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igualmente necessário estar mal*sm ififonoado, para que não repetisse ae^osaç^es sew fundamento contra o Governo, e pata (J;»e não obrigasse us Membros, que ò CQSftpeeãa»,â eulreler-se cr>m respostas, e a çcr-fr, que poderia ser dedicado ao sumço íonde possa resultar algum beneGcio O Digno Par avançou, que em obras pttlltieas eada SP linha feito, porque a Companhia eãearfefada delias 3e linha contentado com fazer promessas: muito sinto que assim se falle, e seguramente porque se não tem as devidas informações,

Não me occuparei cora o relaiorw das obras mandadas fazer pelo Governo directamente, e traetarei de informar ,1 Cam.ira unicamente pelo qoe respeita aos trabalhos a cargo da Companhia dVs Obra» Publicas.

Todos sabem em primeiro logar que a Companhia não leai obrigação de começar as obras a seu cargo, senão dentro de um anno, esta só consideração bastaria para não ser por em quanto arguida a Companhia . sejamos porém explícitos sobre este importante objesto. A Companhia não podia, amda que qimesse, dar um grande d«s-onvolvimcnto ás obras, e porque? porque lhe faltava o pessoal indispensável.i Ringue;, pôde pôr em duvida a capacidade c talentos do nosso Corpo de Engenheiros, considcrados^como Engenheiros militares, c como theoncos, mas todos sabem também, que, cosa pequenas excepções, a maior parte dclles nunca tiveram a pratica dos trabalhos sobre estradas — a Companhia teve portanto de organisar antes de tudo um Corpo de Engenheiros práticos, e hoje é esse Corpo composto já de 40 pessoas — 6 francezes — 8 belgas — l bes-panhol— 25 portuguczcs — contam-se neste numero dous Engenheiros de l * ordem — ura fran-ccz e nm belga — não tractarei agora de lhe fazer elogio, mas bastará que eu informe a Camará de que esses dous-Engenheiros estavam encarregados pelos seus respectivos Governos, como Engenheiros de í,3 ordem, em trabalhos de grande importância.

Não se diga que nada se tem feito, c se se considerar a estação em que nos achamos, deve desde logo conhecer-se que não é possível empregar ura grande numero de braços, porque será sacnGcar dinheiro sem grande resultado. No Minho por exemplo tem-se trabalhado com assiduidade, e já anda por perto de 250 contos de réis a despeza alh feita com as estradas c competentes expropriações. Quer a Camará saber quantos operários alh tem sido empregados? para cima de seis mil. Eu conto que no fim do próximo Verão estarão promptas pelo menos 2i logoas de estrada — á visto disto ninguém dirá que só vi-vcmos de promessas Mas não é só íslo o que se ,lem feito — ao Sul do Porto a estrada chega ao Picoto, para cá de Gnjó — nas immediações de Coimbra ha trabalhos, ainda que não muito importantes — Irdbalh.i-sc na estrada de Lisboa a Torres Vedra», do Carregai a Óbidos, e de Alhan-dra a Torres; não trabalharão nestes pontos menos de Ires mil pessoas — ao todo portanto nove mil. Deve porém allonder-se a que a estação em que no» achamos (repito) não é a mais própria para trabalhos — eu espero que na próxima Primavera grande desenvolvimento hão de ter os trabalhos sobre estradas.

Ê também havemos de ler caminho de ferro, není eu sei. como se possa já mcrepar a Companhia por similbantcfalta. Quem ha ahi que ignore-os trabalhos preparatórios a que é necessário proceder antes de começar a factura de ura caminho de ferro? Apesar de tudo posso affi.anc.ar á Camará, que os trabalhos relativos á primeira secção do caminho de feiru entre Lisboa e Sa-Cflvem, que é reputado o mais difificil, attenden-do ás sabidas da Capital, estão concluídos, e ha bem fundada esperança de que no próximo Verão os trabalhos definitivos hão de começar. Em fim, outros muitos trabalhos estão feitos; e para que o Sr. Conde de Lavradio possa mformar-se mais devidamente, estou authorisado pela Direcção da Companhia para rogar a S. Es.* qmeira passar peio escriplono da mesma Companhia, a fim de observar o que se tem feito.

