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Discurso que o ex.mo sr. ministro das obras publicas, conde de Castro, proferiu na sessão de 16 do corrente, em relação ao projecto da novação do contrato do caminho de ferro de sul e sueste e que por extracto se indicou em o Diario n.º 16, de 20 do corrente, a pag. 178, col. 2.ª

O sr. Ministro das Obras Publicas (Conde de Castro): — Sr. presidente, desde que tive a honra de me sentar junto dos meus collegas, tive para mim que esta administração tinha muito de que se occupar.

Posso dizer com verdade que na opção da pasta de que me encarregaria me decidi pela das obras publicas, apesar de muito trabalhosa e difficil, por entender em minha consciencia que em todas ellas havia muito a fazer, hoje mais do que em 1833 e 1834, como já disse n'esta camara. As necessidades da civilisação vão sempre em augmento. Uma descoberta trás outra descoberta, uma commodidade demanda outra commodidade, e n'estas circumstancias a área que se apresentava a desafiar os nossos serviços, era muito mais extensa do que n'aquella epocha a que acabei de referir-me.

Os caminhos de ferro, os melhoramentos commerciaes, os tratados, a dececação das terras, a plantação, e sobretudo o indispensavel equilibrio entre a receita e a despeza, tudo são outras tantas necessidades, que infelizmente veio agora que não poderemos remediar, porque ainda estamos (como disse uma pessoa de muito respeito e ha bem pouco tempo), ainda estamos em meia educação parlamentar.

Se um negocio como o de que se trata não podér discutir-se sem que fallem todos os membros da camara, eu não sei como poderemos dotar o paiz n'esta legislatura nem mesmo com as leis mais urgentes.