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Sr. Presidente, para mim a differença está clara, e vem da importância dos credores cessionários: quem negoceia ni->to e a plebe agiota; não pôde nada, não tem ordem, não tem po

e de miséria.....aqui está o Projecto.

O Sr. Ministro da, Fa%enda : — Eu estou magoado de ver o calor que o Sr. Deputado leo tomado nesta~ questão , com o qual tem feito itnmenso mal áquellas classes que tanto deseja beneficiai:.

Sr, Presidente, o nobre Deputado tern sido estranho aos nossos debates, não pôde inforrnar-se do qun se teís> passado; por isso argumentou differen-ternente do que e'.

Sr. Presidente, a capitalisação e' para todos, corn a differença que este Projecto ainda nãopas-ou nesta Ca^a , e o oulr;> já passou em ambas. Disse S. S,a —»se it>lo e útil para as ciasses inactivas, então porque senão faz o mesmo para todos1 = » Respondo, está feito: a differença e' que para as activas estabeleceu-se o juro de 6 por cento, e para estas o de 3;' mas ainda assirn estou convencido de que não ha de vir ningviem. ...

Se eu affeetasse ler, como diz o Sr. Deputado que tern, a peito os interesses das classes inactivas, por certo que não exigia o que S. S.a exige ; mas eu que , parecendo ter menos ern altenção , na opinião de alguém, os interesse* destas classes, quero mais alguma cousa, pergunto se se fizer o que S. S.a o,uer, que beneficio vem d'ahi áb classes inactivas? Nenhum, porque o mez que lhe ha agora apagar é o de Abril de 4O, e pagando-lhe vai alguma cousa para esta? classes? Acho que não t e eis aqui está o motivo porque o Governo quer o contrario do que quer S. S.";'vindo por este rnodo a pagar-se ás. classes inactivas em cada mez o mez antecedente. E pensa o Sr. Deputado que começando a pagoi-se a e-tas classes coroo S. S.a quer, que os beus títulos teriam mais credito? Se o crê, engana-se; Unham o m»jsrno que têem agora, ou que lêem tido ; porque quem costuma ficar com esses títulos n ao acreditava que no mez seguinte havia de haver um pagamento.

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' Agorasijpponhamos que oGoverno tem sido eminentemente contradictono , em fim tudo quanto S. S.a quizer: pois acordando o Governo n'uma bella manhã com juízo, quer o Sr. Deputado combate-lo por isso?... (Riso.) Ora realmente não sei que haja a responder. Por tanto, Sr. Presidente, se o Sr. Deputado quer continuar a discutir, peco-lhe uma cousa, o e que discuta esle ponto — «conte*?» que no estado de atrazo em que estão os pagamentos das classes inactivas, se f aça ponto, ou não convém? — » o isto precisamente o que se deve discutir. Eu não S>CM qual das alternativas é melhor para as classes inactivas—-se os seus pagamentos hão de começar a ser em dia , ou na oídem do atrazo em que se acham : estou couvencido que a primeira e a me-

lhor; e o Sr. Deputado mesmo de certo a deseja: faço-lhe essa justiça.

Não irei ás mais observações que çe fizeram, por que seria repelir pela terceira, ou quarta \ez o que já tenho dito; mas se o fiz, foi por não ter outro remédio; porque também os meus "adversários nãi> têem feito senão repetir o que têem dito.

O Sr. Simas: — Mando para a Mesa o seguinte Parecer da Commissâo Especial de Fazenda, sobre as emendas vindas do Senado. (Len.)

O Sr. Presidente: — Na Mesa existe uma emenda mandada peio Sr. Ganet, e sern duvida que todo o Art. 3° se acha comprehéndido nessa emenda ern consequência das declarações, que se lêem feito. Entendo poii que a votação sobre este Art. se pôde reduzir a dous quesitos, os quaes salvarão todo o escrúpulo, e conciliarão as diversas opm.ões que têem vogado na Camaia: os quesitos são — u ha de haver o ponto $ e o pagamv^lo das classes inactivas ser f eito um mez em cada mês, ixlo é no mez sfguin» te o mez anterior?» —ou—• c; ha de cttntlnuar o pagamento na ordem chranalógica?» — (Apoiado) (f^ozes:—Votos, votos.) S

O Sr. Falcão: — Sr. Presidente, parece-me que esses dous quesitos não são os melhores para esta Gamara votar sobre esta importante matéria": É preciso salvar esta Camará da contradicção em que vai cair, appiovarido e-te Art. sem alguma decla-/açáo da paite de S. Ex.a o Si. Ministro da Fazenda. Assegura-se-me que a intenção d-; S. Ex.a é estabelecer uma capitalisação voluntária; e se a-sim e', então necessário se torna que ella se declare mui positivamente. Precisa-se ainda saber urna outra cousa, e é se ha de ter logar a capitalização desde 18.13, se mais proximamente: islo é que é preciso decidir-se , ou declarar-se antes da votação

O Sr. Mtni&lro da Fazenda: — Não sei por certo que logar lenha aqui a pergunta do Sr. Deputado. Qual ha de ser a minha opinião, eu o direi talvez daqui a meia hora , ou um quarto de hora — quando entrarmos na discussão do Art. seguinte: — ahi e' que então S. S.a d-ve fazer essa pergunta; agora somente se tracta da votação. A minha resposta á peigunla de S. S.a não tetn nada com este Ait.

O Sr. Falcão:—Eu pedi aquella explicação, não só para livrar esta Camará d'uma contradicção; mas também para meu esclarecimentos a fim de saber como havia de votar; entre tanto não insistirei. — Só digo, Sr. Ptesidenttí , que e' destes saltos que tern vindo o augmenlo da agiotagem, e a desordem em todas as Administrações: agora damos um salto, sern que tenhamos a convicção de podei mós pontualmente satisfazer no futuro: pediu-se primeiro um salto, para 38, depois um para 4l , e daqui a pouco virá outro para 42; e assim andaremos de salto e m saltinho, e o resultado é o descrédito. Em quanto houver estas distincçôes de dividas que têem differente origem, mas que têem igual direito, não pôde haver ciedito, nem ordem nas.finanças publicas: a Camará fará o que entender, que eu também votarei como entender.