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Dada estas explicações, e abundando nas ponderações que acabam de fazer os nobres deputados em quanto á necessidade de se fazer com que os campos do Mondego, sáiam do estado anormal, e extremamente funesto debaixo de muitos pontos de vista, em que, se acham actualmente, concluo por dizer que da minha parte, logo que tenha promptos os trabalhos a que alludi, apresenta-los-hei á camara; e quanto ao mais não me opponho, nem posso oppôr me de sorte alguma a que se faça o maior bem que se possa aos campos do Mondego.

O sr. Pinto de Almeida. — Ouvi as respostas dadas pelo ex.mo ministro, e não posso deixar de novamente insistir para que s. ex. obrigue o empresario a cumprir o contracto que fez sobre a barra da Figueira; vindo a cumprir o termo que assignou na secretaria do reino, em que se obrigou a deitar a baixo os redentes, e a ter uma draga para a limpeza do porto da Figueira, como se vê da cópia da portaria de 16 de junho do ministerio do reino do anno passado, que tenho na mão.

Em quanto aos melhoramentos dos campos do Mondego direi que espero tanto de s. ex.ª, como da digna commissão de obras publicas, em que farão todo o possivel para que. o parecer da commissão appareça á luz do dia quanto antes, mostrando-se assim que se quer fazer justiça áquelles povos, de quem me honro de ser procurador.

Sei que já não se póde discutir nesta sessão, mas venha o parecer para se discutir na primeira occasião.

Espero, sr. presidente, que s. ex. mostrará a sua actividade costumada nestes dois negocios, que foram objecto da minha, interpellação, mostrando assim que attende ás justas reclamações daquelles povos.

O sr. Cezar de Vasconcellos: — Sr. presidente, uma vez que se invocou o meu testimunho, não tenho outro remedio senão dar uma explicação por parte da commissão de obras publicas.

Eu nunca disse que o sr. ministro das obras publicas embaraçara o andamento dos trabalhos da commissão a respeito dos campos do Mondego — o que disse foi, que constando á commissão que o governo tinha trabalhos preparados, e já muito adiantados a este respeito, os quaes tencionava em breve apresentar á camara, a commissão intendeu que neste caso era mais conveniente esperar pela apresentação desses trabalhos por parte do governo, até para a commissão poder dar um melhor parecer — isto foi o que disse, não que o sr. ministro embaraçara estes trabalhos; não podia ter dicto isto, porque não podia dizer uma cousa que se não passou. (Apoiados)

Agora pelo que toca á exigencia do illustre deputado, para que a commissão apresente o seu parecer quanto antes sobre este negocio, direi que, além da circumstancia já apontada, a commissão agora está tractando do projecto das estradas do Minho; e para mostrar ao illustre deputado e á camara que a commissão não se descuida do exame dos negocios que lhe são commettidos, tem uma reunião ámanhã com o sr. ministro das obras publicas, para ver se é possivel concluir os trabalhos relativos ás estradas do Minho, e na segunda-feira apresentar o seu parecer, a fim de ver se ainda nesta sessão se ultima definitivamente este negocio, que é urgente. (Apoiados)

Tambem tem, depois deste negocio, de examinar o que diz respeito ás obras da barra de Villa-Nova de Milfontes de que ainda hoje vieram á commissão as plantas e outros trabalhos para este fim.

Se durante o tempo desta sessão ainda vierem da parte do governo os trabalhos que o mesmo governo tem tenção de apresentar a respeito dos campos do Mondego, a commissão não se descuidará, e tractará delles com toda a especialidade de que é capaz.

O sr. Presidente: — A ordem do dia para segunda-feira é a que já se annunciou. Está levantada a sessão. — Era quasi meia noite.

O 1.º REDACTOR

J. B. Gavião.