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senlou-a, porque houveram algumas apprehensões nas Províncias, de que çe ia lançar mào de todos os Bens destes Estabelecimentos, e então para prevenir esse alarme, é que se propoz se tirassem essas expressões; estas apprt-Lensôes são filhas do estado vertiginoso em que nos achamos; ha entre nós um não sei .que, que ou por representações, ou por alarmes, ou por insurreições cria um estado de reacção constante contra todas as medidas , ainda as mais justas.

Sr. Presidente, depois de offerecidas as Emendas de redacção» que foram adrniltidas, parece-me que devia toda a discussão recair sobre es»as Emendas, e não no Artigo coirto eíle eslava redigido (Apoiado) ainda mesono que subsistisse o Artigo tal qual está, de certo não se achava nelle matéria pela qual sé podessem dirigir á Commissão expressões que realmente não merece.

Eu, Sr. Presidente, sempre respeitei, e respeito ainda os talentos do nobre Orador que disse — que as Commissões dos Estabelecimentos Pios tinham as unhas agarradas ao património dos Estabelecimentos de Beneficência,-—e que ?ó as tinha desa-garrado, quando se offereceram as Emendas quê estão sobre a Mesa.

Sr. Presidente, ha três estados na vida, e em cada um delles sepóded?zer tudoquanto sequer, e'o da meninice, o da loucura , e o da velhice ; o Sr. Deputado de certo não se acha em nenhum destes estados, porque não é criança, nem louco, nem velho; ujas com tudo gosa do privilegio delies, por isso se entreteve com as expressões de que — as Com-rnissões das Misericórdias estava m agarradas com as unhas ao património dos Estabelecimentos de Beneficência.— Eu «spero que o Sr. Deputado ha de retirar estas expressões, porque elías são i «imerecidas , não quero usar de nlgumã represália á offensu que ine fez cbn?o Membro de uma dessas Cormnissões. (/ípoiado).

Sr. Presidente, o Anigo exprime o mesmo que exprimem as Etm;nd

Sr. Presidente, eu concluo requerendo que estas Emendas que e-stào sobre a Mesa que exprimem o pensamento da Cormuiesão , do Governo, e dos Srs. Deputados, que depois de admiiticras pela Camará sejam retnetlidas á Commissão para redigir o Artigo de modo que satisfaça a todos. (Apoiado).

O Sr. Presidente: — Eu recommendo aos Srs. Deputados que conservem na discussão toda a serenidade que for possive! ; pôde muito bem ser que se tenham usado de algumas expressões mais ou menos fortes, mas pôde também ser, e é certo que muitas vexes se usa delias sern intenção de offen-dcr ; o que eu espero, e peço e que não se repitam agora as scenas, que se já praticaram em outras Sessões, e'espero que continue, como até aqui, a guardar-se Ioda a serenidade. (Apoiado). Tem a palavra'o Sr. Ferrão.

O Sr. Ferrão: — Cedo da palavra.

O Sr. José Estevão : — V. Ex.a acaba de fazer as suas ponderações no estillo do costume, ponderações que para mira são sempre desnecessárias, e V. Ex.a apresenta-as sempre na occasião , em que esíou pnra fallar.

O Sr. Presidente: — Não era o Sr. Deputado •quem se seguia a fallar. qiiando 62 as minhas ponderações; era o Sr. Ferrão, porém como cedeu da palavra, por isso é que se seguiu o Sr. Deputado.

O Orador: — Muito bem; Sr. Presidente, eu respeito por todos os títulos o Sr. Deputado, que acabou de fallar; respeito-o pelos seus abalisados talentos , pela sua sabedoria, pela sua capacidade, pelo seu consumado saber nos differentes ramos, e assumptos cie Administração Publica, e respeito-o também pela sua idade. Ò Sr. Deputado disse que, se se estudasse a Legislação do nosso Paiz, lá achariam o contrario daquillo que nós temos sustentado ; Sr. Presidente, e' realmente no próprio exemplo que o Sr. Deputado deu, citando urna das nossas Leis, que está determinado o contrario daquillo qne S. S.a quiz sustentar. (Apoiado).

Sr. Presidente, o Sr. Deputado que por muito tempo exerceu a profissão de Juris-consulto, por obrigação , por profissão, por dever era obrigado a saber a Legislação do Paiz, e a conhecer clara, e realmente a lefra dessa Legislação; S. S.a, como toda a Camará ouviu, citou, na presença desta Camará, para sustentar as suas asserções, a letra de uma Lei , que era melhor a calasse, pelo modo porque a apresentou. Eu esperava, Sr. Presidente, que S. S.a como cavalheiro, como homem honrado fizesse a citação dessa Lei no seu verdadeiro e litle^ ral sentido, mas pela maneira porque citou essa Lei, ou a não entendeu, ou a citou de má fé'.... (Suxurro).

O Sr. Presidente: — As expressões de má f é não são admittidas pelo Regimento (slpoiado, Idpoia* do).

O Sr. José Estevão:— Sc. Presidente, repare V. Ex.a que eu.... .

O Sr. Presidente: — Eu chamo o Sr. Deputado á ordetn ; eu estava fallando, e o Sr. Deputado não deve interromper o Presidente. . é preciso pois.» .. .

O Sr. José JSstevâo: — Mas, Sr. Presidente, eu não disse...

O Sr. Presidente: — Chamo outra vez o Sr. Deputado á ordem ; não se queira agora repetir scenas que tem sido, e são sempre desastrosas. Eu peço aos Srs. Deputados que continuem ria discussão com aquellu serenidade, que tem havido até aqui; é preciso que o Sr. Deputado se abstenha de pronunciar as palavras de má fé.

O tír. José Exievão: — Sr. Presidente, eu não disse que o Sr. Deputado tinha citado de má fé, fiz uma disjunctiva; disse, que o Sr. Deputado, ou não tinha entendido a Lei, ou a tinha citado de rbá fé; torne o Sr. Deputado a disjunctiva como quizer, uma delias ha de lhe pertencer; e para mostrar que ou se deu uma, ou outra cousa, eu vou ler a Lei, que diz :