Depois das considerações que lenho feito só nie resta observar, que a respeito da lei das estradas se observa o mesmo, que a respeito da lei da Ccmíri-buicão de repartição, e empregam-se Iodos os eslorços para impedir a sua execução — pertonde-se levantar o povo contra ella — e nau se reconhece que assim se torna a Governo impossível ! (apoiados,)

Outros muitos pontos deveria eft tocar ainda, porque deram fundamento á opposição para ac-easaf o Governo — mas eu estou cangado, e lambem observo que a Camará o cslá, vislo eslar já muito adiantada a bora — se for necessário tomarei de uovo a palavra, e desde ji peco a V. Em." me inscreva (apowdo&)\

O Sr. VICE-PRESIDENTE disse que a próxima Sessão teria logar naTerça-feifa (£), s&ndo a ordem do dia a continuação da discussão do pro-jeeto de Resposta ao Discurso da Coroa: fechou esta pelas quatro horas e meia da tarde.

CAMARÁ DOS SEtfHORES DEPUTADOS.

SESSW DE 3 DS FERREIRO DE 1846.

(Presidiencia do Sr. Gorjão Henriques.J

SENDO uma hora da tarde, e não se achando reu-njdo o numero legal dos Sr." Deputados, o Sf» Presidente observou que era melhor passarem *4p Coaimissões os que se achavam presentes.

Bfsse mais que , não lendo ajnda «ido diílri-bmdo na Camará o projecto de resposta ao dis-Mfrso do Throno, não era possível dá-la para or-do dia Ac amanhã, da-la-hia por lanlo para feírâ , se isso fosse compatível com as rc-

da Camará.

, tao* CABHAL:-—É melhor deixar aca-* discussão qa outra Camará (apoiados).

O Sr. PRESIDENTE *—Então amanhã anníincia-rei quando ha de entmr cm discussão.

A Gamara dos Pares, antes de se entrar na ordem do dia , foi lido ura requerimento do Sr. Arcebispo de Évora , em que pedia ser admitlido a tomar assento, por estarem satisfeitas as condições, que a Lei marcava para isso. Foi rippiovado o parecer da Commissão encarregada de o examinar, e dous Dignos Pai es, convidados pela Mesa , saturam afina de introduzir nasala a S. E\.a, que, prestado o seu juramento, tomou logar no banco dos Bispos.

O Sr Barreto Ferraz, sendo-lhe concedida a palavra para explicações pessoaes, ser-vui-se delia para insistir em todos os seus argumentos anteriores, e para explicar o motivo, que o separara da polilica do Gabinete. S. E\.n declarou , que as violências da ultima eleição eram a causa única da sua variarão , dando como razão os boletos, as ordens de prisão em branco, e o depoimento da testemunha , qne já citara.

O Sr. Ministro do Remo redarguiu con-cisamenle advertindo, que era justo, que se não esquecessem os excessos cornraettidos pelos adversários da opinião conservadora , o corte de vinhas, espancamentos, e assassínios; que estas violências é qne deviam influir no animo de S. Ex.a, e não os pretextos,-de que se valia para apresentar um voto hostil ao Governo.

Entrou-se na ordem do dia ; o Sr. Conde de Lavradio procurou restabelecer todos os argumentos, que já offerecéia, reconhecendo, que enganado por inexactas informações, exagerara o que se passou na quinta de seu irmào, ficando por isso sem base a sua m-lerpellaçào. Paia amanha continua o mesmo assumpto.

As folhas inglezas alcançam a 27 c as francezas até 25 do passado.

Por falia de espaço apenas podemos neste numero transcrever o discurso proferido pela Rainha Viclona na abertura do parlamento britan-nico a 22.

Mylords c Senhores

Tenho muita satisfação cm achar-vos reunidos no parlamento, e em ler occasião de recorrer a \ossa cooperação e ás vossas decisões.

