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166 DIARIO DA CAMARA

onde estava conservada a força do Estado, e d’ahi se formaram os primeiros administradores: mudaram os tempos, e a aristocracia foi quem alcançou a submissão, e tinha o poder; eram os unicos que formavam os conselhos governativos: finalmente chegou o reinado da intelligencia, que vem a ser, as luzes, por que tiveram uma grande influencia, como hoje ainda tem, na confecção das Leis, e nellas é que verdadeiramente residia o poder... . (Havia grande sussurro na Sala.) Assim não posso fallar.— Pois Senhores, então declaro que não creio nesta Lei, nem em qualquer outra que se tracte de fazer, por que não póde haver organisação em Portugal em quanto estiver nas circumstancias em que hoje está. (Apoiados.)

O SR. CONDE DR LAVRADIO: — Estimo ter provocado a explicação do Sr. Ministro dos Negocios do Reino, e, á vista do que elle declarou, eu peço aos Si s. Secretarios quelancem na Acta da Sessào de hoje-—que S. Exa. fez a declaração — de que não estava proxima uma nova creáção de Pares. — Esta declaração é muito impoitante; e a primeira vez que agradeço a S. E\.a, mas agradeço-lha muito, (Riso.) e mesmo em prova do meu reconhecimento é que peço que ella seja hncada na Acta.

O SR. MINISTRO DOS NEGÓCIOS no REINO: — Sr. Presidente, permitia-me V. Exa. di/er duas palavras, por que é necessario que nestes n-egocins fiquem as rectificações feitas nos devidos termos. — Eu disse que 1:00 se tractava de fazer novas nomeações de PiiiE:1, mas com isto não só,intenda que ellas abso-luuamente se não faraó, pois que, se S. Magestade quizcr nomear alguns, elles hão de ser effectivamen-te nomeados. (Apoiados.) O que neguei foi o facto apresentado de um modo tão afirmativo pelo Digno Par, queio di?er, que houvesse intenções de fa/ei uma nova for/iada de Pares para pagar votos ou serviços prestados aos Mmistios (e esta declaração e que eu peço tambem se lance na Acta); mas, repito, não se intenda que oMmisteiio se de por inhibi-do de propor, e S. Magestade de nomear novos Membros para esta Camara. (Apoiados.)

(Havia grande sussutro.)

O Sw. CONDE DA TAIPA:—Eu peço a V. E\.ª que levante a Sessão, por que a Camara está-em tal confusão que já não se póde tractar -de nada.

(Depois de uma breve pausa, restabelece-se o silencio.) " ,

O Su. VICE-PRF.SIDENTE: — Vou consultar a Camara, para saber se permitte que o Sr. Barreto Ferraz retire a sua pmneiia Proposta, e" depois porei i

á votação a segunda pela qual mo.hticou aquella. (Apoiados.}

To)iiados uo tos, consentiu-se em que fosse retirada, a Proposta primitiva -Io,SV. liarfeto Ferra*, e npprnvon st « segunda.

Obtendo en-Lio licença para dar uma explicação, disse

O SR. BARRETO FERRAZ: — Eu pedi à palnvra quando f.dlava o Sr. Duque de Palmella, que" de a(g.i III a sorte me censurou, por que send I eu Aiem-bro daCommissão, e tendo assignftdo o Pureôer com decl.rações, seria melhor idis5e S. F)?.11) que, em logar de vir aqui combater o mesmo Par-cer, apresentasse um Projecto sepaiado: eu peço ao-no-bie Duque que se lembre do que e;i disse quando concum II a Com missão, aonde fr;i II cimente decla-lei que não podia convir naquelle Projecto, e que eslava prompto, disposto mesmo, a apresentar um Paroccr especial; mas, em consequencia d<_ com='com' de='de' expor='expor' sob='sob' do='do' caso='caso' pqu='pqu' me='me' procedi='procedi' fez='fez' par='par' pedir='pedir' er='er' neste='neste' as='as' na='na' comrmssào='comrmssào' costumo.='costumo.' limitaria='limitaria' parece-me='parece-me' coin='coin' que='que' entrasse='entrasse' fazer='fazer' razoes='razoes' q-ie='q-ie' exa.='exa.' declarações='declarações' por='por' se='se' disse='disse' devo='devo' para='para' discussão='discussão' camara='camara' lealdade='lealdade' parecer='parecer' reserva='reserva' _='_' palavra='palavra' bievidadeo='bievidadeo' viesse='viesse' a='a' e='e' absolvido='absolvido' quando='quando' p='p' digno='digno' desejo='desejo' s='s' consequencia='consequencia' minhas='minhas' censuiu='censuiu' da='da'>

O Sá. DUQUE DE PALMELL*.: — Sr. Presidente-, darei tambem uma explicação. — Eu não pretendi fa^er eensiua ao meu nobre Collega e amigo, o Sr. Barreio Ferraz, só apresentei como opinião minha que/diveigindo elle do Parecei daCommissão, se* na mais conveniente que desse um voto em separado do-que vir a esta Camara, no piimeiro dia em que o mesmo Parecer entrava em discussão, pedir que eUe voltasse a ella: intendi que nisto havia um perdimento de tempo, e que nos termos em que estava lançada, a sua indicação, em certo modo, havia tambem uma increpaçào áCommissão; mas não

pietendi, como disse e repito, censurar oDis;no Par

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em razão dedle seu piocedirnento.

O SR. BARRETO FERRAZ: — Quanto a isso, estou de accòrdo; quanto ao mais, não. (Rumor.)

O SR VICE-PR ESI DENTE: — A. Oidem do dia para ámanhan e o Parecer da Com missão de Legislação sobre 5 processo do Sr. iVlarquez de Niscá, (Apoiados-) e as leituras que occurrerem. — Está fechada a Sessão.

Eram quatro horas e um quarto.

N.° 20.

Sessão de 4 de Fevereiro.

(PREsroru o Sn. DUQUE DE PVLÍIEI.LA — E UL-I TMAMENTE o SR. CONDI: DE VILLÍ REAL.)

01 abeita a Seõbno pelas duas horas da tarde; estiveram presentes 3J? Dignos Pares — os Srs. Duque de PalmelU, Marquezes de Abrantes, de Fronteira, de Loule, dás Minas, de Niza, de Ponte de Lima, e de Santa Iria, Condes do Bom fim, da Cunha, do Fanobo, de Lavradio, de Lumiares, de

Paraly, da Ponte de Santa Maria, de Rio Maior, deSemodães, da Taip.t, e de Vdla Real, Viscondes r! e Fonte Alçada, da Giaciosa, de Laborim, de Oliveiia, de Sá da Bandeira, e da Serra do Pi-I.-ir, Barreto Ferraz, Miranda, Ribafria, Margio-chi, Giraldes, Cotta Falcão, Silva Carvalho, Ser-pa Machado, Polycarpo José Machado, e Trigueiros.

Leu-se a Acta da Sessão antecedente, e ficou ap-provada.