momento, que se apresente primeiro á>vo«-iaçâo a minha- emenda, ou substituição, ou o quer quo e';" entretanto peta definição que acaba de fazer-se não podem ser "considerados esses papeis,-senão como errrendas; porque èffeclivãmente lêem ambas a mesma idéa-do aUigcr: portanto'arquf-o>que ha a fazer é votar uma, e depois vbtar-se-^a-oulra ; ora se a minha emenda for rejeitada", eu terei-de recorrer* a outro meio. " ;- - - u>

-"O Sr. Presidente:—Qualquer que seja a maneira por que se entenda, ha de haver uma votação BO-' bre a emenda do Sf. José Alexaridre^de -Campos ; depois de se votar a matéria principal, que é o artigo (Apoiados.); portanto se» me é pér-mmido fazer^ uma observação, direi que vamos principiar por uma votação qualquer, afim de ver-se^se pôde fazer alguma cousa; porque'eu tenho obrigação como Pré* , sidente de activar os trabalhos da Camará. (Apoia--dos.) Ora tudo o que os Srs. Deputados'mandaram paia a Mesa ha de ser votado:-parece-me- portanto, . oue estamos todos de accordo a passar-se a nm'a' vo~" tacão, e depois ir seguindo as outras. (Apoiados.} VamòB portanto a verificar se há num,ero na Camará,

(O Sr. Sá Cargas: — Fe* a chamada.) •

O Sr. Presidente: — Ha numero,-vai lêr-se a emen-,da do Sr. Rebello Cabral, que é'propriamente dê" edacção apresentada pela Conrimiásâo $ e e' a se- -guinte - ' c " ,1 s )•: •> ., .,

JBtmEKfcA»—Ao Artigo l.0-* Todo «o Emprega-, do Publico, que for eleito Deputado, não'poderá accumúlar,- com qualquer outro vencimento pago pelo Estado, o subsidia diário fixado petoArt, 1.* do-' Decreto de 10 de Novembro de 1836. — J.! Rebello da Costa Cabral*'- - < ' " - - . .r*í

O Sr. Moniz'*—Para uitia 'expficafção; eu aâo* percebi bem a "redacção, e por isso'parecia-rne, que' agora eríí possível tirár«se a duvida,- se se deixava1" ern pé ou não o direito^dã^opçâoíí '""• , -n •

O Sr. Rebello 'Cabral\ í—Isso' e no Artigo.

Foi appróvado ' o Ari*" 1." redigida segundo > a > emenda da Cómmissão, apresentado pelo • Sr'* Cabral — E prejvdióada a emenda do Sr,

(O'Sr. Presidente: — Vai ler-se agora a emenda do Sr. Campos... leu-se) O'Orador:— Por consequência todo o* Deputado 'que entrar como tal nesta Camará, não pôde receber mais do que vinte e oito tostões, excepto os Srs. Ministros; portanto o Deputado tenha ou não maior ordenado não pôde receber maior vencimento do que o subsidio.

O Sr. Gavião:— Sr. Presidente, eu-nâo acho a emenda explicita, porque nós não votamos os opiniões, que o Sr. Deputado tenha; por tanto para excluir d'osla medida os Ministros, é preciso que isto esteja escripto.

O Sr. Campos :— Parece-me que se torna escusada a declaração; porque a dei em tempo competente.

O Sr. Gavião l — Eu não teria duvida se acaso S. Ex.a fosse sempre legislador; mas como não tenho certeza ! t. .

O Sr. Campos : — Peço a V. Ex.a que mande declarar, salvo 09 Mjnistros d'Estado.

O Sr. Presidente: — Esta disposição não e' extensiva aos Ministros d'E*tadr». (Apoiados.) Agora. vou consultar a Camará áobre o requerimento do Sr. Celestino, para que a votação seja nominal.

A Camará decidio affirmativamente*

O

(Pausa *pòr, não haver numero.) " O Sr. Gavião ? —tSr1: -Presidente , eu peço a V. E X'.*'que mande 'verificar se falta-algumt Sr. Depu-tndia," porque a Camará não hade ^qui ficar á espe». rã dos'Srs. que- não vem. "... • »,

O Sr. Pfesidehte*.—Ha'numero, continua a-vota*1 ção.> " ?