Continuo a receber dos meus alhadas, e deou-tras potências estrangeiras as mais vivas manifestações dos seus desejos em cultivar relações amigáveis com este paiz. Congralulo-rae por ler, de accôrdo com o Imperador da Rússia, e pelo suc-ces-so da nossa conjuacla mediação, conseguido aplanar as differeoças entre a Porta Ottomana e o Rei da Pérsia, que haviam seriamente posto em perigo a tranquillidade do Oriente.

lia vários annos uma assoladora e sanguinolenta guerra tem flagellado os Estudos do Rio da Prata; o commercio de todas as nações tem sof-fndo interrupção, e lem-se commellido actos de barbaridade inauditos nos annaes das nações ei-\ilisadas. Em harmonia com o Rei dos francezes diligencciu effecluar a pacificação destes Estados. A convenção celebrada com a França no decurso do anno findo, para a mais effectiva sup-pressão do trafico da escravatura, vai em breve ser levada a immediata execução pela activa cooperação das duas polcacias na costa de África*

E meu desejo que a nosja actual união e a boa mlelligencia, que Ião felizmente subsista entre nós, possa sempre sep empregada para promover os interesses da humanidade, c segurar a paz do mundo.

Lamento que as reclamações em condido da (Irã-Bretanha e dos Eslsdos-Unidos, acerca do território na cosia do Norocsle da America, posto que tenham sido assumpto de repelida negociação, ainda se conservem pendentes.

Podeis ficar cerlos de que nenhum esferço consistente cem a honra nacional deixará de empie-gar-se pela minha parte para tcazer esta questão a uma breve e pacifica conclusão. Senhores da Camará dos Communs. O orçamento deste anno ser-vos-ha apresentado dentro em pouco.

Posto que aprecio p refunda me n t» a importância de fatcr verificar economias em todos os ramos da dcspeza, fui constrangida, apesar disso, pela devida atlenção ás exigências do serviço publico, e pelo estado dos nossos estabelecimcnto3 navaes & militares, a propor algum augmenlo nas verbas qne são destinadas a esse serviço. Mylords e Senhores

Tenho observado com grande pesar os mui fre-queutes exemplos cm que o crime de premeditado assassínio se (cm ultimamente commeltido na Irlanda.

Será do vosso dever consiilerar , se se pôde deparar com alguma mcdiJa calculada para dar incremento de protecção á vida, e para trazer aos tnbunaes os pcrpelradores de lio odioso at-lentado.

Lamento, que em consequência da fallencia da colheita das batatas em vários districlo» do Reino-Unido , haja deficiência no fornecimento de um objecto alimentar, que consliluo a principal subsistência de uma considerável porção de meus subdilos.

A enfermidade pela qual a planta ha sido afectada , prevaleceu na innior extensão na Irlanda. Adoplei todas as precauções a que podia recorrer para minorar os padecimentos resullanles dcsla calamidade ; o confio firmemente cm vossa

cooperação para encosIrar qnaesquer outros meios d© levar a effeilo o mesmo benévolo propósito com a íancção legislativa.

lenho lido muita satisfação em dar o meu assentimento ás medidas que me haveis apresentado em diversps períodos , para dar desenvolvimento ao commercio , e para fomento do engenho e industria domestica pela revogação de direitos pro-hibitivos, e modificação dos direitos protectores.

A prospera situação da renda publica , o au-gmenío da procura do trabalho , e o melhoramento geral, que tem tido logar na condição interna do paiz , são for lês manifestações em favor da tendência que haveis seguido.

Recommendo-vos, que tomeis em seria consideração , se os princípios que vos hão dirigido não poderão ainda ser mais extensamente appli-cados. e se não estará em vossas faculdades, depois da minuciosa revisão dos direitos sobre muitos artigos, produclo ou fabrico de outros paizes, fazer taes reducções e alterações que convirjam a assegurar a continuação dos grandes benefícios a que alludi ; e, pelo augmunto de nossas relações commerciaes, fortificar os laços de amizade com as nações estrangeiras.

Quaesqucr medidas que adopteis para conseguir estes grandes objectos, serão, espero, acompanhadas por precauções que possam prevenir perda permanente na receita , ou funestos resultados para algUm dos grandes interesses do paiz

Tenho plena confiança em vosso justo e imparcial juízo sobre matérias , que tão de perlo entendem com a riqueza publica.

£ o meu mais ardente voto , que com o auxilio da Divina Providencia para com vossas deliberações, possaes promover amigáveis disposições entre as diíTerenles classes dos meus subdilos, grangear garantias addiccionaes para a continuação da paz , e manter conleutamcnto e ventura nestes Reinos, augmenlando os confortos, e melhorando a condição da totalidade do meu povo

ESTRANGEIRAS.

