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100:00o/000'

rái-i. f05*"* Cmde ãa '/a!Píl— V somma Lutai?,..). 300:000/000 de réis, menot alguns mil r«lis; É a quantia, com que o Governo tem obrigação de entrar; portanto não dpvp nail.j á cumpanhij.

porém, diz o digno Par que estas snmm.v en-traraDB por uma pinta e snír.im por outra, e por eoageguÍDte a Companhia do caminho de frrro IDaI pode fazer os spob trabalhos, por isso que ]he desviaram os seus dinheiro*! Ora o digno par fluiz talvez refprir-se á suhstituiçãu que se fez por inscripções de rorla quantia que o Governo recebeu da Companhia do caminho de ferro, e a qne a Companhia se prestara, purque se achava para isso auliiorisaria por lei; reliro-me a SOOima em deposito, o com a qual a Companhia havia entrado na conformidade do spu contracto nu Junta do credito puhliro, porque cm quanto aos dioheiros que estavam á oispusirío da mesma Companhia para serem applicados á conslrurção do caminho de ferro, ahi nem se quer e»1 locou n'um >ó real. Tracta-se, poi«, da» somma em de-poaito na Janta do credito publico, o que piimei-ramente estivera no Banco de í.on-irp-.; mns que tendo-se por esse motivo feito uma certa exposição ao Governo, como sp aquelle dinheiro estivesse pouco seguro no Itanco de Inglaterra, nenhuma duvida tive em o mandar transferir para a Janta do credito publico. () Governo, pois, levantou do deposito feito p«Ia Companhia ca-miobo de ferro a quantia de ISO cor.tos de reis; podia ter ido busc.ir essa quantia á praça, já não digo a 10 e a 12 por cento, como antigizm-nle se fazia, mas a 7 e meio por rento, como psm Administração tem conspfifiii.Jo faser as suas operações de thesonraria; entretanto não o fez assim, porque antes quiz obter aquella somma a 6 por cento, não só porque a uompaiihia estica por lei devidamente authorisada par.i i-mi, não «¦> porque o Governo tinha também p.ira isso auihuriMção legal, mas porque intendemos qne era > mercado, que poderia at£ favorecer um jogo de fundos pouco leal.

Não convinha, Sr. Presidente, que a Companhia, usando da faculdadp que lhe dava o seu contracto, fosse ao marcado comprar n valnr de 180 contos de réis, que produziriam proximamente pelo preço actual 460 contos de réis notnmaes em inscripções. Todos nos sabemos qu

Sr. Presidente, vou oceupar-ine de respmníer ao digno Par o Sr Conde de Thornvr, relpíiva-. mente ao seu discurso pronunciado neila c-saa n'uma das seaíões passadas, c íar?] t«d>i a ^sli-geocia possível pnra não oftanrier me riiiieira ai-, guma a susceptibilidade de .*». Ex.*; nío p >$to disso, « tsria muitrf pena se por \entur.» ihp oa-capasse alguma expressão qt>e poiiesse olfcndcr. o digno Par, on outro qualquer membro nsstd casa ; pelo menos emprego tonos os meios ao meu alcance, e faço todos os esforços paia conseguir este fim.

Entretanto o digno Par pela sua posição especial, pcld aulhoridadr d.i sua palavra, c pelo antigo e lonço exercício dos primeiros cargos públicos, que oceupou por muitos nunoa, le/ arou*, sacões, e aceusações tão graves ao Governo em. relação á sua marcha política e .iriministrauva, que é impossível que eu deixe de lhe responder, e tão cabalmente, quanto couber nas minhas Pir-ças, para que não possam ficar de pé, c como inconcussos os argumentos apresentados por ti. Bx.a

