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SESSÃO N.° 14 DE 21 DE FEVEREIRO DE 1896 131

O sr. Conde do Bomfim: — Peço a palavra, por parte da commissão de guerra.

O sr. Presidente: — Como está pendente de votação a proposta do sr. conde de Thomar, eu não posso conceder a palavra ao digno par. O sr. ministro do reino tambem pediu a palavra, mas pelo mesmo motivo eu não lha posso conceder.

Vozes: — Falle, falle.

O sr. Presidente: — Em vista da manifestação da camara, tem a palavra o sr. ministro do reino.

O sr. Ministro do Reino (Franco Castello Branco): — Julguei dever pedir a palavra para declarar ao digno par, que acabou de pedir a minha presença na proxima sessão, que aqui estarei.

Tenho quatro ou cinco annos de vida parlamentar como ministro, e até hoje nenhum deputado ou digno par me poderá arguir de eu fugir aos debates do parlamento.

Bem sei que s. exa. póde crear uma situação difficil, muito especialmente a mim, mas desde o momento que a minha obrigação é sujeitar-me, estou hoje e estarei sempre prompto a responder, não fugindo a qualquer responsabilidade.

(S. exa. não reviu.)

O sr. Presidente: — Em virtude da manifestação da camara para que se desse a palavra ao sr. ministro do reino, eu vou concedel-a tambem ao sr. conde do Bomfim, que a tinha pedido por parte da commissão de guerra.

Tem s. exa. a palavra.

O sr. Conde do Bomfim: — Pedi a palavra para declarar a v. exa. e á camara que tanto eu, como o sr. Baptista de Andrade, estamos e estaremos sempre promptos para reunir. Se a commissão não tem reunido, tem sido devido á falta de numero. É grande o nosso desejo de que se remunerem os serviços prestados pelo nosso exercito em Africa, e já quando se fallou da pensão que se devia dar á viuva de Caldas Xavier, se eu não propuz ou não tomei a iniciativa d’essa recompensa, foi porque o governo já a tinha proposto na outra camara.

Não desejo incorrer em censura, quer como simples membro do parlamento, quer como membro da commissão de guerra, e, repito, que o desejo da commissão é recompensar esses altos serviços, mas que a falta de numero tem’n’a inhibido de trabalhar.

(O digno par não reviu.)

O sr. Presidente: — Vou consultar a camara sobre a proposta do sr. conde de Thomar, que já foi lida, e sobre o voto de sentimento que propuz.

Os dignos pares que approvam estas propostas, tenham a bondade de se levantar.

Foi approvado.

O sr. Presidente: — Será, pois, inserido na acta um voto de sentimento pela ratastrophe occorrida em Santarem, o que se communicará á respectiva municipalidade.

Em cumprimento da resolução da camara sobre a proposta do sr. conde de Thomar, vou encerrar a sessão.

A proxima será na terça feira, 25 do corrente, e a ordem do dia a apresentação de pareceres, e a discussão do projecto de reforma da camara dos dignos pares, se o parecer for distribuido com a devida antecipação.

Está levantada a sessão.

Eram tres horas e vinte e cinco minutos da tarde.

Dignos pares presentes á sessão de 21 de fevereiro de 1896

Exmos. srs.: Luiz Frederico de Bivar Gomes da Costa; Marquez das Minas; Condes, do Bomfim, de Carnide, de Gouveia, de Lagoaça, de Macedo, de Thomar; Viscondes, de Athouguia, da Silva Carvalho; Moraes Carvalho, Sá Brandão, Serpa Pimentel, Arthur Hintze Ribeiro, Cau da Costa, Ferreira Novaes, Palmeirim, Cypriano Jardim, Costa e Silva, Margiochi, Jeronymo Pimentel, Baptista de Andrade, José Maria dos Santos, Pessoa de Amorim, Marçal Pacheco.

O redactor = Alberto Pimentel.