GRABE-BRET AMH A.

LONDIIES, 16 de Janeiro.

cada vez com mais actividade os ar-*U mameutos dos navios de guerra. No dia 12 lan;ou-se ao mar cm Wolwich uma nova fragata

FRANÇA. PARIS, 15 de Janeiro.

As noticias que se receberam de Algeria são datadas de 24 do mcz passado, e dão acerca da subdivisão de Tlemccn os seguintes esclarecimentos

«O General de Cavaignac , depois de ler recebido a submissão das tribus da monlauha ao sul deTlemcen, marchou sobre o Ghossels para castigar o Chefe Mouley-Chirk , que pertcndia alle-rar a ordem estabelecida nas tribus subraetlidab.

Com effeilo anles que o General Cavaiguac li-vesse pisado o território dos Ghossels, foi avisado por vários dos seus pnncipacs habitantes de que aquellas tribus só esperavam a chegada dos frímcezcs para se submetlerem. O General conli-nuou a sua marcha , e apenas a sua columna foi apercebida poios árabes , estes vieram logo offe-reccr a sua submissão.

O General Cavajgnac , depois de ler ordenado lodo o necessário para a conservação da boa ordem , regressou a Tlemcen. (Debats.)

Idern 21. — Começou na Camará dos Deputados a discussão da mensagem em resposta ao discurso doTbrono. M.M.Leyraud e Ledru Rollm oraram na primeira sessão contra a política do Governo.

Na sessão seguinte faltaram largamente M M* Duverjur de Hauranne e Mr. Thiers no sentido da opposição.

Tioha havido em Paris uma grande revista em obséquio ao Embaixador de Marrocos , o qual agradeceu este testimunho de consideração por duas cartas que dirigiu ao Rei e ao Duque de Nemours. . *

ESTABOS PONTIFÍCIOS. ROMA* 13 de Janeiro.

O CONSISTÓRIO que devia venficar-sc depois de amanhã, foi adiado para o dia 19. Asseguram que Sua Santidade fall.irá nesta occasião ao sacro collegio dos negócios religiosos da Allcma-nha e dos movimentos dos dissidentes calholicos. Rouge e Czerski tem chegado já a ser um obje-clo de molu, e o primeiro esta boje sendo processado como agitador político. O verdadeiro m«-Ino que tem induzido Rouge a rcbellar-se contra a igreja de Roma, e porque sendo sacerdote, vivia dando escândalo com uma mulher, do que informado o Bispo de Trevesis, oídenou-lhc sob pena de rigoroso castigo, que rcg-ulasse a sua vida. Foi então quando este sacerdote, se fez chefe dos neo-calholicos. e é certo que o movimento religioso não teria obtido exilo algum, se a elle não se tivessem ajuntado causas política:.. Porém os novos profetas, favorecendo as idéas de liberdade, tem creado um parlido, o qual com ludo começa a abrir os olhos. O Santo Padre pensa em lançar ,i excoramunhão da igreja conlra estos saccrdutss rebeldes.

No mesmo consistório sr-rão proclamados Car-dtíacs, o pjlruiciu de Lisboa, c os Arcebispos de Nápoles e Aix. Com motivo da exaltação ao c.irdmdUito de um prelado francez , Air. Rossi , Ministro plenipotenciário da Franca, receberá hoje as felicitações do corpo diplomático, e dos car-dcaes e nobreza romana. A fachada do palácio

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da embaixada de França , como às da Academia de Bellas Artes e templo de S. Luiz, se verão ij-lummadas com bcllos transparentes. A nomeação do Arcebispo deBourges para o cargo de cardeal, ficou adiada para outro consistório.

No dia 19 á noite os Embaixadores de Portugal e de Nápoles receberão as felicitações do corpo diplomático. É costume que quando os Car-deaes novamente eleitos residem em Roma, o Santo Padre lhes envia o capello por via dos seus altos dignitários: porém como agora os três se acham ausentes, o capello lhes será levado a cada um dellcs por um commissano apostólico. Além disso como segundo o ceremooial da corte de Roma os novos Cardeaes se dirigem no dia da sua eleição ao Vaticano para agradecer ao Papa, desta vez os Embaixadores de Portugal , França e Nápoles, irão desempenhar esíe dever em, nome dos titulares da respectiva nação.

