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, hoje icem sitioà onde não vai o Parocho. Ora -pergunto eu: não terão estes povos mais necessidade do que os que já lá lêem Parocho? Creio que S. Ex.a ha de concordar comigo, em que se deve .«cimeiro occorrer áquella necessidade.

O Sr. Mouxinho d" Albuquerque:—Eu entendo, •eu sei , que na Ilha da Madeira ha Freguezias em oue as Côngruas são tão diminutas que existe a maior dimculdnde ecn fazer ir para lá -um Parocho, esle é o facto que conheço; eu tive a maior di-ffi-ciildade possível em conseguir que fosse um Parocho par'a uma das Freguezias da Ilha , a Côngrua é pequeníssima , o sitio quasi inhospito, os Povos 'extremamente pobres, ainda que elles quizessem fazer alns sacrifícios não os podiam fazer. -Portanto a primeira cousa que eu queria conseguir, era estabelecer a Côngrua sufficicnte aos Parochos ac-lu-aes,. e, como só diz que chega par-a alem disso crtí^ar os novos Curatos, depois então crearem-se. SA ra?ào de preferencia para os Curatos seria verdadeiro, s"e corn effeito estes fossem pagos por contribuição especial; mas todo o Mundo sabe que todas as despezas da Ilha da Madeira s»âo feitas si-fmilíaneâmente pelos Dízimos que se recolhem em geral , e depois pagam-se as Côngruas, mas essas Côngruas não sahem d** contribuição de eada Pa-pochia , síihem dn massa-geral; porque os Dízimos âòo recolhidos não só para satisfazer as-necessidades ecclesiaslicas, u>as também ás temporaes, eis a razão porque eu queria primo—segurar a subsistência dos acluaes, e depois estabelecer mais Curas se fosse necessário ; porque ine parece que pri-riíeiro que tudo, quando o Edifício se -acha montado COTO certo 'numero de elementos-e-se-reconhece fine e;ses elementos novos qus outros, então elevaremos -o-edi-ficio á aít«ra que-queremos ; este e' o modo de preceder em todas a* cousas.

O Sr. Cn-rdozo Castelln-Brnnco: — É possivel que haja nas actuaes Pregueias a-mesma necessidade que ha naquellas, aonde se pertende estabelecer Curatos; mas nós não podemos decidir hoje aqui, se em todas existe ou não esta necessidade , isto pertence ao Governo na execução desta Lei,> e por tanto pedia satisfazendo ás objecções do Sr. Mousinho-e aos fins do Projecto, que se refundissem estes dois artigos e se di?sesse :—O rendimento dos Benefícios vagos etc. , é applicado á creação de novos Curatos, e ao augmonto da Côngrua dos Parochos actuaes, etc. Depois nu execução da Lei o Governo verá sedeve-começar pelos Curatos existentes ou pelos Curatos novos, e assim parece-me que se satisfazem todos os desejos.

O Sr. Dias e Sonsa: — Sr. Presidente, pouco direi; porque o Projecto não leru-sidp-impirgnado

na idéa principal; apenas apparece agora uma emenda de-redacção, que não é outra cousa a Proposta do Sr. Castel-Branco : e appareceram lambem urnas reflexões do Sr, Mousinho relativamente á transposição que elle quer que se faça do Art.l.* para o Art. £.° , e esle para o L*

Parece-mo , Sr. Presidente , que pelos esclarecimentos de facto que vou dar á Camará, ficará mais •tranquillo o iilustrc Deputado que receia , que não haja meios de occorrer á deficiência das Côngruas de alguns Parochos da Ilha , que as lêem muiiissi-nio diminutas.

O esclarecimento de facto e esle. Ha nove Coi-legiadas na Ilha da Madeira, as quaea deviam ter pela sua Constituição 44- Beneficiados; não existem senão dois Collados e em exercício, dois únicos — todos os mais estão vagos, de maneira tjue podemos considerar todos os Benefícios de qce trocta o Projecto como vagos, e os seus rendimentos em cir-cumslancias de serem applicados para os fios do Projecto: e declaro que esses rendimentos são maij sufficienles desde já para as appiicaçòes que se pretende dar-4hes. Por tanto a douctrina do Projecto como está consignada, pôde passar sem haver rrceio algum dequeserrâo poisa altender a algumas Côngruas.-, que são muitíssimo diminutas, como se tem dito, e eu confirmo.

Quanto a attender-se primeiro ao augrnento das Côngruas existentes, permitta-me S. Ex.a que di-> virja da sua opinião. Nós tractamos aqui de duas cousas — remediar um mal reconhecidamente urgente, e melhorar uma situação: parece-me que ninguém hesitará em preferir a primeira parte á segunda — ikto é, melhorar primeiro o mal, reconhecido «a! pelas .Auctoridades mais competentes daquella Ilha, Eccíesiasticas e Civis; e depois Ira-etar de melhorar a situação actual de alguns Parochos? O prrmeiro acto e' de necessidade ; o segundo pôde di«er«se mais de utilidade.'Convém at-tender á melhor subsistência dos Parochos, cujos actuaes rendimentos são tenuissimos; mas esses Parochos exisíem servindo effectivainente, e os fieis sobre que elles tem o cuidado pastoral, recebem os soccorros espiriluaes de que carecem ; não suc-cede o mesmo aos outros, para os quaes se exige a creação de novos Curas. Julgo pois, que de qualquer modo, ou se approve a Emenda do illuare-Deputado, ou se não approve, consegue-se o rnes-n:o resultado ; e não acho razão bastante para que os artigos que aqui foram consignados pela Com-missâo, deixem de approvar-sr».

A minha primeira iclea, apezar de ter assinado e