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a mesa uma proposta que será escasado classificar de importante e urgente, aííenta a matéria, sobre que versa.

Sr. presidente, iodos os que usamos da palavra n'esta casa, conhecemos que a raaior dificuldade que encontramos para apresentar as rasões justificativas do nosso voto, é a que resulta do modo por que está organisado o serviço da repartição tachygraphica d'e3ta camará. O seu pessoal é pequeno e mal retribuído, e r/estas condições já se vê que não pode laoster nem bons tachygraphos, nem o numero necessário d'elle-3 para cns a publicação das'sessões seía regular e s s íaça sem o graúna de?pendio de tempo e cie trabalho, que a iodos nos custa a publicação de qualquer discurso aqui proíerido.

Sr. presidente, para ser bom tachygrapho imo basta apenas conhecer os signaea tacbygniphieos, é preciso ter urna educação íitteraria e perfeita, se;;< a qual por melhor que seja o tachygrapho, isto é. por maiR conhecimentos que tenha da sua arte não pôde dar aos discursos a redacção conveniente. Assim para termos bons tacbygraphos é necessário garantir-lhes «ma boa retribuição, e exigir n'el-les as habilitações que só poderão ganhar contando com essa retribuição.

Do modo por que está organisado entre nós o serviço taohygraphieo resuita-nos o graúda trabalho da revisão que todos podemos atíestar por experiência própria. Muitas vezer. para rever o discurso de uma hora, temos de empregar duas, três e quatro horas. De maneira que a diffi-culdade não esíá em falíar, mas em rever as provas, a fim de que se possa publicar qualquer oração, por pequena que seja-, tal corno aqui £8 pronunciou.

Já se vê pois que não podemos deixar de attender a esta reform0SJ já qn-3 o regimen da publicidade pede que as sessões sejam publicadas na sua integra, e para conseguir este fim, o primeiro meio que ha a attender é o estabelecer-se uma escola íheorieo-praíica de tachygraphia, como eu entendo que se pôde, deve e deseja estabelecer n?esta casa (apoiados).

Nós temos fígora admitimos na repartição tachygraphica alguns empregados que apenas se pôde dizer têein a theo-ria da arte; porém a pratica é-lhes também indispensável; com a theoria bani pouco ou nada se pôde fazer (apoiados).

Vou portanto mandar para a mesa uma proposta, inspirada pelas informações que a este respeito pude obter de alguns empregados da repartição taçhygraphiea. Peço a atíençao dos dignos pares porque este negocio é importante (l&u).

Já vê v. es.a que na próxima sessão, estabelecida a escola pratica de íachypraphia que proponho, a niesa com as informações; que obtiver dos progressos d'esta escola, po-deré apurar alguns elementos para sobre elles assentarmos a reforma da repartição taehygraphiea.

Mando também para a mesa duas propostas com o sentido de beneficiar alguns dos empregados da repartição tachygraphica, cujos serviços são por todoa nós reconhecidos (leu).

Trata-se de beneficiar estes empregados que pelo seu aproveitamento, como todos sabemos, são dignos da nossa consideração. São pois duas propostas de justiça absoluta e relativa.

Tenho a noíar que são duas propostas com relação aos empregados da repartição tacbygraphica, e uma para o estabelecimento de uma escola pratica de tachygraphia. Peço a v. ex.a que sejam postas em discussão com urgência. O sr. Secretario:— Leu.

«Proponho que, depois do encerrada a actual sessão, se estabeleça um curso pratico de tachygraphia a que assistirão os praticantes da repartição tachygraphica d'esta casa, sob a direcção dos primeiros officiaes iachygraphos Manuel de Paiva Reis e Sousa, e Manuel da Silveira Bettencourt. = Sebastião José de Carvalho.»

«Proponho que o segundo oficial da repartição tachygraphica João Chrysostomo Pereira da Silveira, em atten-ção a ter mais de vinte ânuos de serviço bom e effectivo, seja igualado aoa primeiros offieiaes, e que o terceiro offi-cial Pedro de Alcântara Chrisíiano seja promovido ao lo-gar d;aquelle, em atíençao á sua assiduidade e progressivo aproveitamento.

Sala das sessSes da camará dos dignos pares, 26 de junho de 1862. = Sebastião José de Carvalho,-»

«Proponho que aos praticantes da repartição tachygraphica, que ha anãos servem n'esta camará com aproveitamento de seu trabalho para as sessões, lhes sejam applica-das as mesmas vantagens e prerogativas de que gosam os amanuenses da primeira repartição d'esta camará,

Sala da camará dos dignos pares do reino, em 26 de junho de 1S62.~ Sebastião José de Carvalho. D

O sr. Presidente:—E provável que a camará queira ouvir a mesa a este respeito depois de se haverem obtido as informações acerca d'este assumpto. Vou consultar a camará. Assim se decidiu.

