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'de sahir dVsta.rquestão ^ «ste : ..o Governo mostra -desejos afagar d'esie homem,..ha* de procurar rneiós .de o empregar, e hade-oieiHpregar-denlro-.de qualquer quadro» e entuo está. o> Governo auctorisado para lho -pagar; mas a respeito do^passado, Sr. Presidente, é melhor não -dizer 'nena. mais., uma palavra ; porque t por. u m/a vez-e preciso que os Ministros saibam que não podem admittic- pessoa.iie* nhuina n'uin quadro, ale'm d'aquel Ias :í]ue estão t vetadas para.esse quadro. . ' - , .

• O Sr. Presidente: — Não pôde progredir'esta chscussão y porque não ha matéria nenhuma sobtíe vqne ella recaia; (apoiados) continuamos n:a .ordem do dia (apoiados). • .

• O Sr. Marecos: — (Dar-Se-/ta-, este discurso £m otytra Sessão). - ,

O Sr. JWidosi: — Sr. Presidente, «u pouco mais acefescenlarei ao que acabou de dizer o meu digno amrgo, e parente. A parte histórica j que elle apresentou, nem de meu testemunho carece, e verdadeira. Em um só quadro desenhou o Orador o desfavor em que esta classe está hoje.

Sr. Presidente, atíoulo tomo .agora a palavra, porque a minha posição e' hoje muito melhor, do qne era na primeira occasião, eei que tive a honra de fui lar a favor desta classe:, nomeado para uma Commissão Diplomática tia minha carreira por mercê de Sua JVIagestad'.1; não se dirá que é por espirito de classe, que eu alevanto^agora a minha débil voz, como o fiz em outrastíccasiões: nunca fui movido senão pela justiça^ que sustento, assiste á classe a que tenho a'honra de ter pertencido. Sr: Presidente, (500$' íeis para os Officiaes de Secretaria nas uctuaés circujnstancias, é um ordenado, permitta-se-me a 'expressão, miserável! Todos sabeaios, que no estado actual do atrazo de pagamentos; dos descontos forçados, ou r bales, sob cujo peso gemem os Empregados, este mesquinho ordenado não representa 300$ reis. Também e sabido que para o logar de Official de Secretaria, depois da extincção de tantos Tribunaes, requer-se actualmente maiores conhecimentos do que aqiielles que se requeriam em outros tempos, em que o serviço, se limitava a tirar cópias, ou o mais a fazer algum aviso; (não porque não houvessem talentos nessas Repartições), mas porque era ,da natureza do syslema absoluto, concentrar tudo nas roãos do Secretario de Estado, e nas do Ofíicial de Gabinete. Hoje mais habilitações são necessárias, e para o cargo necessita-se aptidão, uma educação clássica, e não são poucos os Bacharéis formados que por esperanças de melhor sorle entraram nas Secretarias d'Estado.

Ora, se só exigem tantos conhecimentos de simi-Iliantes Empregados, será possivel >anccionar-lhes um ordenado ião diminuto? A Camará não quererá por certo ser contradicloi ia. Qi;ando se votou o ordenado para o Contador da Marinha, fui eu do numero tios qne votei por um conto e duzentos, não só em a l tenção ;io cargo como á pessoa que tão dignamente o exerce, porque c.om quanto queira por ve?cs líbstrahir cly affeiçòeâ por indivíduos, mal o posso eu fazer, quando elles possuem as qualidades que distinguem esle a que alludo : votei- pois de todo o coraçãa e vontade, e votaria novamente se isso fos-e necessário. Já se vê pois que não alludo ao Contador de Marinha, alludo á verba voUda; e então perguntarei, por ventura um Ofíicial Maior núo

poderá equiparasse, a um Owiíador ? Não poderá -camparar-se coti^-um Sub-Inspeclor do Thesojurò? Ambos estes En-vpregados tem 1:200$000 reis, e um Offictal. Maior fica com um conto, de re'is: tem 800$ reis da bjíjetia^do, e 200$ reis de emolumentos ;•;contado» -muito latamerítíe.,- pois nunca lá chagam: as,certidões do cofre não dào senão 140, 150, 180$ re'is, ele. Não remontemos a épocas distantes, ívos naeaes passados, nse ;15($ réis de emolumentos mensaes; e jentâo o inaximo quê se pode esperar não excede £OQ$ -réis. .:..., -

- Ora, decida, a Gamara sQ.um Ofíicial Maior pôde tractar-se com decência em Lisboa, ar.nde os objectos da vida são.-mais caros do que em Londres com um conto de réis? E os seus immediatos os Ofíiciaes •Ordinários que também iè''in despesas forcadas, podem 9us.tentar-se com 600$ réis escassos? Eu enlen-ilo que não, e entendo também que depois das votações da Camará não é possivel deixar de elevar este algarismo do Orçamento, e pô-lo ern harmonia com o vencido ; se a Camará na sua Sabedoria o não fizer, não hei de deixar de respeitar a sua decisão, roas também não hei de deixar de chamar a sua attenção sobre as verbas do Thesouro. Não é possível votar um algarismo tão pequeno p»ra as Secretarias-de Estado, quando nas outras Repartições, os seus primeiros Empregados têem um conto e duzentos, os segundos têem um conto, os Sub-Chefes têt-m 800$ réis, e outras Classes, como por exemplo, os Amanuenses de segunda Classe têem 300$ réis; isto é, 60$ réis mais que os das Secretarias de Esudo. Eu não quero fazer longos discursos sobre similhante objecto que não os carece elle, pois é matéria de mera consideração para a Camará.

Agora, Sr. Presidente, não posso deixar de accres-centar duas palavras sobre o parecer da Commis.-ào. Diz o parecer que os emolumentos não são prop-ie-dade de ninguém ; é verdade, mas pergunto eu, com que direito se tiram elles aos Offkiaes de Stddataria, e se dão a outros Empregados, ás Administrações Geraes? (Apoiados}. Como se ha de applscar uma regra para uns, e fazer uma excepção para outros? Eu entendo que tal não é a intenção da Camará, no entanto se ella não attender ás.circums. tancias especiaes em que se acham os Officiaes de Secretaria, sancciona um acto de injustiça relativa.