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Q Sr. Lacerda: — Os precedentes, se be

O Sr. Presidente: —Se a Camará tomar esse accordo, eu desejaria, que estando presente o outro Sr. Deputado , Membro da Mesa, esta viesse a um accordo para o sujeitar á approvação da Camará.

A Camará decidiu qíie a Mesa se regulasse pelos precedentes.

O Sr. Presidente:—Estou persuadido que a Mesa não ha de estar -.ligada a precedentes relativamente á quantia para cuja fixação foi auctorisada, (Apoiados/ e pôde estar certa a Camará de que a Mesa nào ha de abusar desta faculdade, e tudo o que não for mesquinhez e o que ha de determinar, para que não possa .dizer-se «e' mesquinhez » creia que a Camará quer que se dê a estes Empregados alguma cousa (/Ipoiados—O Sr. Fonseca Magalhães: — Alguma cousa, coitadinhos.)

O Sr. Otlolint': — Era simplesmente para fazer uma pergunta á Mesa , e e : se já vieram os documentos, por mim pedidos, e prometidos pelo Governo, otstes de se fechar a Sessão, a tempo de se poder fazer obra por elles, sobre o Navio Gloria ? . . .

O Sr. Secretario Pereira dps fieis: — Não me consta que viessem. -b

O Si\ Ministro dos Negocio» Estrangeiros: — Ou hoje ou amanhã, o" mais tardar,. estão aqui os papeis sobre o Navio Gloria.

O Sr. Ottolini:— Amanhã e na ultima Sessão, já não é tempo.

(O Sr. José Estevão:— Em vindo até amanhã á noite, e quanto basta, é quando se despejam as casas.)

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: — Ora, Sr. Presidente, na .verdfut.e nào esperava ser assim fartado pelo illustte Deputado a quem res-peilo: os papeis s>ào muito extensos. Foi necessário juntar os papeis da Marinha co.m os dos .Estrangeiro* ; aias, p^rdóe-ae-ire a repetição, não me parece que i«io seja modo muito parlamentar. Pois, Sr. Presidente, quando eu assevero que os papeia vem hoje ou amanha, que provo eu ? Que tenho feito todo o possível para que elles sejam presentes á Camará. Se eu qnizesse usar He subterfúgios, poderia facilmente dizer — «não,convém que os pá-peis do Gtona venham hoje á Camará, porque é uma questão C

O Sr. Ottolini:—Não creio, que offendesse o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiro», quando disse — que chegando amanhã já não era tempo-— nào ha offensa nenhuma nisto, porque realmente vindo amanhã já não ha tempo de se fazer obra por «lies; hão-de ser examinados ehào-deir áCom-tntssão , e isto é impossível, que se faça amanhã, nào ha offensa nenhuma nisto. Isto não e negocio novo, ha um anno, que se está nesta questão, es* tá boje acabada, e por isso mesmo que é uma questão terminada , acabada, não era necessário, que viessem os conhecimentos para que S. Ex.a respondesse, e nào evitasse, como fez, responder e entrar na questão. Quando ha uma Tnterpcllação en>

que pôde nào se estar prompto para responder, é quando se discorda do facto, ^eu concordava com o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros no facto. S, Ex.a tern sido três ou quatro vezes interpellado, e S. Ex.a tem-se esquivado a entrar na questão, e ultimamente depois do negocio findo S. E.x.a disse

— que os esclarecimentos vinham logo —* eu disse

— que talvez não viessem a tempo de se fazer obra j>or elles —e S. Es.* repetiu-—que haviam de vir muito a tempo e não vieram — vêem agora que já não se pôde fazer obra por elles. Por consequência quando eu disse :— q»ie vinham no fim da Sessão, quando já se não podia fazer obra por elles — nào foi para offender a S. E\.a, porque riào terilio animo nenhum de atacar as pessoas, é somente dos factos que fallo.

O Sr. Ministro do Reino: — Sr. Presidente , o Governo não foge de tractar esta questão: folgará muito, que chegue o rnornento, em qsie possa tra-ctar-se , e então veremos se são fundadas toda» essas arguições e accusações, que o i Ilustre Deputa-.do apresentou. Os documentos foram pedidos pelo nobre Deputado ha um anno, mas incompetentemente ; porque foram pedidos quando não podiam vir, foram pedidos quando se traclava a questão, e não é quando se tractarn questões daquella natureza , que se devern mandar documentos daquelles. O negocio foi decidido ha um mez ou rnez e meio, e depois é que se tractou de eolligir os documentos para se mandarem, e então que razão tem o illustre Deputado para-dizer, q.ye o Governo quer fugir áque^tào, que nào qu«r entrar n'ella?... Não, Senhor, o negocio decidiu-se ha um mez ou mez e tanto, e entào eis-aqui o motivo: não tern vindo de então para cá pelo que já disse o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: ba documentos, que haviam de vir da Secretaria dos Negócios Estran geiros e

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros :-— Cedo da palavra, Sr. Presidente ; mas só desejava dizer uma cousa , e e que descance o illuslre Deputado , porque este negocio se resolveu como o pedia a dignidade da Coroa , como o pedia a boa fé' dos Tractados, como o pedia a boa intelligencia e harmonia com o Pau visinho, e como o pedia a segurança de que no futuro não ha de haver motivo de reclamações contra Portugal: dou-me por muito satisfeito de haver assim concluído este delicado negocio, (Apoiados.)

(O S. José Estevão: — Ate ahi estamos certos, mas sempre queremos ver os papeis, para não duvidarmos).

O Sr. Ottnlini: — Eu disse — que ha um anno não tive resposta, porque não veiu nenhum.documento; eu sei que'se concluiu o negocio ha mez e meio ; mas quando se pediam os esclarecimentos dis*e-so— não podem vir — porém nfxo houve resposta nenhuma lia um anno ; porque se os esclarecimentos não podiam vir, porque estava o negocio pendente, dissesse-se — que não podiam vir.—*