• Disseram appro^o os Srs.'—Agostinho Júlio, Jer-vis^Atoufuia,' Sá Nogueira, Pimcntel da Motla , Peixoto, Xavier da Silva, Oliveira Borges-, Peres da Silva, Conde da-Taipa, Pinto de i, e m os, Sou-fcô Magalhães, Marceili , Pereira de Lelnos, Teixeira de Moraes,^Jeronymq Coalho, Naiareth, Tavares dé^Cafvalhoy Gualter, J. da'Costa Carvalho, Abreu Tavares,'Jtoão Elias, -Amaral-, Pessanha, Fal'câo, Celestino, J. Alexandre de Campos, Fa-. rtnho; CrispirtiaHo,1 Mendes Leite,. Menezes Puta-, Tevxeua Lobo1, Novaes.

Disseram rejeito 06 Srs.— AviJa, Campello, Borges e Castro, vpereira dos Rels^ Liz-Teixeira, B. doíMonte çP^dral ,~-Gual'b*»rtb Lbpés, Mesquita e Salla,'-F4orrdo, F. Gomes de Carvalho-, Bispo Eleito d^ Leiria-, 'R&bellò Cabral, João da Silva CaKvaJho, Pir»to de Magalhães í Sóure, Simas,*Silva Cabeai-, Peâlana, Marecos, Garcez, Gomeã de Castro,' La#is cerda, -Sá*'Vargast J. M. ~G rande, ^Pereira de Fi»" gueredo , Barbosa da -Cifnha , Pimen-tej'de Faria, > Cunha Ba-írel

Foi rejeitada a ^mentia do Sr* CampoF por 40.^9-íos contra 'ò%, t-A u - ' • , , -

- Entrou em* discussão b seguinte • - ' - ""„. Artigo 2.° A q uel lês = que1--estiverem «nas ciTCums-:

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C 305 )

As disposições da presente Lei consideram-se meramente provisória*.

Fot approvada salva o redacção. O Sr. Thomaz Northoii: — Sr. Presidente, eu entendi , e vejo agora depois da decisão da Camará que entendi mal , que em vista dos Artigos 57, 72, 74, 138, a 139 da Constituição, eate Projecto tinha sido trasido a esta Camará anli-constituciotuilmen-te , e anti-constitiicionalmente discutido, e por esta rã s ao me deliberei a votar contra elie: não tive nem podia ter outro motivo; porque ou seapprovas-se, ou se rojeitasse a mim não une catvsava prejuiso algum, porque na qualidade de Juiz da Relação do Porto (e peço aos Srs. Tachygraphos que tenham a bondade de tomar nota d'esta declaração) e na qualidade de Deputado eu recebo unicamente 28 tostões por dia. Com esta declaração, Sr. Presidente, respondo a uns lindos argumentos que apresentou um ilItiMre Deputado, qoe ha algum lornpo a esta par-\f me parece nào se tem dado a outro trabalho ruai*, do que ler as obras do nosso faoioso Bispo Osório.

SEGUNDA FARTE DA ORDEM DO DIA. ^ . Discussão da generalidade do Parecer ./V.0 248,

,c é o segninte

PARECER:—A Oornrnissào de Administração Publica foi presente a Proposta do Governo para a con-trueçâo de uma ponte de madeira no rio Siti-»»o«, contract.ida enhe o mesmo Governo e o Barão d'AUito. A Com missão examinou pausadamente a dita Proposta, e todos os papeis e documentos ern que ella se funda; e é de parecei que cila deve ser approvada, e reduzida a Projecto de L i.

Sala da Cort ibsào, ern 19 d'Agosto de 1841.— Jos>é dnfowo Maria de Sousa Aievedo , José Bernardo da Silva Cttbral, J, M. Grande, José Maria Ribeiro Fieira de Casiro, João Baptista d* Almeida. Garret.

N.° 243 = C = Requereu ao Governo de Sua Majestade o Conde Barão d'Alvito faculdade para construir sobre o lio Sitimos, que vai desaguar ao'Sado próximo a Alcácer do Sal, uma ponte de madeira para substituir a Barca de passagem queal-]i ha, eduque é piopnetario o supplicanle, mediante a perc' pção de um direito de passagem por certo espaço de tempo para o indemnisar da des»pe-za da mesma construcçâo.

