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PARECER N.° 19

Senhores: - A vossa commissão de fazenda, attendendo ao fim do projecto que lhes foi enviado pela camara dos senhores deputados, e querendo auxiliar a nobilissima missão das irmãsinhas dos pobres, entende, de accordo com o governo, que deve ser approvado o seguinte projecto de lei.

Sala da commissão, em 24 de agosto de 1897.

Hintze Ribeiro.
Jeronymo Pimentel.
Conde de Macedo.
Pereira de Miranda.
Marino João Franzini.

Tem voto do sr. Vaz Preto.
Manuel Pereira Dias.

PROJECTO DE LEI N.º 29

Artigo 1.° É concedida ás irmãsinhas dos pobres a importação, livre de direitos, das mercadorias seguintes:

Pela alfandega de Lisboa:

Vigas laminadas de ferro de differentes secções e comprimentos até ao peso maximo de 92 toneladas.

Pela alfandega do Porto:

Palacio das côrtes, em 2r de agosto de 1897.

a) Vigas laminadas de ferro de differentes secções e comprimentos até ao peso maximo de 100 toneladas;

b) Arame até ao peso maximo de 14 toneladas;

c) Cimento hydraulico até ao peso maximo de 215 toneladas.

Art. 2.° Fica revogada toda a legislação em contrario.

Eduardo José Coelho.
Joaquim Paes de Abranches.
Frederico Alexandrino Garcia Ramires.

N.° 38

Senhores. - A vossa commissão de fazenda vem apresentar-vos o seu parecer ácerca do projecto de lei n.° 29-A.

É tão sympathica a missão, a que corações generosos e almas do mais subido quilate se lançaram, abandonando os prazeres da vida, para se consagrarem por completo a tão ardua quanto escabrosa tarefa de mitigar a fome e dar abrigo e conforto aos desprovidos de fortuna, quando no ultimo quartel da vida não podem conseguir por si só os meios necessarios para fazer face ás mais instantes necessidades da vida, que mal parecia, que o governo não juntass o seu quinhão, ás multiplices esmolas que de todo o paiz occorrem, para incitar a santa cruzada, que essa pleiade de mulheres generosas encetaram, e que por mil almas agradecidas é bemdita, com o santo nome de - Irmãsinhas dos Pobres.

Santa e nobilissima irmandade, tão modesta no seu nome, como grande, alevantada e nobre, na sua altissima missão.

N'esta epocha de materialismo que a sociedade atravessa, conforta a alma e enche-a de incomparavel bem-estar, visitar um d'esses asylos, onde mulheres no vigor da vida, se entregam com a maior abnegação e desinteresse material a proteger a velhice, não só mitigando os seus achaques, mas cercando-a dos maiores desvelos, que quiçá alguns d'aquelles desgraçados jamais teriam conhecido nos rudes embates da vida, antes de entrarem naquelle santuario de amor e conforto.

E como é só de esmolas que estes asylos vivem, e como não seria licito que o estado, em vez de auxiliar, viesse distrahir alguns magros mil réis colhidos á custa de tanto