Sr. Presidente, o digno Par, ha quasi três an-nos fora dos negócios, volta agora á «ida publica, e volta a esta Camará pretendendo ressuscitar todas as questões passadas, não só as que se referem a este Ministério, e que já estão sauecio-oadas por lei, porém muitas anteriores á Administração actual, algumas da vida publica de S. Ex.\ outras da dos seus adversários naquella época, substituindo n;sim 03 .seus interesses in-divídnaes aos interesses ceraes do paiz ; que de Certo lhe não importa saber se o digno Par tem sido bem ou mal avaliado, se os seus adversários políticos lêem sido mais ou menos justos, porquê O paiz o que quer primeiro que tudo <_ com='com' de='de' discurso='discurso' qoe='qoe' tempo='tempo' novo='novo' parte='parte' pr.igresso='pr.igresso' do='do' projecto='projecto' posto='posto' justiça='justiça' finamente='finamente' isto='isto' commercio='commercio' ordem='ordem' par='par' industria='industria' contente='contente' conde='conde' desmvolvimento='desmvolvimento' paz='paz' em='em' vivja='vivja' maleriaes='maleriaes' _-='_-' findes='findes' ao='ao' melhoramentos='melhoramentos' nobte='nobte' já='já' interromper='interromper' nação='nação' sua='sua' húanjath='húanjath' discórdia='discórdia' que='que' no='no' intendeu='intendeu' ra-nos='ra-nos' podia='podia' questões='questões' seus='seus' dos='dos' muito='muito' purtutruet.i='purtutruet.i' aus.-n-cia='aus.-n-cia' se='se' para='para' pomo='pomo' discussão='discussão' já.='já.' voltar='voltar' devia='devia' rta='rta' _='_' a='a' ser='ser' h.i='h.i' seu='seu' d='d' os='os' e='e' janr-ir='janr-ir' é='é' prosperidade='prosperidade' o='o' p='p' digno='digno' ó='ó' u='u' tudo='tudo' moio='moio' todos='todos' da='da' coroa='coroa'>

br. Presidente, tal*»1* que o pcicedinibilo dó" digno Par seja desculparei, porque dí-iciilpaveí,-peja a paixão a'un& homem qua fita nas circi:nj6l

tancits em que S; Ex.* se tem collicidov.T; :Tal-vefc que esses ímpetos, talvez qtm «fsài 4'xpres-sffes mais violentas possam ser relevadas péla benevolência da Camará; porém o digno1* Par no seu furor de revolver o passado a nitfguetn deixou ewi paz! Nera mesmo aos que jáf nãôStifení!.•.. Foi perturbar o silencio dos túmulos! Poi dewca-

tar á memoria.de um homem que já nãò existe__

de um homem illustre por tantos litulós/ e cujo nome não devia ter sido nunca recordado aqui para lhe attribnir um procedimento4 menos nobie, que elle era incapaz de jamais ter tido ! (apoiados) Sr. Presidente, ó pena que o'digno Par, a quem não faltam recursos para defender os seus princípios e as suas intenções, baixasse a simi-Jhanfe ataque ! Precisaria S. Ex.\ para justificar-se a si, ultrajar a memória dessehomem illustre, que foi Presidente desta Címara; que foi còllega do digno Par, de um honrem eminente em virtudes e em assignalados e éelêvantfes serviços a favor do seu paiz (tnuitorápoiaãps), de um homem que até por muitas razoes; 'note parece, não merecia ao digno Par o uHrájVque fez á sua memória (apoiados)! Mas. ha^situações, ha momentos, em que se não escuta ném a própria conveniência, porque falta o sangue ftío, porque a razão perturba-se, desvaira-se, «ífaz primeira victima o próprio orador allucinadô. *S. Ex.a fez allusões, que melhdr fora para elle e pára todos, que se não tivessem proferido. Quando estamos vestidos dé lueto, quando a naçãofnteira está de lueto comnosco, devia ter-nos poupado a afffonta de ouvirmos de sua bocca, em satisfação^ de um amor próprio desgraçado, uma allasãa mais desgraçada ainda (apoiados). Confesso que senti pular o coração dentro do peito! Aqui dentro desta Casa não só Pares do Reino, ha homens de-hôn-ra, ha cavalheiros, e que me digam, coma ínlo na consciência, se não sentiram o calor» de indignação subir-lhe ás faces, quando ouvártm ã ai-, lusão do digno. Par (muitos apoiado?: muito bèm}? Basta1! Não tfigo mais. ! '