Em consequência foi encarregado o Inspector Geral interino das Obras Publicas de examinar a Proposta , de formar as condições para a Kmpreza , e de a pôr a concurso na conformidade da Lei. aíirn de ser contraclada com quem maiores vantagens of-ferecesse.

Não tendo- havido concorrentes á projectada Em-pre.za , excepto Francisco Xavier Gaiozo, que apresentou condições inadmissíveis, contiacto» o meu antecessor neste Ministério corn o supplicaate a construcçâo da referida ponte na forma eslipuKida na Escriptura junta =. A Afundada na planta e alçado <_3a que='que' no='no' c='c' relativo='relativo' e='e' dciipcào='dciipcào' sob='sob' d.='

Tomando conhecimento desíe negocio, pareceu-me ainda excessivo o imposto d

mento = .£=:,• que me parece razoável, assim.como todas as demais imposições estipuladas no contracto.

Abttehdo-me de referir cousa alguma sobre as vantagens, que resultam aos Pov^s do cstMbelerimen-to de communicaçòes seguras e promptas, que facilitem o tiansito, e a condutção dos productos da sua lavoura e co.mmercio; porque são obviua P cq-nhecidas de vós iodos; lonho a honra, Senhores, de apresentar á vossa appr-'vaçào a ^eguinle

PROPOSTA DE I.EI: — Aitigo 1.° Ê concedida ao Conde Baião d'AUito a faculdade de construir uma ponte de madeira sobre o rio Sitimos próximo a Alcácer do Sal.

Art. 2.° A dita ponte será construída no proso de urn anno, contado da data da expedição dd presente Lei; terá a largura de 20 palmos, e a .forma e grandeza especificadas na planta respectiva, com. as condições constante* da memória desoripiiva junta á dita planta, que faz parte desta mesma Lei.

Ait. 3.° A ponle conservar-se-ha'em bom e»la-do , e aberta ao transito por todo o tompoda duração do contracto; — ficando o emprt-bendedur no fim delle obrigado a enlrega-la oo Governo c-in estado completo e perfeito depois dos exames e experiências do estilo,'sem que tenha direito a exigir retribuição alguma pela dita entrega.

Ari. 4." (J direito de passagem será -percebido pelo emprehendedor, seus successores, ou herdeiros, por espaço de 25 annos, contados do dia, em que aponte se achar concluída, e aberta ao transito.. Art. 5,° Os direitos de passagem , cuja perce-ção é autorisada pelo artigo antecedente, são os seguintes:

Por cada carro de bois ou carreta....... 70 réis.

Idem carruagem de quatro rodas.........100 w

Idem idem de duas rodas...........,.. 80 »

Cada passageiro...................... 10 »?

Cada cavalgadura..................... 20 »

Cada boi ou vacca................... 20 »

Cada cabeça de gado miúdo, tanto lanígero , como de cabello.............. 10 »

Art. 6." O Inspector Geral interino das Obras Pnbliras do Reino fica encariegado, sob a imme-diata direcção e ordens do Governo, da fiscalisaçào especial sobre o exacto cumpumento das condições do contracto , celebrado entre o rne«mo Governo e o Conde Barão d'Alvito, eapprovadas pela presente Lei.

Art. 7." Fica revogada toda a Legislação em contrario.

Secretaria d'Estado dos Negócios do R fino, eui 21 de Julho de 1841.—Joaquim dntoniod1 Aguiar. O Sr. Sá Nogueira:—Sr. Presidente, eu não sei se poderá progredir esta discussão, sem estar presente o Sr. Ministro dos Negócios do Reino; porque entendo que só S. Ex.a poderia dar alguns esclarecimentos a este respeito. Eu Sr. Presidente, principio por declarar que não me opponho a que se approve este Piojecto; porque ainda que eu, não tenho conhecimento desta localidade, na Camará ha alguns Srs. Deputados que a conhecem, e depois de os ouvir, não terei duvida de dar-lhe o meu assentimento: entretanto eu observo, que ai^ut faita um documento essencial, qye foi mandado fi-0 Governo, o qual é a tabeliã dos direitos de passagem que be pagavam ria Barca , que havia no sitio

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"se -.vaí coH

Sr. Presidente, uma das dificuldades que eu encontro, e' o declaração que se apresenta no Relatório da Com missão de que a.lérn d'eala ponta deve cotwrvar-se uma Barca de passagem, que havia nd mesmo sitio, e que era propriedade do mestuo Er»prezario.

