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desigual áqucllc-s lavradores com os agentes da Companhia das Lezírias. A Companhia fez as fabricas; e os lavradores entendem que não lhe devem pagar as fabricas. - E m fim tem isto andado n'uma desordem ha três annos. Peço pois a V. Ex.* que mande ler o Parecer que está sabre a Mesa. O Sr. Presidente : — Será lido amanhã. O Sr. Sá Nogueira: — Sr. Presidente, mando para a Mesa uma representação da Camará Municipal da Cidóde do Porlo, em que pede a esta Camará medidas Legislativas contra o contrabando, isto e, para se roprUnir o contrabando com prom-ptidâo: (e pede que os effeitos da Lei, que cila entende se deve fazer, sejam promptos, e não confor-memente aos da Lei actual ; parque o contrabando, segundo a Camará repiesenta, está-se fazendo abertamente- Mando para a Mesa a representação, e peço que BC já-tomada na devida consideração.

O Sr. Xavier da Silva: — Mando para a Mesa o «eguinte .*

REQUERIMENTO : — Requeiro se peça ao Governo, que, com urgência , remetia a esta Camará um mappa dos pagamentos que seeffectuararu no corrente anno ás classes inactivas, informando igualmente qual o ultimo que ce realizou no anno próximo pré-terito.zrrO Deputado.— Augusto Xavier da Silva. Sr. Presidente, eu peço que este requerimento seja reputado urgente pela Camará; pois espero que ' com brevidade se dê para discussão p Projecto N.° 2. (Apoiados.) E' sem questão que estes desgraçados estão ha 12 nuezes sem receber real do Governo ; de maneira que andam esmolando por essas ruas com vergonha da Nação, do Governo, e de todos. Homens qvic depois de terem feito serviços muitíssimo grandes ao Paiz, que estão reformados, outros que estão pensionados, e outros que lêem alimentos concedidos certamente por antigas Leis desta Casa, e por nossos predecessores, é facto que estão ha 12 mezes sem receberem nada ! Por consequência peço á Camará que com urgência se vote este requfrimen-. to; e a V. Ex.a que quanto antes se sirva Ar para a Ordem do Dia (se poder ser amanhã) o Projecto N.* 2.

O Sr: /. M. Grande: — Sr. Presidente, vi an-nunciada no Diário do Governo a arrematação e a venda do edifício e cerca do extincto Convento da Cartuxa da Cidade d'Evora. Este Convento, e esta cerca, em virtude de uma resolução tomada nesta Camará, não se tinha poeto, nem se podia pôr á venda. Eu havia aqui requerido que tanto a Casa corno a cerca, fossem destinados para uma Escola pratica de Agricultura. (Apoiados.) Nada mais necessário, Sr. Presidente, do que isso, (Apoiados.) E' necessário pelo menos que nas Províncias do Sul e Norte do Reino, existam duas Escolas praticas agronómicas, donde o Paiz ha de tirar grandes e importantíssimos resultados. (Apoiados.) Sr. Presidente, eu não conheço na Província do Alémtejo, e na maior parte das Casas Religiosas que ahi havia, nenhuma tão apropriada como esta, para uma Escola pratica de Agricultura; e uma Escola pratica de Agricultura existia ahi com cffoito no tempo doa Frades, que tinham uma grangearia no centro da cerca. Sr. Presidente , estou convencido que depois das estradas e da segurança dos campos, nada pôde concorrer tanto para a prosperidade da industria agrícola como são os bancos ruraes, e as Escó-VOL. 8.°— OUTUBRO — 1841.

Ias ruraes ou agronómicas. (Apoiados.) Pediria poí» a V. Ex.*, e á Camará, que reputando urgente cate requerimento o puzesse á votação. (Leu.)

Peço a V. Ex.* consulte a Camará sobre a urgência. E1 provável que isto não soffra discussão nenhuma. O que d'a

REQUERIMENTO.— Proponho que serecotnmen-de ao Governo haja de suspender a venda do edifi» cio e cerca do exlincto Convento da Cartuxa de Évora anruinciada em o Diário do Governo* —/o-òé Maria Grande.

O Sr. Gavião: — Mando para a Mesa o seguinte

REQUERIMENTO.— Requeremos que se remetia * ao Governo a representação que a Camará Munici- v pai de Braga dirigiu a esta Camará , queixando-se da venda das cercas denominadas dos Congregados, e do Populo; para que o Governo suspenda na ven-'da das mencionadas propriedades até novas averiguações. Sala da Camará 18 de Outubro de 184)1.— Gavião , Lacerda, João Elias, Falcão.

O Sr. Cezar de Pasconcellos: — Ped\ a palavra, quando falia vá o Sr. Deputado por Aleinquer, pedindo a V. Ex.* que desse quanto antes para ordem do dia, e até pediu que para amanhã se podesse ser, o Projecto N.* 2 r porque, Sr. Presidente, eu tenho tido muitas cartas de officiaes que pertencem a estas classes inactivas, e que se queixam do mesmo que acaba de dizer o Sr. Deputado, isto é de que ha irnmensos mezes que não recebem real. E tenho uma Carta de Bragança de um Major, que se não fosse não querer roubar tempo á Camará, havia de leUla nesta Casa. fí' um official que está impossibilitado de poder haver meios de subsistência ; que vive do s«iu soldo; e que recebeu nada menos de dezeiete graves feridas na guerra a favor da Liberdade e do Ttirono legitimo. Este official diz-me, que ha 22 mezes lhe devem 22 mezes de soldo, e que não lhe tem sido possível, por mais que tenha procurado rebater, ou haver algum dinheiro, por pouco que seja, para poder matar a fome a si e á sua família, obter cousa alguma , e vive em grande miséria. Eu pediria' que te desse a estes desgraçados uma diária de tostão, ou quer que fosse para matar a fome, ao menos que se desse aos que estão nestas ciecumsran-cias. Ora se estes servidores do Estado impossibilitados de poder viver, e este que recebeu dezesete graves feridas em combate, se hão de deixar morrer de fome, sem recurso algum ; porque este officialdiz — «não sei o modo como h^i de haver meios para não morrer de fome, tomara que ma aconselhassem um meio»: se, não tendo assim recurso algum, deixar de se discutir este Projecto, muito menos meios hão de ter estes desgraçados; porque emsum-ma esses rebatedores, cises indivíduo» que costumam rebater estão em expectativa, estão vendo qual será o resultado deste Projecto, e sem isto não querem rebater.