Si«. Presidente, o digno Par qaiuio ê um membro obscuro da opposição noWrlameoto, o digno Pffp que é um chefd de partídqv que é um homels» pratico nos negócios, e nâs discussões, vem hoje còlloèajr-se fretíte a fretlte^ com o Mi-ni-terfc,-e novo atheieta denodado* atidat, pro-põfeiâe a luetar peito a peito, bra^ftavbirleoj com os actuaes Ministros! O digno PaVfWíaíêkn levanta o estandarte da òpposieão contra^ o?Governo, donde vem, que pertende, para ottde vai? Pertende as cadeiras do Poder?! Parei;© incrfí^l que depois de tantos êesengaúM; qaeítlêpQisèe desgostos tão acerbos, -e de fantas íetíteiâfas do paiz, o digno Par ainda amr>ieioú# vir *a»qr$í sentar-se ! Oh ! Sr/ PfêSidente, que tira htfmem que taoto tempo esteve á (esta dos negócios publkoi/ que tantos dissabores experimentou' alli, aíabí-cione ainda dirigir a administração do seu'-fiais!-Custa a erer!: Ambição nobre, e que não: pode censurar-se no homem que pela primeira vez sobe ao Poder, mas que quadra rnai «saqueUc que-d^e conhecer os espinhos de situação, porque osíteín experimentado. '

A oppo5ição quando é dirigida por um homem da têmpera do digno Par é preciso que apresente o seu programma, porque é necessário qoe ò paiz tfaiba ,o que tem a esperar delia quanio este'Ministério cair (o que eu espero nãò aconteça) aos golpes dessa, mesma oppoaição. Qual é o sefitsys-•tenaa? Quaes são'as suas idéas administrativas? Quaes são as garantias crue offerece para a bea e fiel execução das soas duutricias? Qoe pertetwte faier? O que, nos diz? Promette-nos fazer rêfípfeí o pasmado em toda a sua plenitude? Quer o dífno Par que tornemos a essa4 époea infrliz e, catt^m tosa, e que ahan^onemôs. a dehoje tão chet%||f pa?"e.de'bonança? Quer o áigao Par que s|c|ilí quemos esta quadra de segurança, de lranq|fl||i dade, e de liberdade (apoiados)*? E de Hbe||^|e amplíssima (apoiados) A Qu«r o digno Parlfpi^i voltemos ás scenas, ainda frescas na memoi^^^ todos, da soa Administração durante nove a^|^J em que dirigiu os negócios públicos? Qui||§l§.1 Ex.* que- se tornem a renovar ás luetas defg^^:; cada», que .durante a sua Administração eiplfjjrj guentaram o paia? Quer o digno Par guea ||l^íj chia volte, ao solo portuguez, que os ódios eatrem "de-novo no seio dâs fdmrlias, que tudo se^||^ turbe, que a ordem publica desappareça? f;Fô#l#; —Muito bem, muító bem.) Quer o 'digno*Par que.a agiotagem seja novamente erigida eas p?S&-cipio governativo, que os funecionarios públicos tenham de descontar" os seus pequenos ordenados por menos de metade, e que vão mendigar ás portas dos rebatedpres o pão que lhes deve- o Estado peto seu trabalho, e pelos seus sei-vicos?! Oh ! Sr.. Presidente; aqui vegtá o sudário fiel e verdadeiro de jama época que se pertende resus-cítar aigora! ¦ E é este medonho quadro que S. Ex.* ainda nos offerece? Pois não o acceitamos, e creio que o não acceitará a maioria desta Gamara (muitos apoiados)'. Não o acceitará a maioria do paiz (muitos apoiados), • ¦ *

