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cticado um só acto pelo qual se possa dizer, que sou desattencioso com os membros da camara (Muitos apoiados e vozes: — É verdade, é verdade).

Tenho a honra de lêr e mandar para a mesa, por parte do meu collega, o sr. ministro das obras publicas, uma proposta de lei, para o governo adquirir um palacio que ha junto ao sitio da Cruz do Taboado, para nelle se estabelecer o instituto agricola. Peço a urgencia desta proposta.

Foi declarada urgente — E remetteu-se á commissão de fazenda.

(Consignar-se-ha quando se discutir o respectivo parecer).

O sr. Roussado Gorjão (Sobre a ordem): — Sr. presidente, eu pedi a palavra sobre a ordem, para que v. ex. tenha a bondade de consultar a camara se consente que eu falle n'um assumpto que é realmente pertencente á commissão de fazenda, que eu tenho por muito urgente e que não pôde ser tractado esta semana, porque os meus illustres collegas da commissão não puderam concorrer em numero: se v. ex.ª permitte, eu passarei a fazer a minha proposta (Vozes. — Falle, falle.)

A camara permittiu que se lhe desse a palavra. O sr. Roussado Gorjão: — Antes de entrar na materia sobre que tenho de fazer o meu requerimento, é necessario que eu assevere a v. ex.ª e á camara, que tenho recebido sempre dos meus illustres collegas, todas as attenções, e hoje mesmo as acabei de receber.

O assumpto sobre que tenho de chamar a attenção da camara, é o seguinte. Foi submettido ao exame e decisão da commissão de fazenda, um requerimento do ex.mo conde de Farrobo, a respeito do agio do papel-moeda; e intendendo eu que a commissão havia de dar um parecer definitivo pro ou contra tal requerimento, parecer que não se devia demorar muito tempo, porque os actos judiciaes, a respeito deste mesmo objecto vão continuando, não param, e podem trazer resultados fataes para a fazenda publica, combinei com os meus collegas ler hoje uma reunião para tractar deste assumpto. A reunião teve logar, mas estando a commissão em minoria; e de certo Os que fallaram, foi por motivo justificado; eu tenho umas observações escriptas que desejo sujeitar, não só ao conhecimento das commissões de fazenda e de legislação a quem este negocio está affecto, mas tambem ao da camara; e por isso, de accôrdo com os meus collegas venho apresental-as á camara, e pedir-lhe que as mande imprimir, para serem distribuidas pelos srs. deputados. Nesta conformidade pois mando para a mesa um papel que tem por titulo: — Opinião desenvolvida, e fundamentada de João Damazio Roussado Gorjão, deputado pelo Porto, e membro da commissão de fazenda, devotamente offerecida á esclarecida rectidão dos meus illustres collegas, sobre a impreterivel indispensabilidade de se promptificar o parecer concernente ao importantissimo requerimento do conde de Farrobo.

Peço portanto, que v. ex. consulte a camara sobre a urgencia e a impressão.

O sr. Presidente: — O sr. deputado Roussado Gorjão mandou para a mesa uma memoria, pedindo que ella seja impressa e distribuida pelas commissões de fazenda e legislação; e que se considere urgente para ir ás commissões mencionadas. Vou portanto consultar a camara sobre a urgencia.

O sr. Santos Monteiro: — Sr. presidente, eu tenho a pedir desculpa ao meu antigo e nobre amigo o sr. Roussado Gorjão, de não ter ido hoje á commissão de fazenda; mas se hoje faltei á commissão pela primeira vez, foi porque objecto de serviço publico me impediu que viesse á camara á hora em que a commissão se costuma reunir; disto preveni não só a s. ex.ª, mas tambem a alguns membros da commissão. (Vozes: — É verdade)

O sr. Roussado Gorjão: — É para confirmar o que acaba de dizer o meu illustre collega o sr. Santos Monteiro. Ora se eu insisto pela confecção de um parecer sobre este assumpto, é porque não quero tomar sobre mim a responsabilidade dos inconvenientes que podem provir á fazenda publica, pela demora da resolução definitiva deste objecto.

E pondo-se logo á volação

Se havia de imprimir-se a memoria apresentada pelo sr. Roussado Gorjão? Decidiu-se affirmativamente.

O sr. Placido de Abreu: — Eu pedi a palavra para requerer a v. ex.ª que visto haver-se distribuido o projecto n.º 107 relativo ás estradas do Minho, elle faça parte da ordem do dia de segunda feira.

Decidiu-se que sim.

O sr. Presidente: — Previno a camara que a discussão deste projecto terá logar sem prejuizo daquelles que já estavam dados para ordem do dia. (Apoiados)

ORDEM DO DIA.

Continua a discussão do projecto n.º 67 na especialidade.

E pondo-se logo A votação o

Additamento do sr. Cezar de Vasconcellos ao artigo 1.º, disse

O sr. Presidente: — Na sala não ha numero para se poder votar. A ordem do dia para segunda feira é a mesma que já estava designada para hoje, e mais os projectos n.ºs 97, 107 e 98. Está levantada a sessão. — Eram quasi 4 horas e meia da tarde.

O 1.º REDACTOR

J. B. Gastão