Sr. Presidente, nesle, Patecer tarobocn se dia que essa Barca não podia s;er propriedade de ninguém ; porque era situada se-bre uma entrada p,uhliea, e-, que por tanto não podia ser exclusjva a praprieda-,. de desta barca; porque assim como, e Ha pertencia a alguém, poderia haver outro que tivesse outra Barca , e vir colloca-la no mesmo sitio por ser o dir«i» to igual ; ora no relatório parece-me, que se.reco-nhece esse direito ; iom tudo MU Lei do* contractos não se faz menção de semilhante COITM ; mas não obstante isso, e preciso que se fique entendendo, e 'que se não deixe de d^flarar, que a Legislação a respeito de Barca» fica em vigor, ibto e, que todos-los Cidadãos têeui direito, se quizerem, de pôr uma-Barca sobre o lUo, £ e preciso Sr. Presidente, que era consequência cie exigirem muito de passagem. Sr, Pcpbidentt1, eu desejaria o.uvir us explicações do. Sr. Ministro do Rdfl.o, para dar mais força aos meus argumentos, se for necessário, por qvu- receio que paru o futura pos-sam haver reclamações fundadas nesse tal, ou qu&l direito. A Coimmssão nebte seu Relatório, reconhece o Empre-zaiio Barão d'Alvuo, e porqu.e quando, se tracta de interpretação de Lei,, vai-3e a todos os motivos que houve, p«ra

O Sr. J, M>. Grande: -r-S",. Pres.idp.ntpj a Com-rnissâo não- apresentou Relatório nenhum....

(Q Sr-, 6a Nogueiras: — Então e no Relatório, qiU' vern< no Parece/., apresentado pelo Governo).

O- Orador :—-. Pari tanto no Parecer da Cormnis-bã,o não se>dii,- que a Barca que alli exibte é pró-priedado do, supplioanle , di^ se sim na Proposta, que o Governo apiressentou ; «ias Sr. Presidente, em primeiro logar, ^nâo é o Uo!a,!orio que se ha da approvar, hu de ser o. Projecto: em segundo Jogar o que se quer dizer com isto. e' que o Barão d'Al-viio tinha â propriedade exclusiva da Barca; mas

não stguranieftte a propriedade exclusiva de a ter alli ellesó. Todo o mun io pód - estabelecer naquelle logar uma Barca ^ parque-é s^bidc^ qu« nas margens i.'os Ri >-f e parninhos publices- tod - o- mundo pôde estabelecer uma Barca; por con«equencia Sr. Presidente, tenho respondido a uma da$ reíl -xões. apresentada-^ pelo illuírtra Deputad.». Agora disse mais o mesmo Sr. Deputado , q,ue faltava a tab(4la doa direitos que se pagavmj de passagem na B^rca ; é. vaidade qMe f.ilta , e que esse documento não foi presente í\ Cammissão; rnas taro-bem e' verdade, que não e necessário, por isso que >enão estabelece um exclusha; mas âim um novo meio de comuiunicação, que não tolhe os que já existem , e-que possam haver naquelle mesmo sitio; porque onde se ediíica urna ponte, pôde pô'-se uma Barca, e tnah «e quizeriem. A razão do^preço da passagem na ponte ser mqis cara não faz prejuízo ao publico; porque quem quer vai por ellu , e quem aào quer passa pela Barca , por consequência, parece-me que a falta da tabeliã não se torna absoluta ou de entidade alguma. Sr. Presidente, eu entendo que o Projecto deve ser approvado na sua generalidade, fundado nas seguintes razões; porque se.vak estabelecer mais urn novo meio de cominu-nicação, sern atacar interesses nenhuns por es^e es-tabdetiujento ; e por outro lado no fim de (25 aunos essa ponte fica sendp propriedade do Estado, sem cuçtar nada; demais Sr. Presidente, ião foi resultado d'um concurso, e esse excesso, que pirece haver no direito de passagem, cons-irujÇào ,.4.....os di-jeitos são mais dinii.nuta*r como eu provaria se fosse necessário. Por consequência entendo, que o Projecto deve ser appiovado na sus geneialidadp.