E disse o digno Par> qne eu Javrei a sentença da regenaração! ; . . i *-¦

Em que?! Porçfue disse que não se fizessem allusões que pungiam? Porque nos revoltam as injurias inomerecidass, quer se. dirigem ao Gabinete? !. É isto lavrar a sentença da regeneração ?! Pois a regeneração — esta situação pojitica a que se tem dado este nome, não £ svmboliaada pejo Governo actual ? Aonde está o fundamento pelo qual o digno Par pôde dizer,' que eu lavrei a sentença da regeneração? O digno Par-quer-me, fazer responsável pela injustiça, das aceusações, «fu& diz lhe foram dirigidas por alguém, que*não «âtá presente? Eu podia fazer como o digna Par, que collocou diante de si, como um escudo impenetrável — os Cardeaes, os Arcebispos, os Bispos.j os Duques, os Marquezes, os Condes, os Yíscoq-des, os Barões, os Gt>neraes etc. etc. Podia col-bcar lambem diante de mim a reípoosabjiiidade pessoa^ de outros- indivíduos, porque eu não es-avs'na 4dàQJQislroção quando tiveram logar «sse?.

falféá {'Wifs/^ab etístutfó^praticártaes actos, não pòoBo hfng-uiem diantVdis âcèusaéões que se me 'ftzetafSIr èií: fôr réóVíé^raérfecer* censura da Ca-nòaral ápféséòtãr-roe-herfá^;sem ine escudar com a aufhofMadede pessW altttãaj seta coílocar en-tre miln e b mèií JQÍz*quáfqtfer nome, por mais . respeitável qtie seja* v * * l

' ¦ èri PrésidenlJe, o digno Par àtácõu fortemente, ,, de uma* maneira até cruel^ pefoijtta-nie que lhe diga, o"nòbtè Presidente do^Gòníèfhd, que se não acha presen,te; mas o Duque de Saldanha esteve 1 nesfa Gamafa em 1852, elle tfão ê homem capaz . de fugir — não fugia nancã —-*, e èiit|o, pergunto, por qm não veio o digno Par intèrpella-lo, que èlle decerto se saberia defender '{O Sr; Mãrquez de Loulé—"È verdade). Nâ*o o tinna então aqui S. Ex." para còmbaler cõ"m elle frente a frente? Decerto que sim, mus boje, três anãos depois, hoje qaéoDuque de Saldanha está ausente e en-fenno?í! Hõ^e é que reclama a sõa presefiça ! E se elle não pôde*vir,* são essas aceusações com-muns ao resto do Ministério ? O digno Par intende quefsSo; algumas sim,' et outras nao; mas o ' Tnfetf (folleglF o Sr Visconde â'Athouguia já pediu a palavra, *e entretanto eV* não espero por isso pára responder%d digno Psrr sobre-as suas àecu-saçõe»*aos actos goYernamentáes e adrãibistrati-vos; qualquer de nós responde por todos, e todos por um.* •'--.¦ * - à

