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prehéndia . nu por se terpin inscriptos orrtros, a ' qut»m a Lei não chamava. Feito isto a que chamarei apuramento, procedeu-se ao sorteio de Iodos os mancebos recenseados : e estes á medida que tiravam as suas sortes, apresentavam as escusas, que a Lei lhes dava, as quaes eram examinadas, e verificadas na presença d^a povoação inteira, co-rn urn caracter de soleinnidade qup não podia deixar de conter o íJuiz, que mais disposições tivesse para o arbítrio.

1-Ioje o Processo da Com missão- é este ; faz-se o recenseamento, e ò recenseador recensêa por con-stjqiipnoia quem quer, exíéíue o. fHUo do compadre y «afilhado, o filho do hnnietn poderoso, que in-flue nas eleições , ele. Mas os interessados podem reclamar, dir-se-ha ; mas quem ião os interessados? Q»tem sabe, que lhe ha de recahir a sorte ? K depois não e o -sorteio feito em segreàol^ VL não pode eMe vingar-se tio reclame n te, fazendo com que se declare, que a sorte nelle reeahiu? Corno se ha de ^rovor o contrario'? A Commissâo não pondero» pr>T certo estes inconvenientes-.

Sr. Presíd*Wte, o facto já provou q«e não era impossível fazer-se o Recrutamento peio methodo que indiquei. O Recrutamento para o Exercito Libertador foi immenso; 'etn et t tenção á população , de que se1 exigiu levou perto ^ie 3 mil praças, e eu que era Presidente do Concelho da minha localidade, que só á sua parte deu 361 recrutas, declaro que esse Recrutamento íevou tudo o q«e era re-crtitavei. Um anno depois fui errcarregado de fazeT outro Recrutamento, não faltou ninguém , assim como ao primeiro. Houve no primeiro Recruta* tnenío um facto muito notável, que honra aqu/ella povoação. A Lei ordenava que assistisse ao-Recm-tamenlo por parte do Marechal Commandante das Forças Militares na?quelle Archipelago, hoje Duque da Terceira, que assistisse urn Official Superior; «-foi designado para assistir na minha Muni» dpalidad*» o twavo Major Menezes, depois Briga-•deiro, e Barão d« Cabo da Praia. Este não tinha a fazer senão verificar se a recruta era feabil para o serviço, debaixo do ponto de vista militar. Quando acabou o sorteio , perguntei-lhe eu o que •queria-«IJ« faser dos recrutas? Nada — nesse caso sou de opinião, que se mandem embora, e se lhes fixe o dia, em que hão de comparecer. Assim se fez, e nem wn só deixou de se apresentar. Ora, Sr. Presidente-, eu eslo« persuadido de que isto foi d#v.ido á justiça e igualdade eoni que se fez esse Recrutamento. E hoje q«er-«í faz-er um Recr-uta-•mento á porta fechada , no qual se podem, fazer as •mais horríveis injustiças; porque vejam os S-rs. De-•putados a posiçíio de um homem qnie faz- um Recrutamento ; cercado por toda a gente ; porque to-•d»s querem excepções p-arasi: este homem na» tem •f-.rça para resistir; e coma 1-h'a ha de da|r a Lei ? •Transportando-os ao seio da povoação inteira, fazendo as excepções na presença de todos. Se; não se fizer obra assim , riâo se faz de outro ro.»do.

Os Srs. Ministros empenharam-se na confecção de urna Lei permanente de Lançamento de D=eci-ma ; permittam-me SS. EEx.as que lhes digai que lambem precisamos de uma Lei permanente de Recrutamento (tdpoiaéos}, e ao menos SS. BEx."2.. não deixarão de convir em que este Projecto e' excepcional , u ao co*nprehende as provisões que de-

vem estar consignadas n'uma Lei permanente'' de Recrutamento, só convém a um Paiz não organi-sado ; e um meio de Recrutamento peio qual nem o Imperador quiz fazer obra na occasiâo da sua Dicladura , na occasiâo ern que veiu com o Exer-•cilo de 7$aOO bravos conquistar o Reino de Portugal, e expellir o Usurpador que comrnandava um Exercito de SOJ^OOO homens. E fez bem , porque pdo verdadeiro processo, qnie. foi o que poz ern pratica, fez Exercito; desta rrraneira não o tinha Afeito.

Por todas estas razões entendo q*it> devo votar contra o Projecto, e propor que elle voite á Commissâo para que o reconsidere, e vonha propor um>a> Lei em harmonia çonv os verdadeiros princípios»

O Sr. Peixoto: — Sr. Presidenta ,. eu não perten-do entrar no merecimento deste Projecto; sei que é preciso «ma LçA à« H.ecm\.a\v\e.\\to, TO«^ nâ,o me acho "habilitado para julgar do merecimento desta e das mais Leis que ha sobre este objecto. tractando«se disto, eu peço ao Sr. Ministro no que TecomtneBàe ao"*àw W\W\%Vvç> <_ com='com' de='de' açores='açores' tempo='tempo' do='do' toda='toda' natucaes='natucaes' ate='ate' dar='dar' das='das' lhes='lhes' dpoúidlos='dpoúidlos' servido='servido' vem='vem' irem='irem' nas='nas' casa.='casa.' desde='desde' a.q.uella='a.q.uella' fileiras='fileiras' in='in' tag0:_='ser:_' ai='ai' sobre='sobre' acha='acha' já='já' obséquio='obséquio' que='que' numero='numero' tenha='tenha' toa='toa' dos.='dos.' ainda='ainda' requerimento='requerimento' campanha='campanha' porto='porto' se='se' então='então' terpeilar='terpeilar' para='para' fiz-='fiz-' não='não' mas='mas' _='_' só='só' acabada.='acabada.' tenção='tenção' baixa='baixa' a='a' exercita='exercita' sw='sw' os='os' prometteu='prometteu' e='e' f='f' guerra='guerra' m='m' ilhas='ilhas' grande='grande' soldados='soldados' o='o' p='p' _-hoje='_-hoje' quem='quem' tendo='tendo' qwe='qwe' lia-via='lia-via' fizeram='fizeram' xmlns:tag0='urn:x-prefix:ser'>

Pedia por consequência a S. Ex.* que tomasse ern consideração este mei» pedida a favor destes ho« mens e com a brevidade t^ue fq&se compatível cora •o Serviço Publico, se nâe poder ser j-á independentemente do Recrutamento., se desse a estes desgraçados liberdade para irem para a sua Pátria, para as suas famílias. EUes teem tanta., mais raxâo, por isso que vol u n lari arnente se offerecera m a servi r, confiados na promessa «olei«ne qcue o Imaioxtal Duque de Bragança lhes; fez d*e 03 mandar- para as suas terras finda a guerra da usurpação.

Espero qu£ o Sr. Mioistro tome em consideração este meu pedido.

O Sr. José Estevão:—Eu levanto-me para renovar o Protesto periódico, a que estou obrigado quando Leis desUas se apresenlata no 1'arlamento. Sempre que se bêem> discutido Leis de Recrutamento fundadas na incredulidade absoluta de preencher as indicações deste ramo de Serviço Publico, não digo já pelos princicios constitucionaes, mas pelos princípios luminososadmittidos em Monarchias que não são regidas por este systema , sempre que se tam querido voltar a todos os princípios da violência . do segredo, das operações clandestinas, eu tenho feito o meu Protesto periódico, crendo firmemente que ha nisto, em parte, uma má intelligemcia da nossa situação, e em parte um máo propósito.