O Sr. Soure: — (não S2 pôde ouvir o principio). Or,a o argumento que rne parece que, s.e não pôde destruir e, que todos os meios de passagem ficam como ale aqui; existem todos os meios antigos; quem qui/er pôde estabelecer uma barca ,, mas de mais a mais vai-se fazer um meio novo de passagem sem exclusivo algum. Ainda que os direitos fossem excessivos, e não estivessem em relação com, q que se pagava ate' aqui, o que se seguia, era que os passageiros serviam-se dos meios antigos de passagem, e o Empresário necessariamente havia de vir a- diminuir, se qui/esse tirar algunj interesse. Disse o illuàtro Deputado que não veio. a tabeliã do> d uei-tos de passagem — não veio n«rn podia vir; o Proprietário da barca exigia o que bem lhe parecia, e augmentava e diminuía segundo o lio tinha mais ou menos agoa, e segundo havia m.aib o,u menos dif-ficuldade na passagem.

Peço ao nobre Deputado que attciu! i «i e»ta cir-cuinstancia, e e' que não se destnoe meio nenhum de passagem, antigo , e só vai estabelecer um meio. novo sem exclusivo al,gi|tn.

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taixleeimentos o# de cousa s que possam pto.fl}ov«i\ a nossa industria , e agricultura ; e estou convencido que esta ponte vai servir cTutoa grande va-nta-'.' gerrt para as communicações do baixo Afem-Tejo, * poiisso que esta ponte é estabelecida no rioSitimos, na. extremidade de Alcácer, defronte mesmo da estrada para Beja, e pari* o, baixo AJewTejo j e o Conde Barão d'Alvito, que «' Proprietário n/uma distancia próxima -a AÍeacei:,, ,a'.um s.i\Uo' chamado o Poclnho 9 propõe-se afazer es,ta ponte. A àdéada construcçâo d'uma poote e' realmente,-vaatajose, porque facilita muito mais as, passagens, que até aqui se faziam por um barco;. V* £x.a sabe muito bem, que as passagens de gra.mles volumes feitas eu-mulativame,ute por d i ff e reines .qualidades de trans-r porte são muitíssimo despendiosas.; e por este modo torna-se muito raa.is fa.c.il.a passagem: quem conhece as localidades ,. e quem por ali tem passa-do reconhece a utilidade çle se m i lha n te construcção. Sr. Presidente, debaixo destes princípios apreae,n-tou-se a proposta, eslabeleceu-se a concorrência, e não tendo havido quem se ojGterecesse fazer a obra por menos, ou quem apresentasse maiores vantagens que este concoirente, parece-ttie que a Camará só pôde approvar, ou rejeitar a .proposta; isto é um contracto, e .a Camaia pôde rejeila-lo, não estando canvencida da neces^dade 'da construcçâo, ou se o julgar contra os princípios conslitucionaes,ou finalmente porque não acceila as condições, ou im-poslos que se pretendem; e debaixo destes princípios digo , que se deve approvar.

Tenho presente a planta que 'foi levantada por pé* rítoa; por ella se vê, que a ponte será construída com a solidez necessária , c também espero que se garanta ás passagens a segurança precisa; e com quanto isso esteja estabelecido nas nossas Leis de policia , espero que na occasiâo da construcç^o fique a çarojo das Autoridades Administrativas o fis-calisarem, se a ponte é construída de maneira que os passageiros e volumes, que hão de passar porei-la , a passem com segurança, sem que seja necessário depois recorrer a meios indirectos, e a processos, ordinários para a indemnisação de qualquer p'e-juizo que possa haver na passagem.