Emptazou o digno Par o Ministro dá Fazenda para que declarasse se no Ministério a seu cargo tinha* achado delapidações, e eu apíesso-me afazer unia * decMracSo impoftaúle, importante para " a tranquillidade da minha consciência, porque i desêfoSempre ser justo para todos. — O Ministro da Fazenda'nõ tempo dí ultima administração do digno P&r merece para mim todo o condeito; re-*puto-o um homem mdito inttlligente e muito honrado (apoiados geràes). — Se se tracta de compro-mêtter a minha amizade pessoal, as sympathias quejeuhb por aqueHexiívtfihéíro, o respeito que consagro ás suas qualidades, * engana-se o digno Par. S. Ex.a foi collocar diante de si o seu col-lega como Ministro-da Fazenda, mas ôu devo dizer q ria-se provavelmeote indicar que se gasta#a mal e dô *nma maneira inconveniente para a causa publica, e ií-sfr 5e eu o quizer mostrar em felação a todo o tempo em que o digno Par dirigiu os negócios do Estado, teriafde gastar muitas sessões, e eançar muito a atteação da Gamara; além de que, esta questão vai muito longe; é questão de facto,, de datas, e de opiniões mesmo até certo ponto. Masse é ce?to, fcomo não pôde deixar de -ser, que a fazenda pnMica qtiando o digno Par ultimamente entrou para o Ministério estava affé-ctada profundamente por âconteciaieútos anteriores, quetod^s (exceptuando os que vieram antes de 1839) sio da responsabilidade do digno Par, já V. Em.a verá que não será demasiadamente difficil concluir, que as dífficuldtfdes accumula-das não podiam ser superadas pela intelligencia elevada do Ministro da Fazenda daquella época. Pois quem ignora qJue as revoluções suecessivas são o mwior elemento de- destruição de todas as finanças? Não- sabem todos que por maior que seja a capacidade e probidade na gfeíencia dos negócios do Estado, é ímpóssiye] em taes cireiims-tancias evitar que se transtornem completemente os negocias da fazenda ?- " -

Sr. Presidente, qaer Y. Em.a uma prova clara da desordem inewfaiel êtn que estava a fazenda publica por/essas cansas que eu referi? A prova foi a capitalisação ordenada pelo Governo nõ De-Jcrèto de 3 de Dezembro O Governo foi calcular tã^iáômmaá que estavam em divida em conseqtíen-fciai de despezas que por todos os Ministérios deveriam ter-se feito duraote os mezes atrasados a :todas as ciasses dos sertidores do Estad*>, e desta ísomma qae devia representar perto de 3 900 contos, tem vindo á capiíKlisação 2:400 e tantos contos, apenas, isto ê, 1:500 contos menos do qué deveriam vir, se áCaso os pagamentos se tivessem feito com a devida regulârídude, e se pelos dif-ferentes Míaístefios se não oVdenassem pagamentos a indivíduos especiaes, preferindo uns a outros, com desigualdades odiosas, e até reconhecidas por algumas Leis propostas no tempo do dfc gno Par; tal era a Lei que combati, e que.posso ainda reprovar, sobre a dratineção revoltante que se tinha estabelecido a favor de uma classe — os ofiiciaes arregimentados. Perguntarei pois ; é isto ordem ; é* isto regularidade; é isto*conveniência? pôde ser, mas; não é justiça, e o Governo que é increpado por mandar pagar a todos pontualmente no fim do mez, pelo menos n3o merecia as censuras do digno Par,- que distinguia o exercito; uma só parte do exercito, de todos os outro» corpos do Estado, e de todas as repartições publicas ! E é ainda o mesmo digno Par que nos diz que não se sustenta uma posição política só com o exercito!

ÓSr. Presidente, a outros que não a nós! A outros que sejam tão desiguaes na repartição dos1 dinheíros .públicos, -ainda- S. Ex.a poderia dizer isso ! É verdade qiue um digno Par, a quem eu honíem respondi, classificou o pagamento em dia — de rateio em dia', eeSqóeceu-me responder"en-* tão a S. Ex.a sobre, este ponto (Riso)'! Rateio em* dia! Sim senhor, é o que se faz ha muit^ari^ ( nos; não chega a mais, desgraçadamente, masno 11 menos, até onde chega, paga-se pontualmente no i fim do mez; isto é, paga-se integralmente, com '. as deduecões estabelecidas por Lei;a*issto é que i chamam rateio! Não temos essas distinoções re- l pugnantes insuportáveis dentro flVEttado, entre i umas, e outras corporações Na'M9rinhPa por exem- 1 pio, fazia-s§ mais! N$- ^a/rinha feavfaqtj 4,03$ çq.? | i

tidades: a marinhagem e Batalhão Naval; este fazia a guarnição a bordo e era pago em dia, e a marinhagem estava rota, esfarrapada, e quasi' nua, -como eu a vi, já depois de ser Ministro, indo a bordo dos nossos navios de guerra : htf-viam mannheiroâ aos quaes se deviam 40 mft-zesJ (Sensação.)