O sr. S. J. de Carvalho:—Mas eu tinha pedido a urgência.

O sr. Silva Sanches:—-Creio que a decisão d'este negocio pertence á mesa. A camará não tem nada com isso. Portanto entendo que este objecto deve ser subraeítído á mesa, para o tomar na consideração que merecer e decidir o que lhe paracer mais conforme á justiça e á utilidade do serviço (apoiados). f " "i

O sr. Presidente:—É justamente o que a camará acaba de votar. j

O sr. S. J. de Carvalho: querimento.

O sr. Presidente:—Tem a palavra. j

O sr. S. J. de Carvalho:—Peço que a mesa me informe !

-Peço a palavra para una ré- j

sobre qual foi .a resolução que .se tomou a respeito das minhas propostas, porque não pude ouvir o que se resolveu. O sr. Secretario:—O sr. presidente julgou que a camará quereria ouvir a mesa a este respeito antes de tomar uma deliberação, e a camará demonstrou annuir a esse desejo. A mesa não está habilitada para de prompto informar a camará de tudo que ha a este respeito, e o objecto é de grande gravidade. É preciso pedirem-se as informações do chefe da repartição tachygraphica e do director geral da secretaria, de modo que se possa'fazer justiça a quem a tem, e resolver este negocio com aquella madureza de que carecem negócios (Testes. ,

O sr. S. J. de Carvalho:—Eu-supponho que a praxe seguida é ouvir as informações da mesa sobre propostas d'esta natureza; mas ainda assim, a minha proposta que diz respeito á fundação de .urna escola pratica de tachygraphia, não depeude de informações ; e este negocio entendo eu que deve passnr já, porque aã camarás estão abertas por dois di.aa e não h§ tempo para ser resolvido. A sessão fecha-se na segunda-feira próxima, e esta proposta ficará dependente de informações que a mesa possa dar, o que é por assim dizer um adiamento indefinido ás propostas que apresentei, adiamento que prejudicaria de certo muito este negocio.

Pedia portanto que ao menos emquanto á primeira proposta, se dispensassem as informaçSfós, visto que não são necessárias, e pelo que respeita ás outras propostas, pediria que as informações fossem dadas na sessão próxima a fim de poderem ser votadas antes de se fechar a actual sessão legislativa (apoiados).

O ar. Secretario: — Â mesa não está habilitada sem ouvir as informações do chefe da repartição tachygraphica; depois djellas virem então poderá ver o que é conveniente.

O ar. S. J. de Carvalho: — O que eu desejo que se consiga com a minha primeira proposta, é que se estabeleça uma escola de tachygraphia theorico-pratiea, para IIOH iotervallos sessões legislativas serem os praticantes obrigados a uni dos exercício não interrompido, o que me parece que deve dar bons resultados, e isto pelo modo por que se prestam a fazer esse serviço os dois primeiros officiaes, cujos nomes vão indicados na proposta e na exposição a ella junta, declarando-se que tudo correrá debaixo da inspecção e direcção do chefe da repartição tachigraphyca, á siniilhança do que já se acha estabelecido na outra camará com a escola theo-ricu, que é regida pelo chefe de repartição e os dois officiaes irninediatos. Parecia-me que para isto se auctorisar não havia necessidade de mais informações, e insto pela urgência d'e.-ite negocio para que se decida antes de fechar a actual seesão legislativa (apoiados.)

O er. Margu&s de Vallaãa:—Pediu a palavra para dar algumas explicações sobre o assumpto de que acaba de ae occupar o sr. Sebastião José de Carvalho, a quem não pode deixar de louvar pelos desejos que mostra em favor da tachygraphia e pela sua proposta. Ha dois annos pouco mais ou menos fez elle, orador, aqui uma proposta quasi igual, e por essa oceasião era o actual sr. presidente quem também dirigia os trabalhos d'esta camará, e disse-lhe que a mesa tinha que informar-se sobre ella com o chefe da tachygraphia. Tendo decorrido dois annos depois que isto se passou é natural que haja alguma cousa a este respeito. Bem eabe que sobre um assumpto d'estes se não podia dar uma solução prompta, mas está persuadido, repete, que deve existir alguma cousa na secretaria em relação a este nego cio, e por isso insiste também pela sua resolução. De mais a mais vê que dois empregados d'esta casa se offerecerarn para tomar sobre si o diffieil, mas honroso e útil encargo de dirigirem uma aula de tachygraphia pratica, e não pôde deixar de approvar esta resolução. Nos outros paizes este serviço está muito melhor organisado, mas já que nào aspira ao óptimo, deseja o possível, o bom, ou pelo menos o o melhoramento do estado actual.

O sr. marquez precisava de dar estas explicações para recordar que antes do seu nobre amigo o sr. S. J. de Carvalho, já se havia occupado d5este negocio, bem como o seu illustre amigo, que muito sente não ver presente, o ar. visconde de Algés; discussão em que tomou também parte o sr. visconde de Balsemão, e talvez mais algum digno par.