Sr. Presidente, eu mando para a Mesa reduzida a escripto a ide'a, que apontou o Sr. Deputado por Cabo-Verde ; naquolle local havia uma barça que o Conde Barão d'Alvito tinha estabelecido para facilitar a communicação ; pôde acontecer qqe alguém pretenda estabelecer uma outra depois da ponte cons-truida; e em empresas de igual natureza^ tem ficado livre a.concorrência, por qualquer outra forpa de transporte. Eu dou a rasào, porque dezejo que se consigne esta idéa — a passagem até aqui fazia-se pelo b.arco do Conde Barão cTAIvito; ora agora fazendo elle aponte, e não se estabelecendo no contracto , que é permittido a qualquer estabelecer outro rrreio de passagem, pôde ser que elle argumente , que o barco era privativamente seu, que trocou a passagem do barco pela da ponte, e por consequência que ninguém pôde estabelecer barcos... («mo vo% — isso está prevenido na Legislação) ; se está prevenido na Legislação,'eu não insisto, o que não quero é, que os povos fiquem obrigados a passar pela ponte , e .pagarem os direitos que se estabelecerem , por não terem outro meio de passagem

sa , pa-ra et OoàwiússSo a ter era cooiííefàçâ do tratar da redacção. , * E* a seguinte

EMENDA. — Pica livre a passagem por barco, ou a váo corno até aqui se fazia.— Xavier da Silva.

Ora, Sr. Presidente, eudevo.dizer em abo n o da verdade; tenho muita pena, que a Camará Municipal d'Aícacer não tivesse pedido -ser autorieada para çantrahir um empréstimo a fi.m de fazer esta ponte, que está orçada em 1:200$ , porque dahí tiraria uma grande vantagem; a passagem entre AI-ca,çer, 'e o, baixo Alem-Tejo não é pequena, e decepto deve crescer quando for feita a ponte; entretanto' como a Camará d'Alcacer não teve essa idéa, appro-vo a proposta; mas estimaria que nella se consignassem claramente as idéas que acabei de expender.

O Sr. /. A. de Campo»:—Sr. Presidente, peia1 declaração feita pela ilIustreCommiãsâo, ficam subsistindo os antigos meios de passagem; mas eu te-» nho duvida , se ficando o -contracto «corno está, não havendo declaração alguma a esse respeito, sequeira dqpois fazer exclusiva essa passagem. Ora ha outra circunstancia ; não é suEficiente só-que o Empresário não seja senhor do exclusivo, para prohi-bir o estabelecimento de qualquer Barca; -é .necessário também, ter investigado-ee com effeito, o mo-4p porque a poqte.-fôr construída perra i t te, oa não iambern urna Barca; se a ponte for construída .nas duas extremidades que banha o rio, certamente que será impossível o estabelecimento cTuma Barca : por tanto é necessária não só a declaração de que não fica sendo exclusiva a passagem por meio; da ponte,, mas ç -também preciso examinar se,é passível o outro meio, • ' • i

Não ha duvida que é mais conveniente a passa-r gem por uma ponte, que por meio d'um barco; mas nãp ha duvida, e ninguém contesta, que seria' mais conveniente que qualquer d'.estas duas cousas, ,o estabelecimento d'uma ponte de pedra; porque nesle género de emprezas o interesse do Estado é lucrar depois a obra ; mas quando as pontes são de madeira corno neste caso, e estabelecidas por um longo praso, a utilidade que o Estado vem a tirar é muito pequeno: uma ponte de madeira passados 25 annos está destruída.

Ora ha outra circumstancia importante; conviria saber qual 3. despez.a que o Estado faria com esta1 obra ; já aqui emitti mais vezes esta Méd ; porque a principal vantagem era fazer-se a obra por «conta do.Estado, se isso fosse compatível COJBI ascircums-.tancias 4o Tfyesouro : por tanto a primeira cousa que conviria examinar era se o Estado ..estará com effeito em circunostancias de fazer .essa .obra, em-,bora se çxigissç por.ajgutn tempo os direitos correspondentes á despeza que .se fizesse; mas depois ficava a passagem livre, e (azia-se aos povos um benefício cprnpletp.: com,tudo nlo sendo isto possível, e na concorrência apenas dos dous meios de passagem r da ponte^ e da barca, não,Ha a duvida que convém antes,preferir a,çou6trucçãoda,ponte, e nesse 'Caso parece-me que se pôde adoptar a Proposta.

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