Espalhou-se o rumor de que o Czar, antes da sua partida, tinha enviado uma somma de vinte mil cruzados aos curas de Roma, para ser distribuída entre os pobres das suas parochias, e que os sacerdotes tinham rejeitado essa esmola por motivos políticos. A verdade é que o Imperador deixou, não vinte mil, mas sim dez mil cruzados ao seu embaixador para serem distribuídos aos pobres , e que quando Mr. de Boutenieff voltou da sua excursão a Florença, pediu ao governador de Roma uma nota dos pobres que mais mereciam ser soccorndos, e já se procedeu á distribuição do donativo do Czar. Este mandou lambem quatrocentos escudos para a ig-reja dos polacos para o clero deste templo polaco.

Nos princípios da primavera partirá daqui uma missão apostólica, que se dirigirá ao interior da África, para pregar alli o Evangelho. Ha dous ânuos que alguns commerciantes de Malta se aventuraram no interior da África, reunindo-se á grande caravana de Tomboukta. Assim chegaram ás fonles do Nígre, onde encontraram populações prelas de um caracter muito meigo, e as quaes, depois de os ter ouvido fallar das verdades divinas do chnstianismo, manifestaram o desejo de converter-se á Religião do Salvador. Osmaltezes, voltando á sua pátria, informaram immediatamen-le o Bispo calholico de Malta das boas disposições daquellas populações negras, porém já a sociedade demissionários inglezes de Londres, tendo sabido do que se tractava, se apressou a enviar dous dos seus membros para converter ao protestanlismo aquellas populações africanas. Porém esles missionários, depois de terem soffndo grandes trabalhos, não poderam chegar ae seu destino. Então foi quando o padre Rillo, da companhia de Jesus,, reitor do collegio da Propaganda, e muito conhecido já pelos seus brilhantes missioueiros na Pérsia, en'outros paizes do Oriente, foi offerecer-se ao Santo Padre para empre-hender esla penosa viagem. Sua Santidade acolheu commovido a offerta desle sacerdote, e lhe concedeu a permissão de se dirigir aquellas remotas regiões da África, para pregar nellas a religião de Jesus Chnsto.

O padre Rillo eslá aulhonsado para escolher, os companheiros de viagem que mais lhe convierem, e que julgue mau aplos para esta importante e difficil missão. Este sacerdote que falia e escreve muitas lingoas , c que é um homem summamente instruído , manifeslon o desejo de se aproveitar da sua viagem alravez de paizes desconhecidos , para se entregar a explorações scienlificas. Para isso conta com o apoio e os meios da sociedade gcographica de Paris. Esta missão é considerada como uma das mais impor-lanles que se tem emprebendido , pois se tracla de converter a immensas povoações que habitam o interior da África. Quão glorioso com effeilo seria para a córle de Rema derramar a luz do Evangelho naquelle paiz, foco da escravidão, e do Irafico da escravatura, conseguindo assim extirpar e,sle trafico odioso, conlra o qual luclam ba lanlo lempo as esquadras inglezas efrancezas. __________ (Heralão.)

PRUSSIA. BERLIM, 4 de Janeir».

OSYNODO prolestaute já deu principio ás suas sessões. Ha alguns dias que dissemos qual era o objecto desta assembléa religiosa . remover as causas de divisão que existem enlre as dif-feranles igrejas protestantes de Allemanha, estabelecendo uma espécie do symbolo geraL Mas esta emprcza é impossível altenta a natureza do protestanlismo, quedescança na liberdade da consciência. De todos os modos, o gabinete prussia-no conseguirá que Berlim seja considerado como a capital religiosa de Allemanha proteslanle, e a Prussia, que já se acha á frente do movimento económico, deve também occupar o mesmo logar no movimento religioso.

Ao mesmo lempo Frederico Guilherme julga que ludo o que for dar importância ás questões religiosa* enlre um povo «orno o allemão, será um meio excellenle de affasta-lo da agilação política que se nola em varias províncias. Não nos alrevemos 'a fazer commentanos sobre este sysle-ma, e só diremos que' na Allemdnbjv, na Soglaler-ra, e em muitos outros paizes, a agitação religiosa tem levado sempre após de si a agitação política ás reformas do dogma seguem-se as mudanças na constituição do Estado.