O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

288

universidade de Coimbra, quer logo que em logar de 4:000$000 réis, se lhe dêem 40; mas para os outros nada — para a universidade tudo quanto quizerem, para os outros abaixo tudo — Eis como, e o que é o illustre deputado. (Riso)

Tambem o illustre deputado disse — que era escusado o cirurgião ajudante, porque os soldados da guarda municipal quando doentes, se iam tractar á sua custa para o hospital. — Eu direi ao illustre deputado, que os soldados dos mais corpos militares, quando estão doentes, tambem se vão tractar para o hospital á custa do seu soldo. (Apoiados)

Quanto ao picador da guarda municipal, não é possivel dispensar-se; e eu desejava que o illustre deputado o sr. Cezar de Vasconcellos estivesse presente para dizer se é ou não exacto, que assim como vão alguns cavallos para a guarda já ensinados, tambem vão muitos por ensinar, como são os que vão do deposito geral de cavallaria; logo a existencia do logar de picador não se póde dispensar.

Quanto ás mantas tambem o illustre deputado disse — que o sr. Cezar de Vasconcellos, durante o tempo que commandou aguarda, nunca lhe comprou mantas: não sei, se isto é assim; mas direi ao illustre deputado que o sr. Cezar podia ter commandado a guarda municipal 5 annos e 9 mezes, e nunca ter dado mantas aos soldados, porque uma manta a um soldado é-lhe dada para 6 annos, logo podia o sr. Cezar ler commandado 5 annos e 9 mezes a guarda, e não ter dado manias; porque quando foi commandar a guarda podiam os soldados ler recebido mantas muito proximamente no tempo, que o sr. Cezar a foi commandar; logo o sr. Cezar não deu mantas aos soldados, porque lhes não podia dar o que elles já tinham. (Apoiados) Eis-aqui o que ha a respeito de mantas; e eis aqui o resultado do illustre deputado vir fallar naquillo que não sabe; á por isso que eu não digo missa porque não sei; foi o que succedeu ao illustre deputado (Riso); eu tambem podia fallar em chimica e dizer para ahi muita asneira, e todos rirem-se; e é por isso que o não faço.

Voto portanto pelo parecer da commissão.

O sr. Cazal Ribeiro: — Sr. presidente, eu pedi a palavra menos para defender o parecer da commissão, do que para dar explicações ácerca de uma insinuação lançada na camara pelo illustre deputado o sr. Pinto de Almeida, quando notou o meu nome, que se achava assignado no parecer da commissão do orçamento do anno passado, relativo ao ministerio do reino; allegando o illustre deputado, que a assignatura, que se achava no parecer do anno passado, era sufficiente para sustentar a proposta, que s. ex.ª havia feito. Mas o illustre deputado que leve tanto tempo e tanto vagar para ir vêr e examinar todas estas cousas, devia ler tambem bastante boa fé para vêr, que o meu nome não estava só assignado, mas estava assignado com declaração; e sendo assim, o nobre deputado não estava auctorisado para vir aqui fazer insinuações (Apoiados): taes insinuações desprezo-as completamente. Não dou ao nobre deputado, nem a ninguem o direito de duvidar da boa fé de meu procedimento em qualquer situação (Apoiados): duvide da minha razão, duvide da minha intelligencia, duvide das conclusões que tiro; mas não duvide nunca, porque lhe não dou direito para isso, da boa fé que eu me preso de sustentar; e com que me preso de entrar em todas as cousas. Sr. presidente, eu peço desculpa a v. ex. e á camara de me ter talvez irritado mais do que a cousa merecia, mas não podia deixar de o fazer em referencia á insinuação que acabava de me ser feita.

Agora quanto á questão, eu não duvido que o corpo da guarda municipal carece de algumas reformas; não são ellas precisas só alli, são precisas em muita parte, podem propôr-se muitas; mas a commissão intendeu, que era mais conveniente não usar agora desse direito; e em tudo quanto eram despezas estabelecidas por lei, votar a despeza.......

Pelo que diz respeito á verba para a compra de mantas, declaro ao illustre deputado que tive duvida em votar este addicionamento pedido pelo sr. ministro do reino; mas quando sube que esta verba, ou o dinheiro para a compra das manias saía da verba determinada para obras publicas; e era da destinada a concertos de igrejas e á conservação de monumentos historicos, confesso que não tive a menor duvida em que no orçamento se inserisse uma verba para a compra do mantas. Na verdade, elevar o colxão de um soldado, ás alturas de um monumento historico, o uma cousa altamente ridicula, que a commissão não devia propôr nem a camara approvar. Foi pois por este motivo que a commissão apresentou claramente a respectiva verba no orçamento para a compra de mantas.

A commissão não foi tambem mesquinha com a universidade. A commissão não vendo reclamação alguma a este respeito, nem da parte das auctoridades, nem da parte do governo, e havendo apenas a proposta de um illustre deputado, que foi sustentada a todo o trance pelo sr. Justino de Freitas na commissão, intendeu a commissão que não havia razão nenhuma justificavel para desde já se augmentar a verba para as despezas a cargo da universidade.

Feitas estas pequenas observações em resposta ao que disse o illustre deputado o sr. Pinto do Almeida, concluo votando pelo parecer da commissão, e nada mais me resta a dizer.

O sr. Presidente: — A hora deu, e por isso a ordem do dia para segunda feira é a continuação da que vinha para hoje; e para ocaso de se não poder entrar desde logo na ordem do dia, ficam dados os projectos n.º 80 e 63. Está levantada a sessão — Eram [horas e 3 quartos da tarde.

O 1.º REDACTOR

J. B. Gastão.