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bulcões, ...cllc ha de apparecer; a Opposiçâo diz , nós também queremos contribuições,, mas queremos primeiro q'-ue fce façam todas as economias possíveis, depois de isto feito nós lambem hayernos ser Maioria , mas assim «ao, porque o Governo segue um caminho contrario, impõe aqui 20 réis no sal , e não v-é que vai matar esta Industria; e ainda outro ergumefilo da Maioria e', eu quero o tributo por força, porque quero sustentar o Governo , e o Governo que o pede, e porque tem necessidade delle, e quero isto, porque quero que se mantenha a ordem; e esta a grande pedra «ngular da Maioria ; porque se este Governo cáe, !á vai a ordem ; realmente fazem grande elogio ao Gover-flo, se a tranquilidade publica çonsist-e nelle, se estão convencidos do que dizem, fazem-lhe grande honra; mas parece-me que po-r aqui se vai ao contrario; já no pescado se vio o contrario, nas Misericórdias igualmente; o que se fez foi espalhar o terror pânico po-r tosa a parte; agora esle Projecto vai affectar um objecto de primeira necessidade, vai-lhe dar um golpe de morte, logo qual será o inodo de sustentar a ordem ? Será o Governo a impor iríbuios , -ou a. Opposiçâo a eouibale-los ? De (tferlo a Opposiçâo vai n'u m caminho opposio á desordem do Paiz, porque não quer Iodos esses Projeclos que vão -affeclar todas as* Industrias, e f»or consequência toda a ordem no Paíx.

Eu já disse que o sal nas salinas eslá , preço médio, a 20 réis.por alqueire, em algumas Províncias custa a 400, e a 600 réis por alqueire; eu julgo que o Projecto não passa, mas'se passar, Ven-cioso apresentar uma Emenda a favor da minha Província, não por espirito de Provi nrialisrno, mas peio que vi apresentar a respeito da carne no Art, 2.° A Província de Traz-os-Montes e a que está íiuuã dista'nte do litoral, aondt se faz o sal; o sal eus-t-a -alli 480 réis cada alqueire, por consequência devemos calcular que o sal custa por %conducção do Porto ate' Pinhão 160 reis, e de lá á Província outro tanto , porque de Já para diante vai em cavalgaduras; ora de Trí^z-os-Montes é d'onde vem a melhor carne salgada, o melhor presunto, e aonde o sã! tem um consumo muito grande, e é alíi aonde custa muito mais-caro, paga tanto que está em proporção com a carne no Districto de Lisboa ; logo se para Lisboa houve uma excepção a respeito da carne, para Traz-os-Montes deve haver a mesma excepção a respeito (do sal, porque Traz-os-Montes é excessivamente caro; e coiloca-f da esta Província nas mesmas circumstancias que Lisboa, respeito á carne, deve a Camará fazer-lhe igual justiça, porque dá-se o mesmo caso, 20 par c.tbT\Yo xnvv\v. \ogo è YviYpo^v*t\ v^Me ck Mamava àev^e de annuir a esle principio de justiça. E deve notar-se que este preço rflfidio em Traz-os-Monles ainda é regulado pelo retorno ; porque os Almocreves levam o sal,-e .trazem para baixo trigo; se não houvesse este retorno,, xfera-mais caro;--e fio,preço dosai influe muito o ganho do retorno dos grãos; não havendo pois esle retorno, pôde calcular-se que o .preço médio do sal em Traz-os-Montes é de 600 réis. Ora em 600 réis tirando um viniem para o sal, segue-sequo Traz-os-Montes paga 29 por cento mais que as outras Províncias; e te rido-se feito uma excepção para .-Lisboa-, porsp-agar- mais cara a carn-e, também para Traíz-ps-Monles deve haver

.excepção. .-Mas eu -AroJ.o. contra o Projecto , porque não erítendo como possa existir ursa contribuição que não seja sobre òprodticio liquido ; ft não .posso, de maU, approvar MO â h; imposto , sera que o Governo me esclareça' se é .verdade qne- o p&cço médio do sal é um quartinho; e se é verdade que o Governo qu«r que os Cidadãos correspondam com as contribuições proporcionadas ás suas forças. S« admittir estes dous princípios , heide negar infalivelmente este tributo. Estes esclarecimentos pertencem propriamente ao Sr. Ministro do Reino; e elle, negando-se a dá-los, ou não quer o bem da discussão, ou os ignora: escolha. Depois de dados Bestes esclarecimentos, 'pedirei a palavra. . O Sr. Agostinho Líbano:—(Sobre a ordem). ..P.edi .sobre a ordem, quando o nobre Deputado estava dirigindo perguntas. (OSr. Aguiar: — Falle rnais alio). Hei--de failar com a altura que eu qui-zer e poder : não necessito das insinuações do Sr. Deputado: se jião-oave, pôde vir para mais perto : eu teivho ouvido tudo quanto elle diz. Já não teem graça estes apartes; e do nobre Deputado menos graça teem : era melhor que conservasse a dignidade que lhe compete.

Sr. Presidente, pedi a palavra sobre a ordem jpara.desculpar o nobre Ministro da Fazenda. Entrei hoje um pouco tarde, por objectos de serviço, -e acabava de estar corn o nobre Ministro, que se propunha a partir já para a Camará. Objectos de .gravíssima imporlan-cia o detiveram (e eu sei qaaes são) por rnais algum tempo do que-eUe-tencionava : não foi por falta de dcs-ejos de estar presente, e de responder aos {Ilustres Deputados segundo os seus conhecimentos estatísticos.

O Sr. Presidente: — Eu rogo aos Srs. Deputados que guardem sempre a ordem e decoro na Camará.

O Sr. José Estevão:—Sr. Presidente, forço a minha disposição para não deixar sern 'a minha débil cen-ura este absurdo, e anachronisrno económico do imposto do. sal. •

Com esta .questão tern-se involvido outras transcendentes questões sobre a organisação da no-ss-a Fazenda Publica; mas a Camará não está em disposição de se entregar a estes assumptos graves; porque, além dos seus padecimentos chronicos, creio que está affectada de alguns soffrímenfos que costumam .locar todos os Poderes do Estado, neste Regimen Constitucional ; e por tanto não quero perturbar esta lucla de penas e de esperanças que anda pela Casa Ministerial.