Dada esta explicação não lhe resta senão unir os seus votos aos do digno par, o sr. S. J. de Carvalho, pedindo ao sr. presidente que lhe reserve a palavra para depois de acabada esta discussão.

O sr. S. J. de Carvalho : —O que eu peco á mesa é que essas informações sejam apresentadas com a maior brevidade possível.

O sr. Presidente: — Eu já tinha dado as ordens convenientes para se julgar urgente este negocio. A mesa vae empregar todos os meios para ter com brevidade os esclarecimentos necessário;? para apresentar o resultado de tudo á camará com a menor demora.

O sr. S. J. de Carvalho:—Esqueci-me de mencionar na minha proposta que a escola estivesse debaixo da direcção do chefe da tachygraphia e dos primeiros officiaes que n'ella indico.

O sr. Secretario: — A mesa fará toda a diligencia para que este assumpto se resolva com a brevidade que v. ex.a deseja, e tomará informações sobre todos os pontos que VL ex.a indica.

O sr. Marquez de Vallada:— Pede que logo que se conclua a discussão dos projectos dados para ordem do dia, se passe a discutir o parecer n.° 172 sobro o projecto n.° 179.

Crê que todos os dignos pares com prebendem as vantagens que resultarão da approvacao d!este projecto e da sua conversão era leí.

Aproveita esta oceasião para mandar para a mesa a seguinte proposta, de que pede a urgência (leu).

Parece-lhe que é urgente por sua natureza, e deve merecer a attenção da camará.

O sr. Presidente: — Eu consulto a camará.

O sr. Secretario: —Parece-me que este requerimento deve seguir os mesmos tramites que os outros. A mesa tomará informações a este respeito, e dará de tudo conta á camará.

O sr. Marquez de Vallaãa: — Dirá apenas duas palavras mais a este respeito se se der licença. Parece-lhe esta proposta urgente em todo o caso e menos complicada do que as outras, tanto mais quanto se funda no direito que têem os empregados d''esta camará de serem igualados aos da outra. Portanto as informações são fáceis de obter. Estamos quasi no fim da sessão, e é urgente que se decida este negocio antes que as camarás se fechem; rasões estas a que espera que a mesa attenderá.

O sr. Secretario: — Depois de amanhã é dia de sessão: parece-tíie que não se perderá* muito em que fique até então demorada a solução d'este negocio para se obterem as necessárias informações.

O sr. Marquez de Vallada: — Seguramente.

O sr. Secretario:—Então fica sobre a meça para esta informar sobre ella na próxima sessão.

O sr. A. J. â'Ávila: — Manda para a mesa um parecer da comraissao de fazenda, que por sua natureza está nas circumstancias de poder entrar já em .discussão, dispensando-se as formalidades do regimento. Trata-se de um subsidio de 300$OQQ réis ao hospital de Beja; e as rasões que aconselham a que elle se conceda são taea que a camará não pôde ter duvida em approvar este projecto.

Tendo a camará approvado este requerimento entrou em discussão o ;

PARECER íT.a 174

A commissão de fazenda, tendo examinado o projecto de lei n.' 201, que veiu da outra camará, e que tem por fim auctorisar o governo a despender com o hospital civil de Beja até á quantia de 3QQ$000 réis como subsidio an-nual, é de parecer que elle seja approvado para poder subir á sancção real.

Sala da commissão, 26 de junho de 1862. = Visconde de Castro — Francisco António Fernandes da Silva Ferrão = António José d!Ávila.

PROJECTO DE LEI N.° 201

Artigo 1.° E o governo auctorisado a despender corn o hospital civil de Beja até á quautia de 300JOOO réia como subsidio ana.ua!.

Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrario.

Palácio das cortes, em 26 de junho de 1862.= António Luiz de Seabra, deputado presidente = Miguel Osório Cabral, deputado secretario = António Eleuteriô Dias da Silva, deputado vice-secretario.

Foi approvado sem discussão.

O sr. Silva Sanches: — Sr. presidente, desejava saber se era possível verificar agora, o mais summariamente possível, a interpellacão por mim ha muito anmmeiada, sobre a conclusão do monumento ao magnânimo Senhor D. Pedro IV. Acha-se presente o nobre presidente do conselho e ministro das obras publicas, e talvez s. ex.a possa responder agora.

O sr. Presidente do Conselho:—-Não tenho duvida nenhuma.

O Orador: — Sr. presidente, não preciso de produzir grandes argumentos para demonstrar a alta conveniência, ou antes a rigorosa obrigação de se elevar um monumento que á posteridade transmitta, com a gratidão e o reconhecimento dos portuguezes, os altos, os heróicos feitos do es-celso Senhor D. Pedro IV, de indelével recordação fapoia-dos).