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já a imprensa periódica lem altamente clamado; que vem aqui soltar um brado, em favor dos monumentos das nossas passadas grandesas! . .. Sr. Presidente, a igreja de Villar de Frades, que pertenceo aos Cónegos de S. João Evangelista, deve cahir em rui-na, senão for reparada; mas este reparo não cabe por certo nas possibilidades de uma freguezia pobre; e tão pobre, quanto o edifício ébello, e magestoso; e então pede essa Junta de Parochia que algum reparo, que hoje necessita, seja feito á custa dos rendimentos do Convento, que ainda hoje existem, ou do produclo de uma barca de passagem, que alliha, e que pertenceu ao mesmo Convento. Esta suppiica, Sr. Presidente, c fundada em razão, e os motivos que alli se allegam , são tão judiciosamente expendidos, que bem me dispensam de dizer o resto.

Agora, Sr. Piesidenle, aproveito a occasião para dizer ao Goxerno que esta representação deve servir-lhe de incentivo sobre um objecto de tanta ponderação, como e na realidade a conservação e o reparo desses bellos monumentos da nossa antiga gloria . . . Que vergonha , Sr. Presidente ! ... tanto vandalismo no século cm que vivemos! .. . Oh Sr. Presidente! Senão podemos crear, conservemos isso que lemos... Já basta de ruínas! Já basta de destruição!... Desculpe-me V. Ex.a este desafogo.— Mando a representação.

O Sr. Barão de Leiria: — Ouvi ler um requerimento das .viuvas c órfãs que pedem a discussão do projecto apresentado pelo Sr. Barão de Monte Pe-dryl, e parece-me que se pediu que a Commissâo de Guerra de'sse o seu parecer, eu digo que a Coinmis-são já deu o seu parecer, está impresso e distribuído; referindo-me ao que disse antes de hontem , repito que seria conveniente que se de'sse para ordem do dia quanto antes, e do interesse das viuvas e do Estado ao mesmo tempo: isto é reconhecido por toda^ Camará.

O Sr. JVenfél: — Mando para a Mesa duas representações: uma da Can;ara de Loulé,, e outra da Junla de Parochia deBolqueme com 180 assignatu-ras, que reclamam contra a annexacão á Villa de Albufeira, e representam a razão porque estão bem em Loule: porquanto alli ha uni mercado etn que se vão prover de tudo que lhe e necossaio, e porque quando em 36 e 37 estiveram unidos á Albufeira, soífrcram grandes tratamentos, espancando-os, e tra-Uindo-os mal, peço que seja remetlido á Commissâo de Estatística, e aproveito esta occasiào para man-»jar para a AJcsa um requerimento assignado por -12 Deputados paia que na l.a piorogação se discuta o piojecto das condecorações militares.

O Sr. Reis c f^asconccllos: — Vou mandar para a Mesa o requerimento que promelti hontem acerca da bulia, e!le vai leito j>or uma redacção que não eoidintiria; mas parece-rne qm1 nas cn eu melancias em que está a Sessão devo ser assim. Eu pediria ao Sr. Ministro que respondesse verbalmente ao que souber, poiquc se se es peia r pelos esclarecimentos acontece que nào o possível tomar uma-medida na presente Sessão.

Roqueiro que pelos Ministérios da Justiça, e da Fazenda seja a Camará informada, não havendo inconveniente sobro os seguintes quesitos:

1.° Quesito^

35 Qual e o numero dos actuoes Empregados na «exlincia Junla da Bulia da Cruzada; os nomes

«delles, e a data dos Decretos, ou despachos, pelos ssquaes foram providos.»

Previno disto o Sr. Ministro da Fazenda, porque-sei que ha poucos dias &e despacharam Empregados para aquella Repartição extincta por uma resolução do Congresso.

2.° Queeito=:

«Os nomes dos actuaes pensionistas do Cofre da 55 Bulia, e a data dos diplomas que lhes concederam 35 as pensões. 53

Previno também o Sr. Ministro da Fazenda que se concederam muitas pensões pelo Cofre da Bulia depois da restauração da Carta em 1833.

3.° Quesito =

33 A somma de que' é credor o Cofre da Bulia, e 93a relação nominal dos devedores. 33

Nào pareça que este quesito tem muito que satisfazer, porque a relação e curta, e de poucos devedores.

4.° Quesito^

33 Perante quem param, os processos relativos aos 33 indicados créditos.-s

5,° Quesitos

33Quando, e por ordem de quem foi feito o ulti* 53 mo pagamento áquelles empregados, e pensionis-«tas, e se esse pagamento foi geral para todos, ou 55 só para alguns indivíduos das duas mencionadas 53 classes. 33

Porque me consta também que se tem feito pá* gamentos, não por ordem do Ministério.

6.° Qucsito =

33 Qual é a despeza que se faz actualmente com a ísextincta Repartição da Bulia, especificadas todas 33 as parcellasj e a renda do edifício. 33

Dizem-me que se estão pagando 300^000 reis de renda por um edifício para uma Repartição que não existe.

O Sr. F. Magalhães: — Peço licença para dizer poucas palavras. Sahi ho,ntem daqui cuidadoso com o que tinha ouvido sobre a Bulia ao meu nobre amigo, o Sr. Reis. Sei, e sabem todos qual o zello, e boa vontade de que o nobre Membro é dotado, quando se tracta de cousas de interesse publico ; e por isso tractei de informai-me se os abusos que el!e re^ feriu na verdade se comettiam.

Soube que nenhum dos empregados da Bulia recebeu ainda nem ordenado, nem parte delle desde que se extinguiu aquelle Tribunal.

A' Bulia deviam-se 500 contos de reis, que se podia considerar menos uma divida do que ainda peior cousa ; porque a maior parte deste dinheiro havia ficado nas rnàos daquelles que o tinham recebido desempregados subahernossem cumpriiem com o sagrado dever de entregar devidamente a importância das Bulias que lhes haviam sido confiadas. Mas assentou-se, creio que por benignidade do Governo, que esta grande soinma fosse considerada como divida, Devo dizer mais, que os empregados da Bulia, que formavam a Junta delia, estuo por pagar dos seus ordenados por muitos inezes antes da época da sua estincção. Sim teiia entrado no Thesouro mais de 100 contos de reis da giande divida, porem não nos antigos cofres daquclIa corporação. Talvez que a certeza do recebimento destas quantias fizesse ver que os pagamentos tinham sido feitos como antigamente, e da h i proviesse a equi-vocação.