O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

N.º 12

SESSÃO DE 28 DE JANEIRO DE 1879

Presidencia do exmo. sr. Duque d’Avila e de Bolama

Secretarios — os dignos pares

Visconde de Soares Franco
Eduardo Montufar Barreiros

Ás duas horas e um quarto da tarde, estando presentes 22 dignos pares, o sr. presidente declarou aberta a sessão.

Lida a acta da precedente, julgou-se approvada, na conformidade do regimento, por não haver reclamação em contrario.

Mencionou-se a seguinte

Correspondencia

Um officio do ministerio da guerra, remettendo, sanccionados por Sua Magestade El-Rei, os authographos dos decretos das côrtes geraes, n.ºs 213, 217, 232, 234, 235, 241, 242, 246, 257,258, 207, 2C8, 271, 278, 280, 281 e 282.

Para o archivo.

O sr. Visconde de Seisal: — Tenho a declarar a v. exa. que por motivo justo não pude comparecer ás sessões d’esta camara, e que se estivesse presente, quando se votou a moção do digno paro sr. visconde de Bivar, tel-a ía approvado.

O sr. Presidente: — Lançar-se-ha na acta a declaração do digno par.

ORDEM DO DIA

O sr. Presidente: — Vamos entrar na ordem do dia. Temos em primeiro logar a eleger um membro que falta para a commissão dos negocios externos.

Para esta eleição basta a maioria relativa. As listas hão do contar um só nome.

O sr. Vaz Preto (sobre a ordem}: — Mando para a mesa um requerimento, pedindo esclarecimentos ao governo.

(Leu,).

Leu-se na mesa e é do teor seguinte:

Requerimento

Roqueiro que, pelo ministerio das obras publicas, seja enviada a esta camara uma nota com todas as verbas que se gastaram nos reparos do caminho de ferro do Minho, depois do ultimo descarrilamento.

Roqueiro igualmente, que seja mandada a esta camara uma nota do custo do toda a linha do Minho, o outra do custo de toda a linha do Douro, e bem assim outra de quanto é necessario gastar-se para ficarem ambas completas.

Roqueiro tambem uma nota dos orçamentos primitivos para cada uma das linhas.

Roqueiro uma nota das despezas feitas com a penitenciaria, até hoje, e bem assim que se declare qual foi o orçamento primitivo para aquella obra. = Vaz Preto.

Mandou-se expedir.

Procedeu-se á eleição de um membro para completar a commissão dos negocios externos.

O sr. Presidente: — Convido para servirem de escrutinadores, os srs. conde de Rio Maior e visconde de Seisal.

(Entra o sr. ministro da marinha.)

O sr. Presidente: — Entraram na uma vinte e cinco listas.

Devo prevenir os dignos pares, que acabando o escrutinio a que vão proceder-se, hei de propor á camara que as duas commissões que em seguida se hão de eleger, o sejam simultaneamente, fazendo-se a eleição em duas urnas. (Apoiados.)

Procedeu-se ao escrutinio respectivo á eleição de um membro para a commissão dos negocios externos, e verificou-se ter sido eleito o sr. Miguel Martins D’Antas, com 11 votos.

O sr. Presidente: — Está, portanto, eleito membro da commissão dos negocios externos o sr. Miguel Martins D’Antas, ficando assim, completa aquella commissão.

Temos agora a eleger a commissão de guerra, que devo ser composta, segundo o nosso regimento, de sete membros.

Proponho á camara que seja eleita pela mesma occasião a commissão da marinha e ultramar, que deve tambem ser composta, segundo o regimento, do sete membros.

Os dignos pares que approvam que assim se proceda, tenham a bondade de se levantar.

Foi approvada.

(Entra o sr. ministro dos negocios estrangeiros.)

O sr. Barros e Sá: — Proponho que a commissão de marinha seja composta do nove membros em vez de sete.

Posta á votação esta proposta foi approvada.

O sr. Conde de Rio Maior: — Proponho tambem que a commissão de guerra seja composta de novo membros em vez de sete.

Foi igualmente approvada esta proposta.

O sr. Presidente: — Tenho a observar que, pelo regimento, as commissões estão auctorisadas para pedir lhes sejam aggregados os dignos pares cuja cooperação julguem necessaria.

Quando aconteça que as commissões sejam compostas do um numero menor de membros., os dignos pares, que as compilem, podem tornal-as mais numerosas usando d’aquella faculdade, que o regimento lhes dá, isto é, pedir que sejam addidos ás commissões outros dignos pares.

Procedeu-se á eleição das commissões de guerra e á de marinha e ultramar.

O sr. Presidente: — Convido para servirem de escrutinadores os dignos pares, condo da Ribeira e D. Affonso de Ser na Pimentel.

Corrido o escrutinio para a commissão de guerra, verificou-se terem entrado na uma 34 listas, e findo elle disse

O sr. Presidente: — Entraram- na uma 34 listas, e por consequencia a maioria absoluta são 18 votos. Estão, pois, eleitos para a commissão de guerra os dignos pares:

General Palmeirim, com....................29 votos

Visconde de Sagres.........................29 »

D. Antonio José de Mello...................28 »

Marquez de Fronteira.......................27 »

General Sousa Pinto........................27 »

Barros e Sá..............................27 »

Marino João Franzini......................22 . »

D. Luiz da Camara Leme................... 20 »

São estes os dignos pares que tiveram maioria absoluta, e por conseguinte falta eleger um membro para ficar com-

12