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O Sr. José Estevão:—-Sr. Presidente eu sinto ter por explicação, e no interesse da verdade, de insistir em algumas das censuras que fiz ao Sr. Ministro da Fazenda , inconvenientemente respondidas por elle.

Sr. Presidente, e' uni facto incontroverso, que a Cocnmissão Especial de Fazenda desta Casa, e o Governo se pronunciaram contra o ponto, e deda-raram que ponto era o salto nos pagamento aos diversos credores do Estado, sem distincçào; é incontestável que a Commissão, e que este Governo, depois de terem dito isto, e

Sr. P.rêsidente, eu nào sei que vantagem ha, para sã sustentar uma posição, de estar a enunciar proposições contrariadas pelos documentos da Ca-rnara, pula imprensa, e por todas, as pessoas pe-lanle as quaes se tracta 'de justificar isso. A contra-c[icçâo e' ílagrante, e' lerr.ivet, e clara; e eu não sei o que importa uunaueonUadicçâo n'um homem de _ Estado (Utiia voz: — Nào lia tal contradicção.) O Orador : — Nào ha tal ?! ... Ora essa ?! ... Nào ha tal t! Po\s a Comrnissào diz: (leu). Ora isto diz a Coosmisflào, e diz ainda mais isto (leu). Aqui está interrupção nos pagamentos, por este Ari. do Projecto que. se^discute; interrupção que a Comraissão disse que líaò quetiá, que o Governo disse não querer, que a Câmara" àpprovou não querer. Ainda mais, o Governo no seu Úplalorio diz (leu} — «as classes inactivas são classes"jdo Estado» — : atas agora que propõe o Governo 'ao seu Projecto de Lei ? Propõe isto (leu}. Eia-aqui pois uma corilradicçã» que existia no teupo cm que escreviam os Rotatórios, e se escrevia este Projecto de Lei; tanto maior agora quanto que o Governo foi tequintando na contradicção.

Mas, disse o Sr. Ministro, que o que cumpria era saber, se havia intenção, ou se o Governo tinha intenção de propor o ponto para as classes inactivas. Ora, Sr. Presidente, assim não pôde haver contradicção da parte de homern algum ; porque até aqui contradicção chamava-se á opposição entre duas idéas, agora chama-se contradicção á opposição entre uma idéa e uma intenção: assim nunca S. Ex.a pôde estar em conlradicção. S. Ex.* colloco.i-se n'iHna posição lógica, na q"ual é impossível achar contradicção: éimpossiVtíl, perfeitamente impossível. Se a questão se reduz á antiga definição de contradicção, então não ha duvida que se contraísse.

Sr. Presidente, a contradicção não c nada pelo que toca ao credito dos Srs. Ministros, mas a contradicção é rnuito quando affpcln interesses; é este o nosso caso. Eila contradicção affecta os interesses das ciasses inactivas, e foi no interesse destas cla&se* que eu a notei.

Disse S. Ex.% que conveio na diminuição do numero de decimajs que se impunha a estas classes; mas quem foi que propôz a diminuição, nuo rói esta lado da Camará? Foi. S. Ex.a operou grandemente neste negocio, e verdade, porque condescendeu. Disse-se — « mais de usna decima e injustiça» — « pois (respondeu S. Ex.a) paguem uns urna, outros duas» — : tornou a dizer-se—-«nada, ainda assim ha VOIi. 8.°—OUTUBHO— 1841.

injustiça » — «t pois paguam todos uma » — respondeu S. Ex.*. Disse-se — eco Ministro não pôde paga'r os quatro mezes atrasados, não pódfi fazer mais do que ca-pitalisar»— «pois cedo disso» — respondeu S. Ex.a — «e vamos sócapitalisar» — Isto prova que o Sr. Ministro operou grandemente: mas nós queremos mais do que isto, queremos medidas goraes e não parciaes.

Sr, Presidente , S. Ex.ft não e capaz de demonstrar que esta medida sendo conveniente a xima espécie de classes, o não e' a outra.

Diz S. Ex.a: a medida é geral, lá está para aã classes aclivas; Sr. Presidente, nào é assim; porque áquellas