O Sr. Visconde de CasUllões—%sst$ quarenta-mezes era em relação a algumas praças, não açor*, tecia isso a toda a marinhagem.

O Omior-Pois bem, nem podia ser a todos. O br. Visconde de Castellões —- Se S. Ex.* fali» nos qae voltavam das Estações de Angolaou da índia, a esses sim, porque a alguns delles se deveriam os quarenta mezes ; mas já vinha de longe o atraso.

O Orador — Eu peço perdão ao digno Par, porque ninguém'deve ser mais atteocioso para coní S. Ex.* do qu« eu que tenho recebido provas da sua bondade/ que tomo como finezas, á que nao sou iodifferente; por tanto seria injustíssimo se fosse aggredir o digno Par; porém, eu não faço senão defender-me; não ataco ninguém ; estou-me justificando; e o digno Par, que fazia parte de um corpo moral chamado Mioisterio de 18 de Junhd, por mais diligencias que eu faça, tenho de o envolver n'algumas censuras, que todavia serão o mais brandas que me for possível em relação a S. Ex.a; de resto eu não vejo agora aqui senão o Sr. Conde de Thoraar, que era o Presidente dò Conselho nesse Ministério, e tudo o mais desapparece ao pé delle. Mas o Sr. Visconde de Castellões perdoar-me-ha que eu lhe diga que não intendeu bem o meu argumento; de certo, porque eu não me explicaria com clareza.

Eu disse que havia marinheiros aos quaes »e deviam quarenta mezes, e qae não acontecia assim ao batalhão naval, que era pago em dia, o qae posso provar com documentos. Fallarei, por exemplo, da fragata do deposito: nesse navio estava" um destacamento do batalhão naval, e todo» os quinze dias vinham remando pelo Tejo. nos respectivos escaleres os marinheiros que estavam rotos, e com uma divida enorme, para conduzirem os officiaes inferiores do batalhão naval que vinham receber a quinzena ! Voltava depois para bordo o escaler, e então representava-se alli a scena do pagamento aos soldados, ficando os ma-rojos a olhar! Esta desigualdade parece incrível que se podesse sustentar por tanto tempo; é uma cousa que espanta, "mas o facto existiu.

Sr. Presidente, o digno Par aceusou ainda nobre Duque de Saldanha por ter feito uma revolta a fim de melhorar a sua situação particular (O Sr. Ministro da Marinha:—Ouçam). Dizia o Duque de Saldanha, exclamou o digno Par, que estava morrendo de fome, tendo seis mil cruia-dos de renda, um dos maiores ordenados que se dão neste paiz. Por este motivo o actual Presidente do Conselho de Ministros fez uma revolução, em que todavia não foi seguido por um único homem que tívesSe bayoneta ! É muito notável, comtudo. Sr. Presidente, que um homem apenas acompanhado por cinco ou seis officiaes, atravessasse incólume e a seu salvo, o paiz inteiro, "sem levar comsigo uma nnica bayoneta! (apoia-*âos) Parece incrível, Sr. Presidente, que o povo portuguez, que sympathisava tanto com o digno Par e com a sua política, que as suas própria» authoridades, não achassem um indivíduo em todo o reino, que deitasse a mão ás rédeas do cavallo em que montava o Duque de Saldanha, (apoiados) Este facto," Sr. Presidente, qae é notório, não abona extremamente a influencia do digno Par, nem as sympathias do paiz por S. Ex." Às bayo-netás então eram pelo Governo; mas se nem o exercito, nem o povo, tolheram o passo ao Duque de Saldanha, é porque o pensamento da revolução era nacional, (apoiados)