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que çstas ^rovisaes fossem cQnsjgrjadas na Lei, que se não, fecha-se o Parlamento de 43 debaixo do peso de um iinmenso descrédito, porque depois de uma Sessão de 6 mezes destinada a trabalhos para a organisação das finanças, tudo se reduziu a dar um voto de confiança ao Governo l Isto será bom, mas eu não o queria paia mim. .; . .

O Sr. Mii$istr

. Sr, Presidente, o facto ahi se pas.sou, não ha ainda quarenta e oito horas; appello para o testemunho da^ Camará ; o Governo declarou, os seus. naoti-.vos; não teve outros: ,o. Governo viu avisinhar-se o termo do actuai anno económico, e viu que cliega-ría o áYa 3O rjfetfunfio sem ier passaáo o syslema d"e Fazenda; que. havia de fazer o Governo em boa fé ? Munir-se de uma auctorisação para cobrar os tribu-,tos; foi esta a linguagem que aqui apresentou. Então porque apparece aqui por segunda e terceira vez esta reflexão ? Quando não acreditou o Governo quando elle faliou no outro dia votou contra o Go» vernó; mas a Camará^ .'na sua Maioria, acredito» que,o Governo era sincero. ()ra ;a,gora digo eu também: .não ha no Ministério, olhado individualmente, motivo algum .para receiar que elle não te-G.\va. \xvuU,o vwtetççàe em \£r o^auvàíx.* a ÈVí£,v\d-em ; todo o Ministério, (e eu entrando neste numero) tem feito, por differcntes vezes, tentativas muito sérias pára trazer este negocio a effeito; tem sido infeliz, ou-para; melhor d:izer, temos sido infelizes; a Historia isso lios mostra, porque, quando em Portugal está para se obter alguma cousa de grande vantagem, lá apparece um espirito rnáo que vem transtornar tudo. IS os tivemos aqui quasi urna resolução de?te negocio, (fallo nisto porque o nobre Deputado se referiu aos trabalhos da Cornmissão •externa) tivemos, como disse, um hoiisonte claro por alguns dias; pareceu que naquella occasião se po-diarn organisar as Finanças; e corntudo vimos dês-apparecer todas as'esperanças que se tinham concebido. Esta é a verdade ; e nisto não farei mais dó que repetir a expressão de um iflustre Portuguez na outra parte do Corpo Legislativo, que vem muito a propósito.

Este grande Estadista, de todos conhecido, e qile faz muiía honra aos nossos Políticos, quando foi arguido, porque não tinha 'exigido a entrega deOliven-ça, disse: esse negocio estava concluído; Olivenca ia a ser-nos entregue, rnas o máo fado quê persegue

Portugal fez que, quando Oliveu.ça devia ser entregue, se accendesse a guerra de Monte-Video, e tudo se transtornou. Ora aqui está donde provém as nossas desgraças; tem sido uma serie de fatalidades. Agora mesmo que nós temos todos os documentos ]de que carecemos para organisar as Finanças, rnas que ao mesmo tempo precisamos estar prevenidos para. o caso em que por qualquer ciicumstancia imprevista, mesmo pelo abandono em que os Srs. Deputados podem deixar a Camará, e por outros motivos, uãq possamos levar este systema por diante, agora que o Governo pede uma simples auclorisação para estar prevenido, diz-se que o Governo o que quer, é ficar com a auctorisação e nos primeiros dous rnezes gastar tudo, e deixar o Paiz na mesma miséria, ou peior do que se achava! Sr. Presidente, o nobre Dep.utado não acredita isto; eu tenho mais direito á sua estima; elle não acredita que haja tal pensamento em nenhum dos Ministros. Pois a Administração quererá estar habilitada, ou deshabili-lada 'l Como.-é. que se g.overna bem, como é que se pôde fazer figura neste paiz?

. Mas, Sr. Presidente, torceu-se aqui uma expressão minha, ev disse-se: o Governo quer, mas não pôde; e porque não pôde vem usar desta alicanti-na; não se usou do termo, mas — comes to thesarne -— como dizem os Tnglezes, vem a ser a mesma cousa. Não é assiflj; appello, para a boa fé da Com-mi.ssão: ahi estão todos;, eu fallo diante delles: a Commissão disse ao Governo: —— nós approvamos o vosso plano; fazemos taes e taes modificações; tornamos sobre nós o odioso de apresentar algum excesso de receita; mas vós haveis de sujeitar-vos a estes vinte artigos que aqui estão;-i—será isto verdade ou não? Que disse o Governo? Acceiíamos. Mas agora que se retiram os meios, agora que se tira a condição, sinequanon, como podemos acceitar? $&» ^ç>àe. %ev \ 4, ^Q\ vyya ^\\ç. vt\\ &\o ^ ç^vxç. -à. Cç»^-missão andou muito sincera, e o Governo também; porque tanto da parte da Cornmissão, corno do Go-\erno, ha sinceridade: eu poderei ter falta de talentos, falta de meios; mas nunca hei de ter falta de sinceridade. E« acceito^ em nome do Governo, todas estas obrigações; mas, do mesmo modo e pela inesrna forma, que aCommiàsão as apresentou ao Governo; sem isso não pôde ser.

O Sr. Siioa Cabral: ^—Sr. Presidente, eu pou-